Vida Amorosa

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"Uma maneira de encontrar significado na vida é experimentando algo - como a bondade, a verdade e a beleza, experimentando a natureza e a cultura ou, ainda, experimentando outro ser humano em sua originalidade própria - amando-o."

A vida é feita de muitos erros e alguns acertos. Para chegar na resposta certa, no resultado esperado, vão ser muitas tentativas frustradas.

Se há um único conselho que eu possa dar a você, eu digo:

Faça o que você acredita que tem que ser feito, mesmo que contrarie os outros, mesmo que digam que está errado ou é impossível... siga o seu coração e durma certo de que se deu errado foi uma escolha sua.

Nós não precisamos de ajuda para cometer enganos... até porque só aprende quem arrisca, erra ou acerta.

Se a decisão não foi fruto de uma certeza sua, você nem saberá o motivo da falha.

Acredite, tudo o que você precisa saber esta dentro de você! Vá em frente!

Eu acredito que você pode e você?

Quando comecei a escrever a história da minha vida, notei que já passou da hora do protagonista ser feliz.

Nem tudo é claro na vida.

O cálice da vida estava envenenado para sempre e, o coração feliz e alegre, nada via em torno de mim senão uma treva densa e terrível, que nenhuma luz penetrava...

"Desenvolvi ao longo da vida,o pior dos vícios; a autênticidade"

"Declare guerra a quem finge te amar, declare guerra
A vida anda ruim na aldeia, chega de passar
A mão na cabeça de quem te sacaneia..."

Estou entediada! Não aguento mais essa vida "idiota" com essas pessoas sem graça. É, realmente eu preciso de você aqui do meu lado.

⁠Na vida, sempre nos perdemos. Mas são as pessoas, não os sinais, que nos trazem de volta ao caminho certo.

E quando eu menos esperava, apareceu alguém pra mudar minha vida, mudar minha rotina, me virar do avesso. Não sei se com isso ele quer me salvar, ou fazer com que eu me perca de vez. Sem problemas, eu pago o preço, corro o risco. Nunca fui de correr do amor por medo. Medo eu tenho de sobra, mas eu supero, sigo em frente, e seja o que Deus quiser. Mas agora, com ele, está sendo tudo tão diferente, novo, e bom. Juro que nunca vivi algo assim, tão calmo, tão maduro, tão tranquilo. É claro que eu continuo com as minhas crises de medo, e minha insegurança excessiva, mas agora eu durmo tranquila, e acordo feliz. E eu nem sei direito o que ele me causa, mas eu sei o bem que ele me faz, e só isso importa agora. Eu, sempre mar agitado, ele sempre calmaria; se tornou meu refúgio, me trouxe um pouco mais de paz. Quando tudo era escuridão, ele se tornou luz, me fez enxergar além, consegui perceber que tudo o que vivi antes, me fez caminhar até aqui, levou o meu caminho até ele. Ele sempre mais calmo, mais tranquilo, mais maduro; eu sempre menina, afobada, querendo tudo agora; aprendi à esperar, aprendi que tudo tem seu tempo. Não sei bem como aconteceu, e nem o que vai acontecer, só sei que eu to me permitindo viver toda essa loucura, sem medos, sem cobranças, sem idealizações.

A vida é como um romance, não é?! Está cheia de suspense. Você não faz idéia do que vai acontecer até virar a página...

A minha alma não vai ser expulsa
Eu vou lutar ate meu último suspiro
Eu prefiro insistir na vida até o fim dessa agonia
O juizo final se realiza todos os dias

Aquele que se deixa prender por uma única alegria, rasga as asas da vida. Aquele que beija a alegria enquanto ela voa, vive no amanhecer da eternidade.

A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: paixão, nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito para fazer música, poesia e roteiro de cinema. E você inventa. Um amor pra distrair. Um amor pra ins-pirar. Um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase amor ali. Ainda bem que existem amigos nessas horas para amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Feliz. Sua imaginação te preenche, seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis. Ai do nada ele surge.

Ele. Ele que é diferente de tudo. Ele que é tudo. Eu sei que tudo não existe, mas ele existe e ele é tudo. Ele que foi comendo pelas beiradas e te engoliu por inteiro. Ele que é sorrateiro e certeiro. Ele que fala pouco, mas fala a verdade sempre. Ele que gosta de rap, de praia, de palavras simples, cama, carinho, filme. Ele que é lindo. Vocês estão me ouvindo? LINDO! Lindo por fora, mas infinitamente mais lindo por dentro. Que tem sonhos molhados, planos no varal e o coração atirado na mala. Ele que não se parece com nada. Ele que combina com tudo. Ele que combina comigo. E não tem medo. Será que eu estou sonhando? ELE NÃO TEM MEDO!

Ele não gosta do morno, de mais ou menos, de música feia, nem sentimento pequeno. Ele que me abriu o verbo, me fez chorar, escancarou o coração, confessou o que não se diz e me sentiu. Lá de longe, do outro lado da moeda, da cidade, ele me sentiu. Me enxergou por dentro, me chamou de anjo e me deixou tímida. Ele me deixou tímida ouviram? EU, TÍMIDA! INTIMIDADA! Calada. Quieta. Confusa. Me mandou musicas lindas, compartilhou ideias idênticas as minhas opiniões. Ele que não gosta de joguinhos. Não gosta de futebol. Ele que me faz rir. Ele que me visita nos meus sonhos. Que me faz projetar sua imagem perante a uma sonolenta aula de Patologia. Ele que me faz sorrir até no semblante mais sério. Ele que me faz sorrir mesmo estando longe de mim.

Ele que não pára nunca de buscar o que quer. Eu que não paro nunca de tentar fazê-lo me querer... Ai pára tudo. Eu quero um All Star porque eu vou me casar. Eu não gosto de tênis, vivo de salto ou de chinelo, mas eu quero um All Star 34 porque eu vou casar com ele. Porque planos nem sempre dão certo e a gente tem que ousar e desafiar a razão: eu vivo pra sentir. E eu sinto que quero estar com ele. Agora. Sempre. Quero viver com ele na casa de armário pequeno, quintal pequeno, cama grande com lençol branco. Ter uma filha chamada Alice e viver de amor. Sem medo. Sem planos a logo prazo. Vou viver e ser. Vou viver, ser e amar. Vou viver ser, escrever e amar. Com ele até o fim.

Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira. Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos
disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós
mesmos e para que no fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres. Rio de Janeiro. 1998

Ninguém morre,as pessoas despertam do sonho da vida.
A Formiga é pequena,mas elas são um exército quando juntas
Nunca é tarde demais pra começar tudo de novo
É PENA EU NÃO SER BURRO...NÃO SOFRERIA TANTO

Às vezes, as coisas não acontecem em ordem cronológica na vida das pessoas. Especialmente em nossas vidas. Já faz um bom tempo que a nossa ordem cronológica ficou bem confusa.

Para que minha vida me bastasse, precisava dar seu lugar à literatura. Em minha adolescência e minha primeira juventude, minha vocação fora sincera mas vazia; limitava-me a declarar: "Quero ser uma escritora". Tratava-se agora de encontrar o que desejava escrever e ver em que medida o poderia fazer: tratava-se de escrever. Isso me tomou tempo. Eu jurara a mim mesma, outrora, terminar com vinte e dois anos a grande obra em que diria tudo; e tinha já trinta anos quando iniciei o meu primeiro romance publicado, A convidada. Na minha família e entre minhas amigas de infância, murmurava-se que eu não daria nada. Meu pai agastava-se: "Se tem alguma coisa dentro de si, que o ponha para fora". Eu não me impacientava. Tirar do nada e de si mesma um primeiro livro que, custe o que custar, fique em pé, era empresa, bem o sabia, exigente de numerosíssimas experiências, erros, trabalho e tempo, a não ser em virtude de um conjunto excepcional de circunstâncias favoráveis. Escrever é um ofício, dizia-me, que se aprende escrevendo. Assim mesmo dez anos é muito e durante esse período rabisquei muito papel. Não creio que minha inexperiência baste para explicar um malogro tão perseverante. Não era muito mais esperta quando iniciei A convidada. Cumpre admitir que encontrei então "um assunto" quando antes nada tinha a dizer? Mas há sempre o mundo em derredor; que significa esse nada? Em que circunstâncias, por que, como as coisas se revelam como devendo ser ditas?

A literatura aparece quando alguma coisa na vida se desregra; para escrever - bem o mostrou Blanchot no paradoxo de Aytré - a primeira condição está em que a realidade deixe de ser natural; somente então a gente é capaz de vê-la e de mostrá-la.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. A Força da Idade, Nova Fronteira, 2009

A felicidade de nossa vida depende da serenidade da nossa consciência.

Há mais coisas na vida do que garotos bobos, sabia?
(Max)