Vida e Morte
A MORTE DO VENTO
Com a morte do vento
Tudo parou...
As folhas das árvores
perdeu os movimentos,
e as aves emudeceram.
A poeira abaixou...
E com o aumento do calor,
toda gente ficou no sufoco
correndo de um canto a outro
se abanando feito louco.
De nada adianta a janela do carro aberta
ao transitar pelas estradas.
Aquele vento a roçar no rosto
sumiu de forma inesperada.
O mundo todo está em alerta
com a falta do vento.
Vento que sopra...
Vento que vem e vai!
Vê-se volta,
à bater em minha porta!
Não espere por uma vida após a morte, não espere uma segunda chance, essa pode ser a sua única oportunidade de ser feliz.
Cada um tem seu pagamento, uns recebem moedas da morte, outros cédulas de vida, e vida com abundância.
"Não tenho medo da morte. Tenho, sim, muito medo é do sofrimento que possa vir antes e depois dela."
Quem vive intensamente não teme a morte, porque enquanto estamos vivos ela não existe e quando ela chegar, não existiremos mais.
O medo é o maior inimigo do guerreiro... se o perde está mais perto da morte, se o ganha está mais longe da vida.
A mágica da vida é, no processo lento que a morte nos prepara a cada dia, fingir que não sabemos de nada.
"O pior não é ser condenado à morte enquanto a sua esperança vive; o pior é ser condenado à viver enquanto a sua esperança morre."
Quem não tem medo da vida, não deve ter medo da morte.
Dentre os questionamentos da vida está a certeza da morte.
Arrebatadora e cruel para a maioria que parte e para quase todos que ficam, ela é como um jogo onde todos perderemos as últimas fichas, na última mão, da última rodada.
Há quem lembre mais dos lances de sorte e como eles foram festejados, outros lamentam as muitas perdas e o vazio que fica quando cai a ficha e a má sorte foi lançada.
Todos chegamos com um grande cacife e partiremos sem nada levar, mas quem não tem medo da vida, não deve ter medo da morte.
Dizem que na vida temos duas certezas, o sopro da vida e o ceifar da morte, lembre-se que Cristo já desfez esta mística a quase 2 mil anos quando ressuscitou Lázaro.
"Quem fica, sabe do que você morreu. Mas só quem morre fica sabendo o verdadeiro nome da morte. O último conhecimento da vida custa caro!"
Tenho pensado muito na morte.
Tenho me encantado com ela.
Tememos sem a conhecer.
Rejeitamos tudo que ela nos ensina.
Olhe um conhecido em seu leito de morte.
Não tenha medo, encare-o. sinta-o, contemple-o.
Perceba a beleza do momento.
Não seja preconceituoso com ele ou ela.
É nesse momento tão marcante da vida
Na morte, que aprendemos as maiores
lições da própria vida.
Aprendemos o quanto a rejeitamos, o quanto lhe fomos cruéis e reservados, não lhe dando todas as chances de se apresentar tal qual é. E no momento da morte, incrivelmente permitimos que a vida se mostre à nós, valorosa e cheia de expectativas.
A primeira lição da vida
Não abandone à morte quem espera pela morte. Acompanhe-o, aprenda com ele, Sorria-lhe, cante, leia, fale com ele. Aprenda logo aquilo que todos nós vamos aprender um dia. Que a morte não é morte. É vida!