Viajar
Saudades de todas as paisagens que ainda não vimos e de todos os lugares que ainda vamos conhecer. Lembranças de tudo o que já fizemos juntos, aumenta vontade de viajar o mundo com você.
Uma experiência, se a fitarmos nos olhos e acolhermos a sua verdade, tem o poder de nos cristalizar.
Como tatuagem, grava nossa pele com a nossa história. Nossas escolhas ganham luz; iluminam e fazem brilhar o caminho.
E em meio ao deserto, há manancial dentro.
E já não importam as estações, porque nos tornamos o próprio tempo.
Já viajei para muitos países, mas continuo achando que o lugar mais bonito que existe é dentro do seu coração.
Estou aqui ilhado nesse espaço sem cor ou contrastes. Lugar que não se agrada, que não se transforma, que só isola. Preciso ver gente, sentir afago, carinhos, sorrisos. Viajar, nem que seja por alguns segundos na liberdade de viver.
Sou um viajante do tempo, viajando do passado no presente, que pode pegar um vôo a qualquer momento e não voltar. Viver é viajar e morrer também.
Sou um viajante do tempo, vindo do passado e viajando no presente, e que o futuro pode ser um vôo a qualquer momento.
É viajando que se rompe a barreira da ignorância, que se abre o horizonte do conhecimento. Há um poder nas viagens que é transformador.
Mas é preciso estar disposto para isso. Não basta apenas viajar por viajar,
sair no piloto automático. É preciso ousar, se entregar de corpo e alma
para perceber que o momento a ser vivido poderá ser único.
Quando viajamos, não nos deslocamos apenas fisicamente de um lugar para o outro. Há o deslocamento mental que nos faz viajar por épocas diferenciadas da nossa vida. E essa é aviagem mais difícil.
Desde que eu era muito pequenininha, eu quero explorar terras distantes. Terras sobre as quais só lemos.
Nossas pegadas se misturam pelo caminho, enquanto motoristas e pilotos nos conduzem em direção a destinos desconhecidos. Juntos, somos viajantes, explorando o mundo e criando memórias que durarão para sempre.”
Eu aqui morro de saudade de casa e do Brasil. Essa vida de “casada com diplomata” é o primeiro destino que eu tenho. Isso não se chama viajar: viajar é ir e voltar quando se quer, é poder andar. Mas viajar como eu viajarei é ruim: é cumprir pena em vários lugares. As impressões, depois de um ano num lugar terminam matando as primeiras impressões.
Na linha do tempo dos lugares por onde piso, não me apego à nenhuma paisagem.
Me apego às pessoas.
Essa talvez seja a melhor parte.
Conhecer o mundo não adianta nada: as viagens apenas complicam a ignorância.
Morar temporadas em metrópoles e cidades litorâneas me traz inspirações que faculdade nenhuma seria capaz de proporcionar.
Enquanto você deixar um pedacinho de seu coração em cada lugar que passar, sempre levará em troca momentos inesquecíveis.