Vinho
Águas de Forestier
O vinho que toca seus lábios
desperta o pecado
em um pobre pagão
que sonha com o paraíso,
onde todas as águas
se transformam em vinho,
dos rios, lagos, marés e cachoeiras,
salgadas, doces, porém todas vermelhas.
Lavando seus pés,
molhando os seus seios,
escorrendo sobre todo seu corpo
o doce veneno,
que nos embriaga a sede de outras paixões.
Pequenos Bacos
brincando de serem anões,
e todo pecado será desculpado
por todo motivo impulsionado por prazer.
Toda musa será deusa,
QUERO SER A ÁGUA QUE TE REFRESCA
O VINHO QUE TE AQUECE
O ESCRAVO DO TEU RAZER
O AMOR QUE NÃO ENVELHECE
“A dor que corrói a alma”
O jantar, os talheres, as flores raras enfeitando a mesa, o vinho da cor do pecado, o aroma dos sabores... só não contava com tua ausência.
Os minutos martelam minha mente, a cada hora passada sinto-me mais carente, Deus castiga-me de forma velada... pois sou pecador inocente.
A cama vazia, o perfume da última noite, as gargalhadas, os abraços, aquela vida encantada... o destino mata muito além da alma,sonhos,ilusões,bem que gostaria.
As cartas esparramadas pela mesa, o anel em que seu dedo brilhava; agora apenas papel e lataria... inegavelmente o amor foi maior,reluzia.
Uma simples jornada era o que queria, mas a vida possui suas trapaças, nada que amedronte, apenas destrói o que mais se almejava... um amor puro que nunca se esquecia.
Mais um dia olhando o fundo do copo,
mais um dia tomando este vinho barato
esta embriaguez que teima em tomar todo o meu tempo
todo esse tempo em que teimo em tomar tudo até a embriaguez.
a fuga momentânea da realidade
me faz mais leve,
me faz perder o peso dos dias,
me faz fugir das minhas responsabilidades.
o dia nasce,
o gosto azedo da ressaca vem a tona,
movimentos bruscos são marteladas em meu cérebro
o chão se mexe como se tentasse me derrubar,
como se o amanhecer fosse me fazer desistir
de que a noite chegue e me faça repetir tudo isso,
tentado me fazer esquecer que tenho mais uma garrafa em minha geladeira,
que tenho amigos sedentos deste meu vinho barato que nos entorpece até o amanhecer.
Nos preucupamos demais com a realidade
as vezes esquecemos de viver
Viver como um cálice de vinho que se desfruta ao tocar os
lábios teus.
De tudo um pouco se pensa
e sempre se espera mais
já não lembro do teu semblante
pois a vida pedi sempre mais.
O mundo não se resume em um livro de capa preta
mais existe sim os seus mistérios,como o mar e seus segredos...
como o teu olhar em direção aos meus!!
Um pouco de vinho não altera minha mente ..
Tem muita gente que morre ou que está doente .
Eu aproveito a vida até o último segundo ..
bebo .. rio .. danço .. canto ..
E muita gente por aí ouvindo lamentos ..
Em frente ao espelho ..
Vendo um rosto velho e cansado ...
[...]
E assim caminha o mundo !
Pegue sua taça de vinho, ponha sua mascara, você já está no baile mesmo. Beba o hidromel dos sátiros e dos faunos, deixe que a loucura báquica recaia sobre você. Se despesa dos seus pudores, dos seus conceitos moralistas e retrógrados. A musica entrará por seus ouvidos e deleitarão sua alma. Cante e dance, e faça o que mais sentir vontade, você vai morrer de qualquer jeito. Aproveite.
Tim Tim.
Desespero
Imortalidade viceral
Desejo de vinho e cartas embaralhadas
Foi quando as vozes me disseram
O que o destino me reservou que acreditei
As janelas estão fechadas
Sem caminho e bagagem
Estou atada aos teus pés
O lençól vem em minha direção
Um fantasma sem predileto
Um canto obscuro na sala pequena e mórbida
Não tenho roupas para sair
Desse labirinto
Minhas unhas se partiram nas paredes
Não vejo escadas
Nenhuma porta para abrir
Parem com seus cantos
Vocês me ferem
Estou em prantos
Meu telhado cai ferozmente ao chão
Há poeira por todo lado
Escritos de ancestrais
Imagine como pereço
Nesse escuro longitudinal
Cortes e gritos inflamados
Montes em forma de morcegos
Asas abertas para estrilhaçar meu rosto
Pedaços meus em todo caminho
Eu não conseguirei me reatar
Tragam um pó
Onde eu seja só mais pó
E esvoace no céu
Pintando as estrelas e ofuscando seu brilho
Partam e me dêem paz!
Caruaru, 22 de maio de 2008
Ellen Miranda
Noite, lua, estrela, céu, mar, um lugar bem alto, um cobertor, duas taças, um vinho, uma música suave que vem do carro, beijos, abraços, pernas entrelaçadas e muito amor no ar!
Sou solta, às vezes leve, às vezes densa...
Bebo eventualmente um vinho, quem sabe vodka.
Não, não fumo. Mas não me incomodo se você quiser acender um cigarro.
Escuto muita música, leio, penso, penso, penso... e até escrevo, quando a inspiração, o tempo e a paciência me permitem.
Saio muito, converso com as pessoas... Gosto de gente! Gosto dos diferentes tipos e jeiitos e cheiros e por fim, das experiências que me proporcionam.
Desprocupada com o que possa parecer, aperecer, ou desaparecer. Enfim, vivo.
ADULTÉRIO
Teu desprezo
me condena a ir revelia
a boca fria
foi tingida pelo vinho
e os carinhos
dos braços de outra Maria
foi a quantia
pra corôa de espinhos