Vida Pessoal Individualidade
Viver a dois é uma troca, que não deve ser comparada, cobrada ou quantificada.
Não se ganha nem exige à força.
Não é uma competição, é entrega é doação, é ceder sem querer com a finalidade de ser.
Ser o quê? O que quiser ser, para este ser com o qual você escolheu viver!
Ontem fui caminhar sozinha à beira-mar. O entardecer estava curiosamente especial, o sol levemente me tocava a pele com seu calorzinho, e o vento trazia um frescor necessário para manter a temperatura agradável. É interessante observar as pessoas correndo, caminhando com seus cachorros, jogando vôlei na praia, deitadas na areia tomando uma cerveja, ou lendo um livro. As crianças brincando como se não houvesse amanhã. Sentei-me em meio às pedras para escutar o mar, as ondas quebrando nas rochas, e senti aquele momento, à paisana com minha solidão. O que será que ela poderia me dizer daquela experiência única da minha vida?
Foi quando algo no mar me chamou a atenção. Um pássaro se divertia mergulhado no oceano. Apesar de poder voar, ele se permitiu estar em meio aquele plano. Analisei e senti profundamente aquele momento. Ele, inteiramente sozinho, não havia nenhum outro pássaro por ali, mergulhava e depois voltava a colocar sua cabecinha para fora. Talvez procurando por algum peixe, ou somente para se divertir em meio às águas, parecia tão entretido em seu objetivo. Às vezes, vinham ondas bravas e o mar ficava mais revolto, às vezes ele somente ficava a boiar no mar tranquilo. E mergulhava e voltava. Por alguns momentos se permitiu ir mais longe e mais a fundo, e às vezes voltava próximo às pedras para se assegurar de não se perder no caminho. Ele parecia tão despreocupado, tão sozinho, mas tão cheio de vida, apenas sentindo o movimento do mar, a dança das águas, e o entardecer a chegar. Poderia ficar por horas ali, só a observar.
Foi aí que parei para pensar. Alguns animais vivem suas vidas inteiramente solitários, como é o caso do lobo-guará, do urso polar, ou do ornitorrinco. Aquele pássaro poderia até viver em bando, mas naquele momento permitiu-se cuidar de si mesmo sozinho, a se aventurar. De vez em quando, a vida irá nos trazer momentos assim. E é preciso parar para refleti-los, pois acredito que a vida nos traz aquilo que realmente estamos carecidos. É preciso colocar nosso barquinho no mar, e passar pelas tempestades, fortes ondas, ou aproveitar os momentos de calmaria. Em nossa própria companhia. É preciso descobrir-se em nossa profunda força, nossa inteligência e capacidade de nos cuidarmos, e de nos revelarmos a nós mesmos como seres únicos e singulares que somos. Gostamos de cuidar dos outros, mas é tão difícil cuidarmos de nós mesmos com o objetivo de exclusivamente nos agradarmos de nós. Estamos sempre precisando de um motivo exterior, ou de um movimento de outrem, de um elogio, ou incentivo, estamos sempre querendo dividir-nos. E assim, nunca nem nos construímos, nunca nem escutamos as nossas próprias necessidades, ou o nosso próprio coração. Vivemos, muitas vezes, aos pedaços, ou levados pelo deslocamento das multidões. É necessário nos entretermos de nós mesmos, rirmos de nossos tropeços, ou nos alegramos de nossas vitórias. Sem precisar dos aplausos de alguém, pois duas mãos já podem se tocar e produzir o som de nossa própria aprovação. Mergulhados em nosso mar de solidão, podemos traçar nosso próximo plano de voo, mais direcionados e conectados com o profundo de nosso próprio coração.
A melhor forma de ajudar os outros é ajudando a si mesmo. Dessa forma você não dará trabalho ou preocupação para ninguém.
NARCISO É EXTROVERSO NO ESPELHO QUE REFLETE A BOLHA VIRTUAL
As inúmeras madrugadas, espargidas no tic-tac das horas e sob o compasso das navegações virtuais estruturou uma bolha virtual sobre o navegante internauta. Ressinta-se que as imagens geradas no espelho, antes de repercutirem resultados positivos, refletiram um narcisismo extroverso, que exalta o individualismo, colidente com a marcha existencial, pontuada de diferenças sociais, que desafiam a articulação da solidariedade e tolerância na insuperável coexistência humana.
Reconhece-se por meio de lições filosóficas consolidadas que: “Ninguém é o centro do universo” e, nem tampouco, detém todos os conhecimentos, informações, para se sustentar numa perspectiva de autossuficiência. Isso se dá, acredita-se, para que a interação humana seja uma realidade, permutando informações ou produtos, e, enfim, suprindo aquilo que ainda não possui. Neste âmbito coletivo de ensaios existenciais, não obstante, depara-se com a opção de vidas no insulamento, a exemplo dos monges e ermitões. Ressalte-se, porém, nesta vertente, que o mínimo de gente, esses necessitam para garantirem as suas sobrevivências.
A vox populi continua ofertando lições gratuitas e, por isso, talvez, permaneça com o rótulo de clichê. Dela, não obstante, se colhe o axioma que ensina: “a união faz a força e “duas cabeças continuam pensando melhor que apenas uma.” Constata-se, nessas máximas, de forma ratificadora, que as grandes conquistas, descobertas, foram frutos de esforços de muitos. Aliás, grassa refletir, que nenhum combatente, sozinho, venceu os conflitos bélicos.
Exsurge, neste âmbito do coletivo em face do individual, enquanto necessário, a adoção de cautela, amiúde para evitar interpretações equivocadas, julgamentos preconcebidos e, mormente, não equivocar-se o solitário com a solidão. Há pessoas que gostam, e até necessitam de solidão momentânea para seus estudos e reflexões, no mesmo passo em que, de outro lado, há pessoas solitárias que conduzem felizes suas existências, apesar da ausência de humanos.
Cabe ponderar, neste viés da individualidade, que a superestima de conhecimento, com o ego inflado de informações, a partir das relações virtuais, estruturou em muitos a bolha da exceção social. Esse fato, com pesar, se dá semelhantemente a uma fase obsessiva de fascinação, onde o ser se isola, acreditando saber mais que todos, ou o suficiente para não necessitar mais de vida social.
Consigne, que o paradigma da nova era entre os povos tem sido o pessoalismo, num monólogo virtual, orquestrado sob a quimera de que tudo que se necessita está logo à frente na rede virtual de comunicação. Ressinta-se, que muitos ignorem que o humano é um ser eminentemente social, que necessita interagir, permutar informações, coexistir afetivamente com o sexo oposto ou não, inclusive para ampliar o sentido da sua efêmera existência.
A imagem da bolha virtual, sob a âncora da individualidade, que se reflete no espelho, não é o narciso da beleza que se propugna, antes projeta o ilusionista. Insta ponderar, aliás, que os sociólogos e humanistas admoestam que ninguém consegue viver só. Essa lógica encontra álibi entrementes na seara embrionária dos humanos, haja vista que todos nasceram por consequência biológica de, no mínimo, uma mulher e um homem.
A internet afigura-se a mais expressiva fonte de pesquisa que se dispõe na atualidade. O encurtamento das distâncias é uma realidade, mas não se justifica tantos internautas presos à navegação, quando se distanciam do calor humano. Pondere-se, que possível é ter uma vida prazerosa, simultaneamente com a assessoria da rede virtual de comunicação, sem excessos, com tempo para família, amigos e, acima de tudo, para apreciação da mãe natureza, que continua ofertando lições gratuitas acerca da arte de bem viver.
Palavras chaves da hipocrisia são: amo, odeio, nunca e sempre. Evitá-las é um bom começo para desenvolver o caráter.
Sentir muito e desculpar-me por não te agradar?
JAMAIS!
Não vou mudar a minha personalidade por um capricho seu.
Cada um tem a sua individualidade.
RESPEITE A MINHA!
Se fizer o que todo mundo faz, vai perder a sua identidade. Não se anule no processo. Você é um ser pensante que detém a sua individualidade.
Para além das manifestações reais de homogeneização social, a publicidade trabalha, paralelamente à promoção dos objetos e da informação, na acentuação do princípio da individualidade. No instantâneo e no visível, produz massificação; no tempo mais longo, e de maneira invisível, despadronização, autonomia subjetiva.
Toda cultura de massa trabalhou no mesmo sentido que as estrelas: um extraordinário meio de desprender os seres de seu enraizamento cultural e familiar, de promover um ego que dispõe mais de si mesmo.
É fácil admirar a beleza das modelos mais bonitas do mundo. É fácil admirar a beleza dos corpos mais sarados da academia. É fácil admirar a beleza dos olhos claros, do cabelo liso, do nariz fino e do sorriso perfeito. É fácil admirar a beleza padrão. E não, não é errado admirar as belezas padrões, não é porque é padrão, que você tem que achar feio, tá tudo bem admirar e elogiar a beleza alheia. Só aprenda a admirar a beleza dos outros sem duvidar da sua, aprenda a se admirar, olhe pra você com os olhos bondosos que você olha pra o que acha bonito, a beleza está no olhar. Olhe o seu cabelo e arrume ele do jeito que te faz bem, olhe pros seus olhos castanhos e veja neles um universo de constelações. A beleza é singular, é individual, aprenda a amar cada pedacinho de você. Lembre-se, todos nós somos únicos e diferentes, os meus gostos não são os seus, e isso serve pra tudo, música, cores, filmes, até pras pessoas. Nem sempre o que é bonito pra mim, é bonito pra você. Portanto se ame, alguém algum dia vai te olhar com brilhos nos olhos e achar em você toda a beleza do mundo, por você ser exatamente quem é.
O Logos é simplesmente o Deus que rege o universo pluriformemente, é a omnisciência dos destinos, o Big Bang cósmico e intrínseco da individualidade humana, cuja composição microscópica faz parte do corpo etéreo de Deus.
Todos os dias eu lembro dessa frase :
“Você quer ser feliz, ou quer ter razão?”.
Por um tempo concordei com ela na seguinte interpretação de que defender as suas ideias/razão te faria infeliz ... então se quisesse ser feliz teria de ficar quieta, não discute, não perca tempo e aceitar a razão do outro e seguir em frente ... essa era a interpretação que eu dava .
Hoje eu trocaria pela frase :
Se você quer ser feliz, tenha razão !
A razão te da direcionamento, discernimento, congruência, a razão é e sempre será só sua dentro do seu modelo de mundo e de vida, e por isso existe felicidade nela ! Porque é a sua verdade a sua razão ! O que falta talvez na frase você quer ter razão ou ser feliz seja a palavra respeito !
Respeito pelo que o outro pensa, assim você com suas razões será feliz e o outro também !
Então a frase seria :
Você quer ser feliz ou ter razão ?
Você quer ter razão e ser feliz?
Você quer ser feliz e ter razão?
Então respeite a felicidade e a razão do outro, tanto quanto você respeita a sua!
Talvez o vazio existencial que tanto assola a humanidade seja proveniente desta perda de valores e referências em que tínhamos laços afetivos genuínos com os outros. Em uma época, estávamos com os outros; hoje estamos para sermos apreciados pelos outros.
A felicidade é um momento passageiro. É uma interrupção das nossas dores permanentes. E ela acaba ao partirmos.
Por mais solidária e coletivista que uma pessoa seja, no fundo ela também almeja o seu próprio espaço e a valorização de sua individualidade.
Ninguém quer ser igual a ninguém, todos querem ser únicos.
Se dedicássemos a sermos sempre melhores, construiríamos um lugar de paz e de contínua prosperidade. No entanto, se alguns continuarem com a falsa moralidade e o individualismo, permaneceremos como estamos.
Acordem !!! Não precisa ódio, íra, raiva, mas acordem desabrochando pela Luz da sabedoria , o amor incondicional , a verdade , o equilíbrio e a coragem de ser quem você é verdadeiramente , de se posicionar sem violência mas com dignidade, respeito e firmeza . A coragem não é para agredir mas para amar e agir sem medo . Estamos em um mundo onde somos submissos (escravos) e não pessoas absolutamente dedicadas à sua própria Liberdade. Não devemos baixar a cabeça.
As pessoas que estão no poder, seja lá em qual área, todas elas querem uma coisa: precisam de você e nem pense em erguer a cabeça e colocar a sua posição .Não resista! e aí de você afirmar algo que a contrarie que fuja do seu interesse. Parece um erro lutarmos pelo nosso SER, pela nossa individualidade. Você deve viver como um prisioneiro dominado, sendo puxado e empurrado para um lado e para o outro. Um fantoche da sociedade!