Frases sobre vidro
O amor é um copo de vidro que cai num chão de madeira; e a admiração é uma taça de cristal que cai num chão de concreto.
Desde o começo, apresentamo-nos como somos: quebrados. E foi por esses cacos de vidro espalhados dentro de nós que cada um se apaixonou.
Talvez seus sentimentos estejam aprisionados numa caixa de vidro, embora em algum momento sua bela taça irá quebrar e levar embora uma represa de lágrimas.
Existem muitos, inertes em seus mundinhos cercados de paredes de vidro, vitrines de sonhos causadores do estado fático da inconsciência humana; paralisados.
Vivendo uma verdadeira hipnose de um mundo que nos forçam a serem personagens de contos de fada, sempre vivendo além da imaginação ou adormecidos encantadamente, enquanto o mundo real, acordado nos rouba a alma.
"Casa de vidro"
Vivemos numa sociedade onde as mulheres sempre foram engessadas e mantidas dentro de casas de vidros construídas para serem "cuidadas" por homens machistas e senhores do café. Mas na construção história do machismo e deste tal cuidado para com a mulher, que foram se moldando conforme a sociedade evoluía e mantinha algumas característicasdeslumbradas por alguns e sofridas por outras, somos senhoritas e senhoras abusadas pela masculinidade alheia, sempre fomos educadas para manter os bons modos, servir o chá aos grandes senhores, pentear os cabelos da filha tão amada pela mãe e odiada pelo pai por não ter nascido um grande homem. Sociedade que massacra a mulher de forma a tentar tirar/tampar sua visibilidade.
No entanto, nossa visibilidade é potente, somos mulheres guerreiras, mediante todas as surras e sangues, estamos unidas, conquistamos nosso espaço na lei, na política, em todos os cantos do "universo". Ocupamos as ruas com os movimentos sociais, lutamos de frente com a sociedade machista e conservadora, aprendemos que não somos de vidro e somos além de mães, mulheres possantes.
Sabemos que nossas lutas não param por aqui, somente um breve resumo danossa capacidade de sermos resistentes a todas as pressões existentes e torturantes. Somos mulheres negras, brancas, indígenas,quilombolas, lésbicas, humanas e somos capazes e sólidas pra ocupar e fazer mudar os contextos históricos e fazer dos senhores dos cafés, os grandes senhores das mulheres. Mesmo sendo colocadas a prova desde o instante em que nascemos e mantidas no decorrer de todo nosso trajeto, somos capazes de ocupar nossos espaços e usufruir de forma integral da nossa sociedade.
Confiança é igual a um vidro quebrado, pode até ser colado caco por caco. Mas certeza que ele será mais frágil e fácil de quebrar novamente!
Sou fragiu, mas quando eu cair e quebrar, espero que você se corte com meus pedaços de vidro no chão
VAIDADES
Tem dias que meu olhar faz o espelho chorar.
e a lágrima rola pelo avesso do vidro espesso,
corre lenta e contamina como orvalho todo ar
respiro a minha dor na intenção do teu apreço,
então miro a imagem que não mais me reflete,
apenas reproduz o esboço do que já foi alegria,
todo logos que conduz agora à emoção deflete,
e remete a patética visão do que fui eu um dia.
reflexos, esboços embaçados de meu passado,
o presente se apresenta esmaecido, e dormente,
indolente, nubla a visão do dia, é desencantado,
antes, com você me mirava com o sol nascente,
aguardo, me guardo e pergunto para o reflexo,
se existe amor ou alguém mais dedicado que eu,
a resposta é límpida e torna o mundo convexo,
a imagem sorri, me devolvendo a fé no apogeu.
e meu olhar de conto de fadas é novamente feliz.
Já não chora agora mais o espelho, reconsidera,
evapora todo vapor que encobria o luzir da íris,
vaidoso coro outra vez e minha tez se reverbera,
RESPINGOS
Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,
Pérsio Mendonça
RESPINGOS
Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,
pinga tinta de minha pena, apenas...
Verto em gota triste pela menina,
dos olhos, perda que me devora,
nuances da felicidade, de outrora,
pinga meu verso silente, nascente...
Despeja salgada, na pele olvidada
a marca indelével da dor inaudível,
que um dia julguei seria impossível
pinga goteira em tímida, cachoeira...
Ritmado compasso ocupa o espaço
crescendo em flor na forma de dor,
aponta para um outro sol seu calor.
pinga tinta de minha pena, apenas...
pinga tinta de minha pena, apenas...
O vidro esta quebrado no coitado que escreve na parede com o braço ensanguentado a melodia que e um dia disseram não ser poesia, assim começa o dia, assim termina o dia, a escrita parecia até uma profecia, nela dizia tudo que ele queria, tristezas e alegrias, cada palavra em perfeita harmonia, como no Réquiem ele escrevia de seu Mortificare preparando seu luto final, de si e para si, seu sorriso me estremecia, mas ainda assim o homem escrevia, citou Mário de Sá em sua poesia, disse que não era o intermédio e sim o final da ponte de tédio pois ali acabara tudo que o homem criou, não viveu para os outros mas para sua morte, um preparo de uma vida ainda em seus últimos momentos precisou de alguma sorte, se o corte fosse profundo perderia os movimentos, se fosse muito raso, não seria tão mortal. Se como disse Shakespeare, a morte predomina na bravura, esse homem lutou contra a tirania usando sua própria agonia, e em sua ultima frase, o homem incita Brás Cubas, com um "Se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar"...
quebraram-se as nuvens, o chão ficou molhado de giestas, imóveis os pássaros no vidro quebrado dos meus olhos permanecem ainda na memória d'outras primaveras...
Astúcia 2001
O meu sentimento acabou
quando arremessei o cinzeiro de vidro
com veemência ao chão, estilhaçado
os cacos resvalaram em direção à janela
abrindo uma larga fenda
por onde escapou a minha dor.
Seja transparente, mas não seja como o vidro. Frágil, quando quebra machuca quem tiver perto.
Seja transparente, mas não como o cristal, quando quebra nunca mais é o que era antes.
Seja transparente, mas seja como o diamante, forte, jamais perde e o brilho, o valor e ainda se deixa lapidar. Conforme o tempo se torna melhor do que antes.
--Cassia Andrade
“O amanhecer costumava ser um beijo no vidro de sua casa. Naquela manhã, porém, a luz era mais tensa do que intensa”.
(em "O outro pé da sereia". Lisboa: Editorial Caminho, 2006.)
Num olhar
Aos teus olhos, lancei meu olhar.
Meus olhos, qual vidro azulado, refletiram dos teus: imagens... e visões... Também sonhos, algumas desilusões.
Os teus olhos também sondaram os meus, lá no fundo...
E você também viu: meus sonhos, meus medos, e alguns anseios que deixei para trás, mesmo sabendo que podem voltar, urgentes...
Nossos olhos conversaram coisas que nossas bocas nunca disseram. Nossos olhos compreenderam sonhos que nunca realizamos.
Nossos olhos viram, juntos, momentos que nunca haviam visto quando estavam sós...
Ah, nossos olhos... Eles falaram de nós como nunca, nunca haviam feito antes...
Teus olhos são tão belos...
Meus olhos são tão sós...
Ah, nossos olhos...