Vida e Perigo
Construímos a gente em cada estrada, em cada superação dos medos, em cada curva perigosa da vida, e mesmo não sabendo qual o próximo destino, devemos descobrir sorrindo, como no agora.
Nildinha Freitas
Não gostamos, mas dores são necessárias para a vida. Alerta sobre os perigos, diz quando algo está errado e precisa de tratamento. Nos afasta de tudo que é extremo [calor, frio]. Nos leva ao médico. A dor espiritual também. Um mundo rosa ou azul, não existe, senão por ilusões. A sociedade nos impõe a alegria como obrigação, como ingrediente do sucesso. A alegria ostentada nas redes. Não! Somos humanos! Temos direito de viver as tristezas. Aprender, crescer, nos fortalecer, a despeito e, principalmente, por via delas. Sucesso não é obtido ignorando dores, mas pela exercício de resiliência diante delas.
PÉTALA POR PÉTALA
"Aprendi a andar sobre à vida sem as mãos, sem nenhum apego ou reflexo de segurança mediante ao perigo. Em minha riqueza de aptidões, a que mais contemplam é a terrível maneira como os cadarços se comportam. Os que se importam: sintam-se importantes. Equilíbrios aos equilibristas. Pra eu que tanto me dou bem e mal - pétala por pétala - sob o papel de malabarista, resta rogar habilidade na dinâmica das instabilidades."
Foque em você , nas suas metas e ideais , não tema as contrariedades impostas pela vida, tema pelo excesso de tapinhas nas costas, excesso de sorrisos , esses sim são perigosos, pois nos desarmam e nos surpreendem a cada golpe.
As mudanças muitas vezes são atitudes necessárias para vida de cada um de nós, mas não nas tentativas infundadas em mudar o outro que não vive em restritas semelhanças ou aos nosso externos ambientes que nos incomodam por não serem organizados segundo nossas próprias predileções. A mudança deve ser iniciada internamente, em nós mesmo, uma mutação comportamental sem garantias levando em conta todas as nossas imperfeições, limitações, fragilidades e ansiedades perante a incerteza da improvável futura felicidade ou nossa infeliz satisfação sem redenção.O tempo todo o medo de sermos plenamente felizes concorrerá como parceiro vital para nossa limítrofe realização.
Meu campo florido...
iluminado de sol,
trazes com teus aromas e leveza
as cores da vida.
Alegra-me vi(ver) - te
Contagia-me em cores e odores
que enebriam os meus sentidos.
Nas rosas, o amor
quente e vibrante...
destes de perder a noção de perigo...
mas, também, suavidade
do namoro,
da conquista,
do romance...
Se nesta primavera
não vieres,
dá-me, por favor, outra chance!
A estrada da vida não é tão longa como dita na letra da canção. Para muitos, é um circuito ovalado; percorrem várias vezes o mesmo trecho, caem reiteradamente nos mesmos buracos, derrapam sempre na mesma curva (fechada e traiçoeira). As fatigantes subidas íngremes provocam a desistência dos mais fracos. A vida é cíclica, quase tudo se repete: da beleza da paisagem ao perigo da viagem.
Inquietação
Eu não sei de onde vem
tanta energia,
tanta inquietação.
A vida agitada te apraz.
O perigo te satisfaz.
Não consigo entender
o que tanto te tortura?
Se há noite, haverá dia
Se a noite é escura e fria,
o calor aquecerá à luz do dia.
Se há choro, haverá alegria.
São as variantes da vida
Que fazem magia.
O brilho no teu olhar evidencia
a intensa chama, o frescor,
a abundante seiva, a flama,
a insensatez da juventude
que explode e expande-se
dentro de ti e te suplicia
em várias nuanças.
Umbelina Marçal Gadelha