Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
A garrafa
De vinho
Daquela noite
Do seu aniversário
Com a sobra
E as lembranças
O seu cheiro
Na garrafa
E a saudade
De outra pessoa
As músicas
Da Amy
Com recordações
De outra noite
Com outra mulher
O seu cheiro
No quarto
Com o vinho
Amy
E um coquetel de sentimentos
Um turbilhão
Caos
Olhos cheios de areia
Areia do mar
E Ana
Olhos
Mar
E
Ana
Labirintos
Dizem que algumas pessoas, como o vinho, melhoram com o passar do tempo. Duvido. Depende da qualidade das pessoas. Algumas simplesmente azedam e viram vinagre. Se não prestar pra nada, pelo menos servem pra temperar saladas. Sempre alguém serve pra alguma coisa, depende de quem os observa.
Meu amor,
preciso me afogar
em poesia e vinho tinto
Pode ser daqueles baratos
que se toma no botequim da esquina
e se ouve no ponto de ônibus
o que não posso
é continuar aqui
enquanto lá fora
o sol toca em você, e nele
e nas folhas das árvores
e tudo ganha mais brilho e cor
Meu bem, preciso me afogar
no suave das palavras de Jobim
no lirismo de um copo de vinho quente,sim
Quente, pois de frio, bastam as minhas tardes
sobre esse ar superficial, onde as companhias não se falam ou sorriem
Não sei se rio, ou choro
queria eu, ser rio e correr
sempre em direção a algo maior
Veja bem, meu caro amigo
não estou a reclamar de não estar em um bar
Estou apenas com saudades de transcender os limites de mim.
E na conversa pra saber
qual o vinho bom,
o olhar cruzou,
parou....
e por segundos,
tudo se contou.
No olhar,
ficou aquela fome,
um do outro no ar,
tudo parado,
desfocado,
tipo aqueles filmes noir.
Tempo/Certo
Todos tem seu tempo
Nem todos bebem o vinho no mesmo tempo
E a valsa é de acordo com cada coração
A música é música se for seu ritmo
Todos tem seu tempo...
O homem mesmo adulto se torna criança no colo de seu amor
E um guerreiro de outras eras nos braços dela fazendo um elo
E indo em direção da vitória...
Toda planta tem seu tempo de flor
Tem seu tempo de perfume
Tem seu tempo de beleza (botão)
Todos tem seu tempo
Tempo certo de borbulha de amor...
Mas coisas temporamente também tem seu valor
Mas ainda gosto de surpresas...
O sol se poem!
A lua nasce!
Já é meu tempo
Espero que seja o seu...
Estou no céu...
O amor é como um bom vinho, à medida que envelhece só fica melhor. Olhe para todos os grandes momentos e deixar para trás o mau, pois há mais maravilhas que você vai encontrar em cada medida que o tempo passa.
Não enchi a taça
com a bebida que você provou...
o seu vinho era seco;
o meu, ameno, tinto suave,
levemente degustado
sem a pressa que acaba uma festa,
quando a ressaca se transforma em dor!
O vinho que em ti derrama
lava os arrebatados sonhos
e embriaga os teus desejos!
O corpo absorve esses profanos pensamentos
sem tempo para a mordida na maçã...
O dia já amanheceu!
Estávamos ali,
conversando,
com vinho
indo e vindo...
Ela me olhou
e disse:
Mais uma taça!
Eu fingi que ouvi:
Me abraça.
...e transamos.
Desejo um amor que seja doce......
Doce como uma taça de vinho....
Que ao prová-lo....
Eu possa sentir a sua a magia....
A sua doçura genuína....
Desnudá-lo e provar da sua essência…
Aroma que desperta na minha boca...
Degustando o seu sabor.....
Sentido o calor desta invasão.
Lenta e profundamente....
Para sentir cada gole... de uma nova safra....
Sentindo-me embriagada....quis voltar à lucidez....
A saudade deixou lágrimas nos meus olhos....
De um amor doce...
Doce como uma taça de vinho..!!!
Meio copo de vinho, alguns cliques. Escrevo, escrevo, escrevo... O vinho permanece intocado. Apenas um apelo poético, pois há tempos seu sabor não me apetece e embrulha-me do estômago a alma. Depois de muita reflexão aqui estou. Nada mais justo, uma vez que é este o ponto onde quero chegar. Nasci de uma constelação de ideias e me alimentei de cada vogal em sopas de letrinhas. Chorei versos mal feitos em minha adolescência e assim formei meu ser com páginas muitas vezes lidas. Em cada célula metabolizo verbos e meus neurônios transmitem poesia. Se respiro palavras, como poderia viver sem elas?
Mato e às vezes morro. Como uma fênix renasce das cinzas, surjo das sobras de borracha e pontas de lapiseira zero sete. Me reinvento das minhas derrotas e construo minha muralha cada vez mais forte com as bolas de papel rasurado. Em meu brasão gravei meu sonho, cada verso mal feito e texto bem escrito serão minhas flechas. Fincarei minha bandeira em cada conquista e não descansarei até a hora de minhas ultimas palavras chegar.
A compaixão é um vinho tinto que jamais se acaba; ele é regado diariamente pelo sangue precioso de Cristo derramado por todos nós.