Vícios e Virtudes
Nosso corpo não pode ser culpado por nossos acessos de ira e outros vícios, afinal todas as virtudes e defeitos são originados em nosso espírito.
O veneno entra na composição do antídoto na mesma proporção que o vício entra no da virtude. Saber dosar os dois é o que vai fazer toda a diferença entre a vida e a morte.
"Assim como os vícios te levam para uma vida miserável, às virtudes elevam-no para uma vida de abundância."
As nossas virtudes nos impulsionam para à evolução espiritual. Nossos vícios nos mantêm estagnados.
Leve todas as virtudes ao dormir para a cama, mas jamais carregue consigo todos os seus vícios para o túmulo
Levada ao extremo, a castidade deixa de ser uma virtude e torna-se, se não um vício, ao menos um estímulo a ele.
Deus não enxerga seus vícios, apenas seu coração. Não se martirize por ter problemas com seus hábitos, quanto mais você se culpa, mais o seu inconsciente fortalece o sentimento, e esta bola de neve se transformará em escravidão. A virtude sempre destrói todos os vícios, basta pratica-la.
O PRAZER DE UM ATO BOM
Não há esperança para alguém que luta por obter uma virtude abstrata - uma qualidade de que não possui nenhuma experiência. Nunca poderá, eficazmente, preferir a virtude ao vício oposto, seja qual for o grau com que, aparentemente, despreza esse vício.
Todos possuem um desejo espontâneo de fazer coisas boas e de evitar as más. No entanto, esse desejo é estéril enquanto não temos a experiências do que significa ser bom.
O prazer de um ato bom é algo a ser relembrado, não para alimentar nossa vaidade, mas para nos recordar que as ações virtuosas são não somente possíveis e valiosas, mas pode tornar-se mais fáceis, mais cheias de encanto e mais frutuosas do que os atos viciosos que a elas se opõem, frustrando-as.
Uma falsa humildade não nos deve roubar o prazer da conquista, que nos é devido, e mesmo necessário à nossa vida espiritual, sobretudo no início.
É verdade que, mais tarde, podemos conservar ainda defeitos que não conseguimos dominar - de maneira a termos a humildade de lutar contra um adversário aparentemente invencível, sem sentirmos prazer algum pela vitória.
Pois pode nos ser pedido renunciar até mesmo ao prazer que sentimos ao fazer coisas boas, de maneira a termos a certeza de que as realizamos por algo mais do que esse mesmo prazer. Mas antes de podermos renunciar a esse prazer, temos de aceitá-lo. No início, o prazer vindo da conquista de si mesmo é necessário. Não tenhamos medo de desejá-lo.