Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.
O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante.
A estupidez não está de um lado e o espírito do outro. É como o vício e a virtude; sagaz é quem os distingue.
Nem o ódio nem a lisonja são cristais fiéis: adulteram a verdade; aquele das virtudes faz vícios, e esta, dos vícios, virtudes.
O vício, tal como a virtude, cresce em passos pequenos.
Nem me seduz o vício, nem adoro a virtude.
Ócio, pai de todos os vícios e filho de todas as virtudes.
Como ao bem ocupado não há virtude que lhe falte, ao ocioso não há vício que não o acompanhe.
Os vícios entram tanto na composição das virtudes como os venenos na dos remédios.
O vício não seria completamente vício se não odiasse a virtude.
Podemos reunir todas as virtudes, mas não acumular todos os vícios.
As virtudes se harmonizam, os vícios discordam sempre entre si.
A virtude é comunicável, mas o vício contagioso.
A virtude remoça os velhos, o vício envelhece os moços.
Todas as virtudes são restrições; todos os vícios, ampliações da liberdade.
O fato de milhões de criaturas compartilharem os mesmos vícios não os transformam em virtudes; o fato delas praticarem os mesmos erros não os transformam em verdades e o fato de milhões de criaturas compartilharem a mesma forma de patologia mental (moral, social e comportamental) não torna estas criaturas mentalmente sadias.
A hipocrisia, além de ser a homenagem que o vício presta à virtude, é também um dos artifícios com que o vício se torna mais interessante.
Nós descobrimos que liberdade nada tem a ver com experimentar todas as drogas, vícios ou virtudes do mundo. Liberdade é poder escolher.
O amor não é bom em si mesmo: é bom enquanto virtude e ruim enquanto vício.
A beneficência é sobretudo um vício do orgulho e não uma virtude da alma.
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