Viajante
O viajante, vendo o entardecer; achou-se, uma jovem,
então perguntou-lhe: qual apanágios de sua atenção?
Ela respondeu: me encanto com a beleza da modéstia.
Você é, simplesmente, um viajante do tempo, andarilho, itinerante que chegou, permaneceu; visitante misterioso que encantou, ficou, sem dizer adeus...
O viajante fala consigo mesmo para manter a coragem na estrada.
“Sempre tive uma alma viajante! Por isso busquei na escrita uma forma de ser uma eterna mochileira literária, sem me preocupar com o peso das bagagens e nem com os horários das passagens.”
Muitas vezes na caminhada
já em passos bem cansados
segue o viajante que divaga
sobre o que lá atrás há deixado
Seu coração pede aconchego
está quase desistindo de lutar
mas a vida manda- lhe um adrego
encontra sempre um jeito de se adaptar
Adapta-se à lágrima e à dor
consegue até dar algum sorriso
sem saber que foi Deus, o Criador,
que lhe mandou tudo que foi preciso
Segue então de novo seu caminho
muitas vezes sem ter mais a solidão
pois encontrou quem lhe dê carinho
seja um amor ou um abraço de irmão
***Adrego : acaso ou casualidade
►Caro Sabiá
Sabiá, meu caro amigo viajante
Avisei a João que estou a caminho
Diga-o o quanto estou em romance
Peça-o para que me receba com carinho
Sabiá, sabes bem a quem fui a confessar lá nos mangues
Andorinha vizinha, Sabiá, que criaturinha linda em sorriso
Logo que a vi, piei, rebolei-me todo em sedução cativante
Atrapalhei-me, Sabiá, deixando-me levar pelo calor sem juízo
Voou tão distante a criaturinha, caro amigo, tão distante
Piei em dor ao luar, pensando se voltaria a cantar em delírio
Chorei, Sabiá, sem saudades de um amor correspondido para sarar.
-
Passei desta fase vergonhosa, Sabiá, pela dor sem motivo
Saí pelos céus a fora, até que ficassem alaranjados, em busca de um lugar melhor
Machuquei-me em encontro de alguns galhos em frente ao destino
Sabiá, busquei ela, admito, Andorinha que sempre sorria ao redor
Penso somente em suas plumas a voar no horizonte, como se não fossem voltaria
Nunca mais as vi, Sabiá, que saudade de quem não me conhecia, que dó
Sabiá, amigo, tudo o que desejo é que eu volte a vê-la, só um pouquinho
Então voarei a seu encontro, Andorinha linda, que desconhece meu amar.
O viajante precisa bater em todas as portas estranhas para entrar na sua. É preciso vagar por todos os mundos externos para, no final, chegar ao santuário mais interno.
Minha alma sempre me cobra em vida para ser mais "forte", sonhador, alegre, viajante, sagaz
e realizador!!!
Eu sou um viajante cósmico,
com conexões mais profundas do que a Terra,
Eu vejo a beleza no meio da escuridão,
E a luz no meio da monstruosidade.
Eu vejo monstros disfarçados de anjos,
mas eu sei que eles escondem sua verdadeira face,
Eu vejo além da máscara,
E encontro a bondade em seu lugar.
Eu vejo a Terra com olhos diferentes,
Eu vejo sua beleza e sua dor,
Eu vejo sua luta e sua glória,
E eu sinto sua dor como minha própria.
Eu sou um viajante cósmico,
mas eu sou ligado à Terra,
Eu vejo a verdade,
E eu luto para fazer a diferença.
Eu vejo as coisas boas,
mesmo quando elas parecem escondidas,
E eu sei que, juntos,
podemos transformar a escuridão em luz.
Eu já vivi esse amor, por isso, as pessoas me chamam de viajante, pois ninguém sabe de onde venho nem para aonde vou.
Se hoje não me apego a alguém, é porque bem lá, no fundo, sei exatamente o que sou.
E quando na penúria da dor, meu pensamento volátil sofre um paradoxo temporal.
Então, eu vislumbro um amor, ou talvez sejam apenas memórias perdidas que o tempo ainda não apagou.
Eterna Despedida
Nunca, Jamais, estranho viajante,
Os monstros das aventuras milenares
Iguais a ti, os que partiram, aos milhares,
Voltaram a esta Terra deslumbrante!
Quilha de um imenso barco desejante!
A tua língua é o teu grandioso leme.
O teu cérebro, de tanto guiar-te, geme,
Na tua insaciável mente delirante!
Longe do cais, aos caos de rios e mares,
És mais um arredio nômade dos lugares,
Ancorado nos fragmentos dos teus outros eus...
A tua vida é uma Nau que te conduz ao Fim...
Ó desorientado moribundo igual a mim...
Um dia, hás de dar ao mundo teu Eterno Adeus...
Poeta Da Eternidade e Mensageiro Da Morte
Manaus-AM, 12 /01/2023
O vento e o viajante.
-
O vento chamou o viajante:
Quem és, para aonde vais?
— como posso explicar-te,
se és a explicação?
Em toda parte, há sopros;
e quando não há sopro,
também há vento
a morte é fragmento,
vibrações em pedra,
é como um grão à terra
é sementes de abandonos,
é esperança no caminhar.
Posso tudo com a sua ajuda.
Você é a parte que incentiva o primeiro passo.
Sou o viajante das suas palavras.
Você percebeu que o tempo para no meio de nós?
Mesmo que o tempo pare, a sua aceleração ainda causa efeitos em nossos corpos.
Estamos brincando de riscar chão, colocando limites na vida. E não é justo com os sonhos encaixotados, o ar que realizam as coisas não cabe em caixas lacradas.
Liberte de você mesma, solte suas asas, caia do mais alto que puder.
Sinta-se à vontade na viagem, feche os olhos para cessar os medos do caminho. Voemos com os braços esticados, tentando alcançar o inefável da liberdade. Deixe, seus dedos bailar com os ventos do norte.
Sinta o tempo que ainda sobra para refletir diálogos mudos. Escute a melodia que falam com as sensações do agora.
Me abrace firme antes do fim deste voo. Sinta que não estar sozinha, e nunca mais sentirá assim como já sentiu.
Você encontrou a chance do ponto final da história. Chega de vírgulas, reticências intermináveis e olhares de cumplicidade momentânea. Sou eu que chegará segurando sua mão nesta paisagem.
Mesmo que o tempo passe tão rápido, e mais de uma vez ele ser duro conosco, mais resiliente será a resposta dos entrelaçamentos dos nossos dedos. Confiança é tudo nesta altura que propomos. Subiremos até o infinito alcançável, e agora adormecemos no aconchego da volta.
O fim é só um novo projeto de peregrinos, onde a viagem continua sendo o caminho.
Temos o ponto final, para essa história, temos enredos, temos o tempo que desacelera, temos o vento norte impulsionando a vida. Falta só acreditar que é plausível voar sem asas. Que nós somos seres alados no quesito sentimentos. Esteja atento ao tempo humano, ele não dura como deveria ser com nós, tudo é logo ali.
A melhor parte fleta com a curva da Estrada, e depois dali nunca estive.
Eu estou pronto para subir o mais alto que puder, perto do infinito alcançável, só para essa adrenalina de voar com você. Se quiser vim agora lhe espero, posso esperar um pouco mais, posso barganhar com tempo uma fração a mais para lhe esperar.
O VIAJANTE SOLITÁRIO
EM PRIMEIRO LUGAR MEU NOME É CICERO
Que sou mais conhecido como o viajante solitário
Só porque nunca encontrei alguém que me ame
E tenho em minha mente uma grande esperança
Que você me deixe entrar no seu território de amor e paixão
Pois neste mundo já percorri o sul e o oeste, o leste e o norte
Tentando encontrar alguém que me ame
Mas até agora não tive sorte
Pois ao invés de viajante solitário
Queria ser chamado de cavaleiro do amor
Mas queria que isso acontecesse
Bem antes do meu fim ou melhor da minha morte
Juro que me esvaziarei só para preencher seu coração
E ao mesmo tempo me encher de amor, te amando loucamente
Que os outros falem que somos muito jovens para amar
Eles irão dizer que amor
É uma palavra que não sabemos o significado
Mas os dias logo irão passar
E eles se lembrarão, de que não éramos tão jovens assim
E vão notar que nosso amor vai durar pra sempre
pois eu serei a lembrança que povoará sua mente
E te amarei de qualquer jeito e de todas as formas
Lhe torturarei com minhas palavras
Lhe perseguirei com meus carinhos
Lhe sufocarei com meus beijos
Tomarei em meu poder seu corpo e sua alma
E cavalgaremos juntos pelo mundo afora
Espalhando amor e felicidade
E você terá orgulho em me chamar de cavaleiro do amor
E logo o mundo queimará um grande diário
Que marcou a história de um EU
Que foi mais conhecido como O VIAJANTE SOLITÁRIO
Eu sou um viajante do tempo
Sempre me sentindo fora do lugar
Moro em muitos lugares, mas não tenho lar
Um estrangeiro em cada cidade
Sou um observador da vida
Refletindo sobre tudo o que vejo
Compreendendo os meus pensamentos
Em um mundo que sempre me escapa
Tantas faces, tantos lugares
Nenhum deles parece meu
Uma alma inquieta, buscando paz
Em uma terra que nunca me pertenceu
Será que eu sou um deslocado?
Um anacronismo em um mundo moderno
Ou apenas uma mente reflexiva
Que ainda não encontrou seu lugar no tempo?
Eu continuo minha jornada
Sempre buscando por um lugar para chamar de lar
Talvez um dia eu encontre
O lugar onde minha alma possa finalmente descansar.
Diante do viajante, havia três estações:
O mistério, a poesia e a eternidade,
não havia mais oração inventada;
agora em plenitude, era assiduidade,
constância de uma vida inspirada