Vício
"Como em outras drogas, é possível viciar-se em tristeza. Viciar-se em chorar"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
Não se acomode com a indiferença. Os próximos passos são o descaso e o desprezo. Se achar que ainda vale a pena tentar, se desfaça de seus pudores.
São tantos vícios nocivos que rondam a vida
da gente, que se torna difícil fugir deles.
Como mais uma entre tantas, escolhi um vício bom:
me viciei em você.
Nosso corpo não pode ser culpado por nossos acessos de ira e outros vícios, afinal todas as virtudes e defeitos são originados em nosso espírito.
Flertar com o erro é algo viciante, ele nos deixa mais experientes e nos tornamos mais maduros. Por vezes, o erro costuma bater na mesma tecla, até parece algo cíclico. Há quem diga que se pode escrever – aqui leia-se errar – certo em linhas tortas, o torto ou o erro se torna prazeroso, de certa forma. O que me intriga nesta caminhada é a marca indelével que a caneta é capaz de fazer ou quem sabe a intensidade que eu coloco ao escrever, ao rabiscar, ao desenhar. O papel a qual tanto escrevo é sensível para tantas tentativas de erro e acerto. A tinta indelével com força de expressão, de tanto focar em uma única situação, acaba por perfurar a penumbra daquilo que um dia foi forte. Perfuram-se os papeis! Um buraco se abre e me dá acesso para outra dimensão. Será se ali estaria o lugar o qual eu poderia flertar com o acerto? Este buraco negro que me consumiu ferozmente está me mostrando que aqui o vácuo da intensidade é bem melhor quando é escrito com emoção. Nesta outra dimensão todos os meus erros tornam-se, automaticamente, em acertos. A dimensão do jogo da intensidade prevalece nesse emaranhado de flertes escondidos atrás do desenho feito com a tinta indelével da minha força de vontade de viver o acerto que um dia julguei que era um erro. O que seria dessa dimensão sem os tão sonhados erros que nos fazem melhores a cada linha que pintamos do lado de cá? A resposta está no erro que não pintei ainda.
Ele é tipo café, achei que não era pra mim, até experimentar, agora é meu primeiro pensamento quando acordo e não consigo passar um dia sem...
Virou minha rotina, viciante, me tira o sono.
A combinação perfeita, nós dois juntos somos pura adrenalina, aquele amor com cheiro de café quentinho, beijo com sabor forte de cafeína!
Ausência
Hoje é um domingo de chuva
E meu coração continua frio
O mundo lá fora parece ruir
E aqui dentro tudo segue inerte e vazio
Colmei-me da esperança de que um dia você pudesse voltar
E chorei com a certeza de que nada nesse mundo
Jamais tomaria o teu lugar
Fui à janela lateral
Fumei meu cigarro enquanto olhava a chuva cair
O mundo lá fora parecia apático
Mas chovia torrencialmente aqui
Eu tossia em meio às lágrimas
O vento assanhava meus cabelos
A chuva me roubava as palavras e transbordava todos os meus medos
Me lembrava daquela noite fria
Em que juntos cruzamos a cidade
Nos amamos sem pudor
E eu sei que te fiz esquecer a vaidade
Pois ao menos naquele instante você me amava
Eu sentia.
O ar ameno adentrava as janelas do carro
E fazia minha pele arrepiar
Eu gritava porque estava viva e sabia
Você pisava no acelerador e sorria
Tão lindo, tão leve
Que poderia facilmente flutuar
Acontece que perdi-me na penumbra dessa escuridão
Perdi-me tentando freneticamente encontrar você
Me martirizei ao pensar em tudo que podia ser
Mas pra nós não há outro final nesta dimensão
Você que sempre disse odiar meus vícios
Se tornou o maior e pior deles
Diariamente dilacera meu coração
Com tua ausência e prepotência
Sequer parece ter dito que me ama tantas vezes
Eu senti um enorme pesar quando o nosso amor morreu
E jurei não mais te amar
Mas se não falhasse, não seria eu
Nunca fui fã de inícios
Menos ainda de finais
Mas se chuva apaga a chama
Você fala que me ama
E eu te digo nunca mais.
Abraço a racionalidade
Ponderando os prós e os contras em que nossa história se deteve
Assumo a responsabilidade
Aceitando que é impossível perder aquilo que nunca se teve.
Thaylla Ferreira Cavalcante
A maldição por detrás de muitos dos prazeres buscados pelo ser humano, está a humilhação de vir a ser comandado por eles.
O acaso programado procura um “time” diferenciado
Onde o tempo pára pra descermos dessa vida alucinante
E transformar toda possibilidade em um instante.
E o cosmos segue definindo sua presença marcante
Urgente e precisa, forte e viciante.
Fazendo de você o melhordessa vida errante.
Horas Oras
Duas da manhã
Tentar dormir
Não conseguir
Ligar o celular
Olhar outra vez
Rolar as notícias
Trocar de joguinho
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Já passaram meia hora
Três da manhã
Já passou muito rápido
Não consegue dormir
Precisa estar acordado
Não consigo mentir
Quero logo dormir
Mas não consigo sair
Estou viciado
Já são três e trinta
Tempo voa bem sumida
Quatro da manhã
Ainda estou aqui
Preciso dormir
Tenho que acordar cedo
Amanhã tenho aula
Vou perder meu recreio
Eu não vou ter mais tempo
O tempo passa rápido
Não aproveito o momento
Cadê o Carpe Diem
Se eu não aproveito
Cinco da manhã?
Não é possível
É intangível
No que eu me tornei
No que estou sucumbindo
O que fiz com minha vida
Não estou progredindo
Estacionei no tempo
Não penso direito
Seis da manhã
Nem deu tempo
De eu dormir
Alguém já acordou
É o carro saindo
Meu pai vai trabalhar
E ainda estou fingindo
Estar dormindo
Pera mas já?
Sete da manhã?
Já se passou outro dia
Mas que bela porcaria
Por trás do excesso de boas intenções e elogios, pode haver uma intenção contrária a virtude.
"Nossas virtudes, muitas vezes, não são mais que vícios disfarçados"(La Rochefoucauld)
Apesar de tentar me concentrar nas palavras, algumas coisas ficavam cutucando lá no fundo da minha cabeça. Não era só paranoia. Alguma coisa tinha me acordado. Alguma coisa me deixou acordada e tensa como uma viciada em metanfetamina. Por que eu só pensava em um grito?
ALGEMAS
Quem se entrega aos vícios está algemado ao passado,
Parado no tempo e perdido no presente...
Quem se prende aos traumas e frustrações do passado
Pune a si mesmo, agride a si mesmo, assume a culpa de erros alheios.
Punir-se, prender-se, agredir-se, culpar-se e perder-se...
Viver o hoje é desprender-se do passado,
Encontrar-se no presente e poder sonhar com o futuro...
Curtir o presente é libertar-se do passado...
É perdoar, perdoar-se, libertar-se..., é amar-se.
Desprender-se, perdoar-se, libertar-se, encontrar-se...
Liberta-se dos traumas e frustrações do passado,
É dar a si mesmo a chance do recomeço,
É livrar-se das amarras, das angustias e torturas, é não torturar-se.
É curar as feridas, libertar a alma, curar a si mesmo...
“Morre lentamente quem se transforma em escravo dos hábitos”, dos maus hábitos...dos vícios.
ANTIDEPRESSIVO NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA
Por Fernando Vieira Filho (1)
O que ocorre com o antidepressivo é a tolerância orgânica, que o leigo sempre confunde com "dependência". O que acontece com o passar do tempo é que a tolerância fisiológica ao medicamento antidepressivo, que consiste na necessidade de uma maior dose para se obter o mesmo efeito, se instala na pessoa.
Por isso, o médico, sempre ao concluir o tratamento da depressão, solicita ao paciente um longo processo de desmame ou dessensibilização química. Mas que, infelizmente, a grande maioria dos pacientes NÃO respeitam esta prescrição médica. Interrompem a medicação de uma só vez (de repente), e após um curto ou médio espaço de tempo, os sintomas da depressão retornam como um verdadeiro "tsunami", é o chamado efeito rebote ou depressão de rebote. Que é uma depressão ainda mais grave que aquela que havia antes do tratamento.
Novamente o tratamento é iniciado com mais rigor na medicação. Aí, o paciente JULGA erroneamente, que ficou dependente do antidepressivo. Mas se esquece que foi impaciente e teimoso, arrogante mesmo, em querer "saber mais que o médico" que estudou anos a fio para isso.
Os antidepressivos, atuais, são medicamentos extremamente úteis e seguros na terapêutica da depressão e outros transtornos (ansiedade, TOC, Pânico, anorexia etc.). Não se preocupe quanto à dependência. O que causa dependência química de verdade são os “faixas pretas”, como as anfetaminas, os ansiolíticos e sedativos (calmantes) da “família” dos benzodiazepínicos, como o clonazepam (Rivotril) etc.
O importante é que a indicação de uso do antidepressivo tenha vindo de um médico, preferencialmente um psiquiatra. Como dizia um velho professor, o antidepressivo é uma “bengala abençoada”. Tomar um remédio cronicamente não significa ser dependente. Lembrando que todo medicamento antidepressivo é sintomático, isto é, ameniza os sintomas, coloca em ordem a “casa interna”, para que a pessoa tenha condições de buscar e tratar as causas que a levaram a fazer a doença, através da psicoterapia.
(1) Fernando Vieira Filho – Psicoterapeuta clínico, palestrante e escritor. Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012. E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books: PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz. PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis. SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
Para saber sobre o atendimento psicoterapêutico online, via Skype, entre em contato comigo através de meu site https://www.harmoniacomflorais.com/agende-uma-consulta.php ou entre em contato pelo fone: (34) 9 9972-4096 – WhatsApp.
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"Quando não havia internet, as pessoas eram realmente conectadas. Quando não tinha a tela, elas realmente se tocavam com a transparência dos sentimentos".
Gleydson Sampaio das Neves