Vida e Morte
A morte nunca foi o ponto final, no máximo um ponto e vírgula em meio a tantas reticências que formam a brevidade da nossa vida
Não tenho medo da peste, pois não temo a morte, no meu coração jorra a Fonte da Água da vida, que meu amado Deus, Fonte de Vida Eterna fez brotar!
Certas vezes lamentamos a morte de pessoas, que mesmo em vida, foram sepultadas pelo nosso coração há muito tempo!
A morte consome todos diplomas e bens que temos, mas aquele que tem a palavra Deus escrita no seu coração, mesmo em vida, já venceu a morte!
A única certeza que tenho na vida é que, se creio emDeus com todo meu coração, a morte não tem poder sobre mim, pois no Senhor só há Vida Eterna!
Somente teme a morte quem dirige sua vida apenas na estrada do mundo.
Quem tem Deus como condutor dirige na Estrada da Vida Eterna!
● Antes, o enfrentamento de ambas, morte e vida, não permitem fugas. É uma armadilha que supera as leis humanas, importando-se com a vaidade de levar o envelhecimento num ofício de percepções latentes nos esquecimentos dos túmulos. A importância dos vivos para os que morrem, é o fragmento do silêncio em pó. Sob a terra ou no sopro do fogo, nada foge, pouco é o abandono e intensa saudade. Distantes, o mármore gélido e o abraço, a chama e o vento, as rosas sobre o artifício da união, todo amor uma ambição de perseguir a vida.
A morte é uma passagem inevitável que todos nós teremos que enfrentar um dia. Mas, em vez de temê-la, devemos aprender a aceitá-la como parte natural da vida e a valorizar cada momento que temos neste mundo como se fosse o último, para que possamos viver plenamente e sem arrependimentos.
A vida é tão contínua que nós a dividimos em etapas, e a uma delas chamamos de morte.
Dizemos sempre esta vida é muito dura que talvez seria melhor a morte, isto porque não tivemos ainda a oportunidade de sentir as crueldade da morte...
O que me fascina em discutir sobre óvnis, reencarnação ou vida após a morte não é a intriga sugerida pela delicadeza do assunto, mas a simetria das possibilidades entre si.
Ao matar a morte, a religião nos tira a vida:
vivemos morrendo.
A eternidade despovoa o instante.
Vida e morte são inseparáveis
Morte e vida
A vida está sempre de partida
A morte de início e ressureição
Dia a dia se morre na descida
Do tempo, em sua contramão
E nesta poética de folha seca
Que o vento leva além do olhar
Um pouco do tudo será soneca
E nada a quem não soube amar
Quando eu for, está gaveta estreita
Estreito estará o caminho do perdão
Por mim rezem ladainhas bem feita
Para a direita do Pai o meu coração
Se a partida ainda não chegou a vez
E só tenho a data de minha chegada
De fevereiro a fevereiro é o meu mês
Feliz vivo, sem a morte na vida privada
(Entre a vida e a morte prefiro ser cortês!)
Luciano Spagnol