Vida e Morte
Flores mortas
Deixa chover, deixa molhar; lavar ; regar; destruir; purificar...
O mundo ensina e o mundo gira.
As engrenagens da vida e o abraço do tempo sufocam a humanidade.
Mas sempre foi assim...
Artificiais são essas flores que não envelhecem ? Cárceres da resplandecente natureza mãe somos nós, feitos de carne e osso...
A substância da vida é a renovação pela morte. É isso que trás purificação ?
Flores mortas se esquivam dessa brisa com sensação de renovação.
Flores artificiais.
"Você só será reconhecido quando estiver morto, o ser humano tem uma tendência de colocar aqueles que morrem como heróis."
Nunca a humanidade surgira tão forte e nobre como quando renuncia a vingança no meio da luta ou vê a morte em meio ao caos e assim necessita perdoar, compartilhar e resgatar o ato de ser mais humano.
Um soldado jamais ficará para trás.
Os alimentos que você está comendo, poderá lhe nutrir ou envenenar. Cabe a você decidir pela vida ou pela morte.
Empenhado na luta para assimilar todas as dificuldades como um homem maduro (apesar de sentir demais algumas perdas) passei - após algumas leituras - a absorver certas situações na minha vida com o conformismo escorado na filosofia simplicista e acaciana de que nascemos e, um dia, sem exceção, teremos que morrer. Posto assim tomei mais gosto para viver e encontrei mais leveza no que me cerca. 🍃💚
Se tivesse um dia só,
que é que você faria?
Planejar e só pensar
já não adiantaria.
Beijaria o seu filho?
Vagaria de andarilho?
Que vida cê levaria?
Se tivesse um dia só,
que é que você diria?
Mediria as palavras?
Pecado, confessaria?
Faria longo discurso?
Falaria do seu curso?
Que palavra cê diria?
E o dia vai veloz,
não dá pra ficar parado,
nem pra só se preocupar
com algo que está errado.
Só falta mais uma hora,
pensa, pensa, e agora?
Relógio acelerado.
EU, LUTO
Constante e incessante
Luto pra sobreviver,
Luto pra não sentir.
Morri ano passado,
Mas este ano,
Luto. Nem pensar.
R.
Na noite passada eu sonhei com você
Pensei ser você quando o telefone tocou
Te lembrei com aquela música,
Quando o verso final rimou
E soube que nunca mais vou te ter.
Na noite passada eu estive acordada
Sem saber se também pensavas em mim
Desejei ser assim
Mas no fundo sabia, minha esperança era infundada.
Talvez você tenha se perdido
Nesse mar de decepções no qual mergulhou
Talvez nunca tenha entendido
Que não foi a única vítima quando nosso barco naufragou
Talvez você seja a estrela cadente
Que cruzou meu céu,
Realizou meus desejos
E encontrou seu destino final.
Talvez toda essa tragédia cinematográfica
Tenha me deixado deveras sentimental.
Ou talvez seja só a falta dos teus beijos
Do teu cheiro, ou do gosto daquele mel
Talvez amar tanto assim foi o que te fez infiel.
Eu queria não me arrepender
Queria olhar nos teus olhos e entender o motivo
Saber que estás bem, que estás vivo
Mas sei que nunca vou te esquecer
Queria que nossas iniciais
Na areia daquela praia
Nos tornassem eternos
Queria que todos aqueles pontos finais
Valessem à pena, nos tornassem certos
Queria ser intensa como os poemas que um dia redigi pra ti.
Nem imaginas o quanto dói.
O quando peno por esse amor que parece ácido
Que me corrói
Me deixa estática, paralisada e que destrói
Tudo, enquanto me olhas como um sádico.
Você gosta da sensação
Porque sua dor nunca passou de orgulho ferido
Porque nunca me amou, nunca foi meu amigo
E porque pra isso, não existe perdão.
As histórias que criei na minha cabeça
Não te traziam como vilão
Não como Bentinho e Capitú.
Nosso pecado era diferente,
Intenso e bem mais cheio de solidão
E acabou com a certeza
De que amor nenhum resiste a não ser prioridade, ser opção.
Ele se apaixonou por mim através de seus olhos
E eu soube no instante em que me tocou
A diferença fundamental dessa história
É que os meus, de cigana, continuam enxergando você.
Mas agora aceito e compreendo que não mais vou te ter.
A dedicatória tem teu nome,
Assim como meus poemas anteriores.
Hoje eu abri o cadeado,
Te igualei a meus amores passados
E decidi, nossa história termina aqui,
Hoje eu me permito viver
E te liberto de mim.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Se você morresse hoje, morreria em estado de paz e satisfeito consigo mesmo pela que fez de sua vida até então?
Ausência
Hoje é um domingo de chuva
E meu coração continua frio
O mundo lá fora parece ruir
E aqui dentro tudo segue inerte e vazio
Colmei-me da esperança de que um dia você pudesse voltar
E chorei com a certeza de que nada nesse mundo
Jamais tomaria o teu lugar
Fui à janela lateral
Fumei meu cigarro enquanto olhava a chuva cair
O mundo lá fora parecia apático
Mas chovia torrencialmente aqui
Eu tossia em meio às lágrimas
O vento assanhava meus cabelos
A chuva me roubava as palavras e transbordava todos os meus medos
Me lembrava daquela noite fria
Em que juntos cruzamos a cidade
Nos amamos sem pudor
E eu sei que te fiz esquecer a vaidade
Pois ao menos naquele instante você me amava
Eu sentia.
O ar ameno adentrava as janelas do carro
E fazia minha pele arrepiar
Eu gritava porque estava viva e sabia
Você pisava no acelerador e sorria
Tão lindo, tão leve
Que poderia facilmente flutuar
Acontece que perdi-me na penumbra dessa escuridão
Perdi-me tentando freneticamente encontrar você
Me martirizei ao pensar em tudo que podia ser
Mas pra nós não há outro final nesta dimensão
Você que sempre disse odiar meus vícios
Se tornou o maior e pior deles
Diariamente dilacera meu coração
Com tua ausência e prepotência
Sequer parece ter dito que me ama tantas vezes
Eu senti um enorme pesar quando o nosso amor morreu
E jurei não mais te amar
Mas se não falhasse, não seria eu
Nunca fui fã de inícios
Menos ainda de finais
Mas se chuva apaga a chama
Você fala que me ama
E eu te digo nunca mais.
Abraço a racionalidade
Ponderando os prós e os contras em que nossa história se deteve
Assumo a responsabilidade
Aceitando que é impossível perder aquilo que nunca se teve.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Deus, estou aflita mas nunca derrota, o meu Deus não falha e eu creio em milagres!
Estou ferida, mas meu socorro vira do Senhor!
Eu vivo pela fé, e eu creio em milagres meu socorro vira do alto!
Nem a morte nem a vida, nada podem me separar de ti.
Sentimentos, emoções, preocupações, estes mesmos não poderíamos viver sem, pois se assim fosse, não poderíamos nos considerar vivos, seríamos vazios com uma única função de vagar e buscar significados para uma triste existência, porém, este não iríamos achar e a busca continuaria até a morte, ou melhor dizer, até se dar conta que já estava morto.
Chego a conclusão que não faz sentido buscar significados e motivos para viver, pois se assim estivesse, de fato, não o iria achar em lugar algum. Nascemos com muitos, mas a maioria nos retirado durante a vida, e os poucos que sobram nem sempre nos levam ao sentido, e aqueles que se iludem com os falsos e no final veem sua ilusão, já não os sobrarão nada e se tornam homens fadados a busca de novas Ilusões.
Se tem algo que preciso fazer antes que minha vida acabe, é descobrir um motivo para que ela continue.
Faça boas escolhas. Daqui a 120 anos, todas as pessoas do mundo terão sido trocadas por pessoas novas.
Se eu acho que eu sou isso, eu não sou nada. Se eu acho que há algo além disso eu posso ir muito mais longe. Mesmo não sendo ninguém, mesmo não sendo nada. AXÉ.
entenda te, e isso não lhe fará a melhor pessoa do mundo ou a pessoa mais calma desse mundo, mas isso lhe fará ser mais uma q não desistira de viver
Não existe velório pra quando coisas morrem dentro de você. Não se faz velório quando nossa inocência morre; e ninguém fez velório pros seus sonhos que morreram. Quando as coisas que morreram dentro de você não tiver mais como ressurgir, isso significa que tudo em você morreu, inclusive a esperança, e seus órgãos vitais. Então, fazemos um velório pra demonstrar que nos importamos com sua vida, por mais que muitas partes dela já estavam enterradas.
Nascemos doentes e morremos tentando superar esta doença... Viver não é questão de se adapta a esta vida medíocre mas sim buscar meios de adoecermos em paz...