Vida e Destino
Até alcançar o que mais quer, terá que enfrentar muito do que não quer...
E se nada quiser, então estará envolto de tudo que não deseja. Melhor se encontrar e escolher logo o que vai querer, pra que ao menos tenha algo que lhe realize, caso contrário, morrerá insatisfeito com a vida.
A imobilidade da luz
Agora do mesmo jeito que os fiz, desfazer-los-ei. Morrem uns para existir outros. Às vezes, o tédio ou falta de perspectiva me faz deletar em massa. Assim eu era. Sei que podia parecer algo cruel deletar a existência de “alguém”, (espero que entenda) não fazia isso por que queria ou por que gostava, simplesmente porque era preciso.
A vida foi, a princípio, uma ideia que me surgiu em um momento de tédio; Eu não esperava tanto; simplesmente me surpreendi! Quando tive a primeira ideia da criação, estava passando por um momento conflituoso, tinha me entediado com tantos projetos monótonos e acabei destruindo o meu último projeto que era uma esfera consideravelmente grande de energia branca, e foi aí que tive a ideia de algo mais interessante: resolvi criar uma galáxia invés de constelações e centros sugantes. Mesmo assim, vi que aquilo não passava de uma ampliação dos meus projetos anteriores. Então, fui a pasárgada refletir; estava muito exausto e nenhuma ideia boa ainda me exsurgia. Após algumas consideráveis eternidades, vislumbrei algo que seguia um fluxo próprio e fugia da monotonia; algo que era regido por uma regra geral. Era a gênese da vida. Assim sendo, foi nesse momento que me debrucei em um projeto magnificente: A Criação. Remodelei os destroços da esfera de outrora, criei a natureza e os animais. Com o pulsar das gerações e o dardejar dos milênios, sucumbi ao ver o grande equívoco da criação: foi a pior monotonia que já vivera; antes pelo menos eu podia ter eternidades para outras coisas, entretanto, daí em diante, tive que tutelar esse projeto. Nesse momento, tive muito trabalho, deletando e renovando existências que no fundo seguem uma lógica continua de perpetuação. Isso tudo me dava calafrios em gastar algumas das minhas eternidades nesse fastidioso trabalho. Sei que para infinitas eternidades que tenho, algumas não iriam me fazer diferença. Entretanto, isso me fustigava lentamente e me causava uma monotonia cruel. Foi então que decidi criar uma vida que se destacasse. Por tentativa e erro, comecei por macacos, depois sapos, aliens, e por fim, sapiens. Já estava com as mãos doloridas de tanto misturar. Com o tempo acabei gostando dessa criatura. Pensei, que talvez deveria misturar dois deles. E assim ficou: Sapiens Sapiens. No final do processo, só restou uma criatura, e assim, intitulei-o de Anão. Ah não, não era esse nome; lembrei: Adão. E assim o foi. A criatura a cada “secundos” demonstrava destreza, sabedoria e, assim, me alegrava. Certa vez, resolvi criar o Destino para cuidar da vida e da morte. Com tempo livre, ocupei-me em outros projetos, e acabei deixando a minha criação em segundo plano. E de supetão quando estava no cinturão de Orion, uma ideia catucou a minha mente, sugerindo-me a criação de uma companheira para a criatura. Estava sem tempo para visitar frequentemente a minha criação, e por isso, resolvi dá a luz à ideia. Só que quando fui criá-la, tinha esquecido da fórmula. Misturei sapo, macaco, peixe e acabei criando uma mistura de sapiens com peixes; vi que não estava legal para uma companheira. Chamei-a de sereia para não ser desprezada. E sem obter sucesso, resolvi arrancar uma costela do Adão, e assim, formei uma companheira; intitulei-a de Eva . Vi com o tempo que ambos estavam felizes. Mas isso não me agradava nem um pouco. Felicidade é monótono e monotonia me causava incômodo. Então coloquei uma arvore com frutos afrodisíacos para testar a resiliência de ambos. Eles passaram um tempo se contendo em comer os frutos; foi então que decidi colocar uma serpente para atentá-los. A serpente fez um ótimo trabalho. Ainda me recordo da retórica da serpente que usou para ludibriar Eva:
—Estes frutos têm poderes especiais, por que não comes um?
—Porque fui proibida; estes frutos não fazem bem.
—Não seja tola, se o criador colocou uma árvore desta no paraíso, é claro que foi para vocês. Ele devidamente está testando a inteligência de vocês. E desta forma, ele quer que vocês ultrapassem as restrições e façam a diferença.
—hum, talvez tenhas razão
—É claro que tenho; sou fruto do criador!. venha aqui; Tome este fruto, este é seu; partilhe-o com Adão.
E assim, Eva levou o fruto, e Adão, ingenuamente, comeu o fruto de Eva e não percebeu que caíra na tentação da serpente. Dessa forma, acabei vendo a fragilidade dessas criaturas; vi que estavam muito longe da minha sapiência. E nessa lógica, vi que eles jamais iriam chegar perto dos meus Arcanjos. Com efeito, condenei-os a lei do Destino. E assim ao Destino declarei:
—Estarás incumbido de ceifar a vida deles, toda vez que chegar a hora. Eles terão o fado de nascer, crescer, procriar e morrer. Eles não mais viverão uma eternidade. Vão sentir a dor carnal. sofrerão com os temores e seguirão a Lei Natural.
Depois me ausentei e deixei-o regendo a criação.
Após algumas finitas eternidades, resolvi visitar a criação. Senti um verdadeiro abalo ao ver aonde a minha criação chegara. As criaturas de outrora não mais seguiam a Lei Natural. Criaram a sua própria lei. O Destino estava cada vez mais com problemas. As criaturas estavam dominando cada vez mais a inteligência. Estavam adiando o veredicto do Destino. Guerras, miséria, contrastes, tecnologia, temor, destruição, estavam caracterizando a criação. Aquilo de fato não era monótono, era extremamente inconstante. Talvez a minha ânsia pela fuga da constância tenha a impulsionado à Evolução. Não os via mais como uma criação. Via-os como uma transmutação. E destarte, resolvi me ausentar novamente e esperar mais algumas eternidades para ver até onde eles irão chegar...
Que eu tenha sabedoria capaz de descobrir quem sou, onde hoje estou, qual caminho devo andar e onde quero chegar.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
"A vida é algo passageiro e somos passageiros nela, seguimos um fluxo pré destinado e supostamente já escrito, ao nascer você não sente, mas ao passar do tempo o medo do futuro, responsabilidades, tudo vai tomando conta e forma, mas o importante mesmo é se conhecer, crescer, superar e seguir até o fim."
Barco na Beira do rio.
Éramos animais, como qualquer outro animal vivo na natureza. Buscando apenas a existência através da sobrevivência, tudo meio com base nos instintos, desde da alimentação, ao repouso até o sexo e a reprodução. Então de alguma maneira ( existem teorias diversas), mas vou chamar de “alguma maneira”... começamos a evoluir no processo de pensar, a coisa tomou tanta proporção que percebemos que conseguíamos modificar a nossa natureza. Passamos a usar nossa consciência crítica, analítica como um motor para sermos qualquer coisa que nossa imaginação fosse capaz de visualizar. Cada serhumaninho durante a sua existência produziu o que chamo de barco na beira do rio. É bem simples o conceito, você nasce, cresce, e percebe o mundo a sua volta, diante disso você avança o máximo que pode, seja com um feito prático ou teórico, quando você morre seu conhecimento se transforma em um barco na beira do rio, quem vem depois aproveita isso para avançar mais um bocado e o ciclo continua.
Acontece que milhares de anos depois, não sabemos mais o que de fato é real. É como se nada de fato fosse real, partindo do princípio de que tudo foi criado por alguém em algum momento da história ( certas criações foram incríveis e nos mantém vivos até hoje, outras depois de alguns séculos nem tão incríveis assim). Tudo bem que existem os instintos humanos, a biologia e o próprio inconsciente indecifrável, mas ainda assim toda realidade é uma fantasia que escolhemos tornar realidade para que a existência do homem tenha algum sentido mais lógico. Exemplo : você come carne de cachorro? Pode ser que sim, pode ser que não. Depende de onde você viveu e o que aprendeu. Outro exemplo: você concorda com aquilo que aconteceu no 11 de Setembro ? Provavelmente não, mas para quem realizou “ na cabeça” era algo normal. Eis uma pequena reflexão: Quanto de você é seu e o quanto de você é uma repetição?
O quanto somos realmente livres para pensar no mundo, na existência e na nossa vida. Sei que não é lá uma tarefa simples, é bem mais fácil se abraçar com o barquinho que alguém já construiu e abandonou na beira do rio. Afinal, já está pronto.
A questão final é o começo de tudo. O barquinho que eu escolhi pegar na beira do rio me faz pensar que temos duas opções. A primeira seria escolher símbolos/ arquétipos de pensamentos e comportamentos que nos identificamos de alguma maneira e fazer desses o nosso caminho de vida. A segunda opção é olhar com olhar de quem não está disposto a aceitar tudo mastigado e deseja questionar. Não pense que esse segundo caminho é tão interessante, quase sempre você estará numa jornada solitária quando se tratar de pensar por lados distorcidos dos padrões gerais, mas na primeira escolha é um grande saco ser escravo sem saber que é escravizado. Moral da história: O olhar para a civilização como um grande avanço evolucionista e entender que não é possível fazer com que 200 milhões ou 7 bilhões entrem em uma forma de pensamento coletivo ou analítico, é o que é, as coisas são como são, parece redundante mas cada um enxerga o que consegue vê.
Tiago Szymel
Nossas vidas são guiadas por incertezas, muitas das quais perturbadoras ou até intimidadoras; mas, se perseverarmos e permanecermos generosos de coração, poderemos ter um momento de lucidez – um momento no qual tudo o que aconteceu conosco de repente entra em foco como um curso necessário de eventos, mesmo quando nos encontramos no limiar da vida que tínhamos sido destinados a viver o tempo todo.
Viajante
Eu nem sei o que seria
Se acaso fosse diferente
O meu passado dia-a-dia
Com aura de viajante
Rebelde e determinado
A conhecer cada lado.
Quando é preciso
Uma ponte se constrói
Seja do agora ao paraíso
Ou do vilão ao herói.
Falar é tão fácil
Discutir a teoria também
Há de ser forte e dócil
Para ir mais além.
A vida ensina todo tempo
Basta aquele melhor olhar
Até mesmo um contratempo
Tem algo a revelar
Assim fui descobrindo
Depois de atravessar...
Romper as fronteiras,
Esquecer alguns limites
Faz com que a gente
Veja novos horizontes
Repletos de outras verdades
E consequentes possibilidades.
Eu seguirei como os viajantes
Enquanto houverem caminhos restantes
Está difícil encontrar a saída? Volte ao começo e faça todo trajeto novamente com calma, sem alarde e atropelos. Até conseguirmos fazer a travessia de olhos vendados nesse caminho, voltaremos sempre. A vida é um labirinto!
Ainda menino, queria voar.
Não voar literalmente, mas voar em meus sonhos.
Me sentir livre. Dono de meu destino.
Então, enquanto crescia, mais ficava amarrado nesta terra de ter.
Ainda não sabia, tinha que cumprir um rito de passagem.
Tempo que não tem tempo.
Hoje, não tenho certeza de minha liberdade, mas sei do meu tempo.
Hoje, vivo o tempo de viver.
Vivo na Estrada
Vivo sem o querer
Só quero caminhar.
O vento ousar
O horizonte olhar
O motor escutar
Teu braço me enlaçar
Meu amor apertar
No jeito de te amar.
Não importa o destino
Nem quando chegar
Esta estrada sentindo
Nessa estrada sentindo,
Você me amar.
Ivan Madeira
Set2015
A vida tirou as palavras doces do meu coração. Hoje vivo sem aquele brilho. Porém nada impediu o destino de te conhecer e acreditar que existe sol após a tempestade.
A gente se conhece a um bom tempo e desse tempo nunca paramos pra conversar, porém quando nossos olhos se encontram de relance parece que 1 segundo valeu por um dia de conversa, aquele sorriso leve no canto da boca até parece um sinal de um convite para te beijar, posso estar enganado mas é isso que imagino....
Moramos perto um do outro, sabemos algumas coisas um do outro indiretamente. Pois a minha turma comenta sobre você e a sua turma comenta sobre mim.... e quando teu nome vem a tona dá aquele gostinho de cruzar os olhos nos teus e sentir os teus lábios nos meus.
Amo o futuro, pois ele é incerto, vai ver casaremos, teremos filhos, seremos felizes para sempre, porém outra em teu lugar e outro em meu lugar...[°°°]
Diferente de não ter escolha, a responsabilidade é toda sua, se suas escolhas não interferem apenas na sua vida, mas no destino de outras.
Não nos enganeis ouvindo os ensinamentos falsificados, que dizem que um ser humano possui um desejo predeterminado por um deus, pois esta crença é falsa em erro e confusão. Sabei: qualquer coisa que um ser humano deseja realizar, ele deve primeiro criar o desejo para assim realizar isto ou aquilo, porque esta é a lei da natureza. Portanto, um ser humano determina o curso de sua vida e sobre todas as coisas, conhecida como destino.
"Na linha do papel esse “trem” de poesia
Na linha de embarque, partidas
Na linha das mãos, o destino
Na linha do destino, a vida.
Na linha do horizonte, a rosa-dos-ventos
Na linha imaginária, o Equador,
Na linha do meridiano, Greenwich
Na linha do sentimento, o amor.
Na linha do bordado, a agulha
Na linha da agulha, o croché
Na linha do tempo, a arte
Na linha da arte, você."
Viviane Andrade
A vida tende a nos frustrar naquilo que havíamos planejado como se de mal gosto agisse. Essas consequências são inerentes aos equívocos de nossas escolhas tomadas no decorrer do trajeto. Devido a isso, não se culpe, não os culpe e nem derrame seus esforços a qualquer fim, pois o desenho de seus objetivos são os mesmo, o que mudam, são as cores que elas transmitem.
Massáo Alexandre Matayoshi
Estamos lúcidas com a vida que nos foi destinada, mas a aceitação da mesma é que se perdeu de tal forma, que as vezes não sabemos o caminho de volta. Ficamos estagnadas na razão (no tempo).