Vida e Morte
Certa vez um homem disse que não temia a morte e em ato contínuo se suicidou e logicamente ele morreu mas esse ata tão somente provou que a vida é tão vil e valiosa que jamais deveria ser testada por um ato de desatino e tão covarde.
“Não lhes ocorreu que a morte é mesmo o fim de tudo, pois, afinal, o que existia então para o indivíduo antes do seu nascimento?”
Não tente parar o ciclo da vida para depois não ter que assistir o ciclo da morte onde o ciclo da vida começa no nascimento e termina na morte e o ciclo da morte não tem como começar.
Eu não sei o que é. Pode ser vida. Pode ser morte. Ou pode ser um sonho. Eu posso estar te imaginando. Você pode estar me imaginando. Pode ser o purgatório ou uma falha na simulação em que estamos. Não sei. Por isso, decidi há algum tempo a meio que desistir e parar de procurar sentido nas coisas, porque a única forma de se viver nisto é aceitando o fato de que nada importa.
Nesse lugar tem um lago.
Nele vejo a vida.
Nele vejo a morte.
Caminhando vagarosamente, fixo o olhar em um ponto específico.
O arrepio logo toma conta do meu corpo, amedrontada e sentindo a força oculta que habita nesse lugar, encerro os olhos e começo a caminhar rapidamente.
“Não olhei para trás”
“Não se aproxime mais”
Tudo aqui tem vida.
Vida com olhos encharcados de sangue.
Vida que súplica pela sua alma.
Vida que deseja te puxar e levar-te a mais vasta escuridão.
Essa vida é chamada de morte.
Talvez a pergunta importante não seja se existe vida após a morte, mas sim se deixamos de viver antes de morrer.
A morte se veste de sol
A morte, essa ingrata, que cheia de empáfia e malícia se veste de sol e brilha todos os dias nas manhãs mais cinzas e sujas, como se fosse alguma espécie de tempero pra vida, já morna e sem sal de alguns, surge e caminha soberana pela avenida.
Num relance, ela te acena com um pisco doce, leve e suave e você ingênuo corresponde e vai, imberbe e juvenil e aparentemente cego e ou entorpecido, você abre a guarda se ajeita e a segue em busca de mais uma dose de seu próprio destempero, agora, também, seu próprio veneno.
A morte é a corrupção da vida e o corpo aonde ela se encerra, a ânsia e a arrogância são as celas que aprisionam os imberbes e os cheios de ligeirezas, a morte é safa e calculista, transita pelo caos das noites feito os boêmios e notívagos, sempre à espreita ela escolhe, acolhe e envolve as suas vítimas como quem se assenta em uma mesa de bar qualquer para o último gole e abraça o desconhecido como se já fossem íntimos. Amigo... A saideira, por favor! Vamos comemorar, hoje é um grande dia.
VIDA E MORTE, CICLOS CONTÍNUOS
A vida é concebida pelo nascimento, crescimento, procriação e morte. São eventos naturais e característicos à concepção dos seres.
Para alguns, esses meios evolutivos não seguem iguais a todos e se diferem entre os indivíduos. Há uma qualidade específica de se colocar diante dos problemas e saber enfrentá-los, o que para uns se torna uma questão predominante e decisiva.
A morte é vista sob diversos aspectos os quais se apresentam a nível familiar, cultural, social e nos surgem conforme nossas posições diante do contexto coletivo; o simples ato de servir pode estar determinado por Forças Cósmicas que a nível consciente desconhecemos, mas que, hermeticamente falando, estão inseridas em nosso âmago e podem provocar comportamentos divergentes.
Superar a morte é um episódio difícil, mas deve ser aceitável, pois é um ciclo pelo qual todos iremos passar, afinal, não somos seres materiais eternos e sim, espirituais.
Uma boa parcela das pessoas não está disposta a aceitar esse raciocínio em face da paixão que têm pela materialidade, mas isso é coisa que deve ser tratada no enigma do amadurecimento espiritual.
O contrário de morte não é vida, mas a paixão, aquela chama acesa que te inspira e te leva adiante.
A morte só nos levaria, uma segunda chance, uma mudança, uma escolha, sempre existe um motivo. Encontrar a paz nas asas de um anjo, um voo no infinito, o vento a brisa, cabelos aos ventos, frio, calafrio, sombra, escuridão, se a morte é vida e a vida nos conduz a morte, que aja a vida em minha morte e que minha morte me traga a Vida, uma retirada, uma travessia, linha de chegada no início Redundante da vida morte...
Quem sou eu? Um ser que nasceu predestinado à morrer, um ser que nasce sabendo que sua morte se aproxima não têm felicidade, a única felicidade absoluta que nós temos, é de que haverá uma vida após a morte.