Vinho
Vinho
que venha
o sangue tinto das vinhas
num cálice de bom espírito
pra que dores sejam breves
pra que fardos sejam leves...
e a cada trago tomado
que nos traga cores
aromas, tatos, sabores...
sorrisos & brisas, calma
um afago
lá nos refolhos da alma
também para que nos leve
e nos retome de volta
à essência incorpórea
que faz-nos sentir-se ser...
e termos
vicissitude de amores
na sensatez de torpores
preamares de prazer...
Escrever poesia em algumas ocasiões, é como tomar uma garrafa de vinho barato num quarto úmido onde a saudade é nossa única companhia.
Um vinho branco
Rosas vermelhas
Poemas
Sonhos, carinhos e carícias...
... Nosso amor cabe numa noite
Mas não cabe em todo o universo!
RESPONDENDO A UM “CURIOSO”!
Bebo vinho há muito tempo, mas com moderação...
Gosto muito dele para acompanhar uma refeição...
O vinho é muito bom, mas não substitui a água...
Porém, o bebo desde que mulher usava anágua...
Comida para o meu estômago, vinho pra minha alma...
Um vinho, acompanhado de uma canção, me acalma...
Através dele muitos amigos eu conquistei...
E, talvez por isso, dele nunca me afastei!
Pedro Marcos
Bebe?
Cervejando a aproximação,
Caipirando a conversação,
Vinho, Café da manhã, intimidade,
Vespertinando um capuccino...
Liberdade!?!?
As vezes tudo que eu queria era esta em algum lugar no, Arizona, com um estoque de vinho, cafeína e ração para minhas duas gatas. E um gerador de energia, geladeira e meu computador para escrever. E nada, nada mais além disso.
Se o amigo mais querido está tão distante que não lhe posso compartilhar o vinho, brindo com ele a fortaleza de nossa amizade
VELHO VINHO
Afaste de mim, esse vinho, esse sangue
esse cálice cheio de demência...
Essa flecha gananciosa, essa brecha aberta
sem sol, esse falso blue, esses fanks gêmeos
... Essa terra vendida, a burrice do milênio!
Afaste de mim, esse véu vermelho de Venus.
Afaste de mim, esse lixo com lagrimas...
Essas lagrimas gagas, esse zoom da esperança
essa fé viciada, afaste de mim esse elo, essa
corda, esse olhar sem rumo, esse nó que nos incomoda...
O fogo sobre esse verde, a velha
poluição a falta d'água, essa sede, a pedra
cega... Desse duro coração.
Afaste de mim, esse vão troglodita, essa dita
editada, o sonho do sonho, essa emenda
assassina, essa sina esfarrapada! Afaste de
mim... O mundo que se diz mundo, no mundo
mudo dos rumos, mudando p'ros mundos
sem fundos, afaste de mim, esse time sem jogo,
esse rogo em desuso, esse fuso sem pena, essas
crenças homogêneas com a prensa que não pensa.
Afaste de mim, esse fim sem começo, o inicio
sem preço, esse meio sem pago, esse pago sem
endereço... Afaste de mim, tudo aquilo que eu
caduco esse trilho maluco essa dor que eu padeço.
Antonio Montes