Vida e Morte
Do que vale a minha vida se nada que quero acontece..
Do que vale a minha morte se nada que quero se resolve..
Do que vale o meu sorriso se nada que quero é visto...
Do que vale o meu olhar se tudo o que vejo me faz chorar...
Do que vale este papel se não para rabiscar..
eis a morte
ela eu aceito
nâo é injusta
é a mais castigada de todas as leis
feitas pela mãe, natureza
o que eu em singela fala não compreendo
é apreciarmos o mesmo céu,
usufruirmos da mesma água,
estarmos presos na mesma esfera
e termos que nos separar
por conta de consciências passadas
todos estamos presos.
então porque não nos algemamos?
e não seremos aprisionados em outra condição:
pior que o ciclo, a solidão.
vamos nos aprisionar na nossa prisão
porque viver sozinho
é viver em vão.
Há caminhos que nos parecem conduzir à vida, mas ao cabo nos levam para a morte.
"O caminho para a vida é o caminho para a morte... e este é o caminho mais certo que vai nos levar ao fim. Porém existe o intervalo, entre a chegada e a partida, onde temos que fazer de tudo para viver intensamente cada momento que a vida nos dá e a morte nos deixa aproveitar..."
Essa é uma linguagem ampla: a vida é a rota para a morte. Poderá ser interrompida na criação dos sonhos, das fronteiras. O morro tem duplicidade mórfica: é substantivo ou verbo?
O plano espiritual para o qual iremos depois da nossa morte será determinado de acordo com as nossas ações em vida corpórea.
Se o evento morte realmente interrompesse os vínculos de amizade, não chamaríamos de amigo àqueles que já partiram para outro plano, mas que, em vida, foram nossos grandes amigos. A amizade continua, ainda que não fisicamente materializada.
A morte só amedronta aqueles que pensam que vão viver eternamente neste mundo, também os que não estudam a Bíblia nem guardam os mandamentos da Lei de Deus.
Epitáfio:
Quedei-me aqui inconformado
Caguei-me sempre da morte chegar
E se houver outras vidas e mundos
Estou lá buscando meios de voltar
Ozimpio
A morte, a antítese do nascer, é o luto da vida. Uma necessária interrupção brutal daquilo que ela transformou em saudade.
Entre a vida e a morte, uma delas segue se equilibrando entre a felicidade e a angústia, enquanto a outra se resume somente na tristeza, ambas sem meio-termo, até o momento em que se cruzarem.