Vestido
Vestido Azul
Pôe o teu vestido azul,
aquele que o decote vai de
um ombro ao outro, e deixa
solto os teus seios.
Deixa o cabelo bem a vontade,
não te preocupes em penteá-lo.
Ficas linda quando não te
preocupas com a apresentação.
Já és feita, para qualquer
momento, ou ocasião.
Ver-te assim transforma o
intervalo do tempo.
No mesmo instante que brilhas
como o sol, pareces a lua que
surge por entre as nuvens do
desejo.
Te prender pela cintura, encostar
meus lábios nesses ombros, ter
os teus cabelos em meu rosto.
Devaneio quando te vejo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Prisão Perpétua
suspenda a festa,
doe o vestido, o véu
o sapato e a grinalda,
recolha o tapete
vermelho, vermelho,
a luz seja apagada
cancele o sonho,
aquele sonho único
capaz de redenção,
escondo no escuro
da solidão, esse Amor
tornado em opressão,
esqueço de tudo
da busca frustrada,
Amor não vivido,
de mim mesmo
da vida, pra sempre
ficarei esquecido,
a prisão perpétua
em última instância
condenado em instantes,
Amar sem medidas,
poesias de versos rotos,
meus graves atenuantes,
perpetrada a condenação
de meu crime cometido,
Amar o Amor não vivido..
O teu Poeta.
Eis aqui eu,
O teu Poeta,
Vestido de uma inspiração única,
Te oferto essa taça,
Beba com moderação,
É uma champanhe de grande requinte e fineza,
Nós fomos em outrora pura luz,
Lembra?
Sorrimos juntos,
Passeavamos juntos,
Mergulhavamos juntos,
Algo cruzou nossas vidas e nos distanciou,
Mesmo bem pertinho e coladinho,
Nossos corações pareciam estar a quilômetros de distância,
Íamos ao parque,
Caminhávamos nas praças de algum norte desse mundo,
Então aprecie-a,
Vamos brindar,
Vamos comemorar,
Muitos por aí queriam ver nossa derrota,
Não iremos dar esse gosto a ninguém,
Você me chamou e eu cheguei,
Deixei o espírito da verdade falar mais alto,
Faço-te então esse poema para te guardar,
Isso não é declaração,
É apenas uma parte de mim,
Pois a outra ja está ai,
Bem ai,
No fundo do seu coração.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A minha avó de vestido simples que abria em baixo como um vestido de princesa, e ela nem com 50kg nos sapatos simples e brancos, com uma tiara emprestada e um ramo de flores pequenino com algunscravos. E o meu avô ainda magrinho, no seu fato cinzento e o cabelo arranjadinho, e uma gravata a enfeitar. O carro emprestado para eles saírem no cartório,mas a felicidade deles era o mais importante, apesardo cartório ser algo simples e antigo. O fotografo comaquela máquina de tripé, o pó para o flash e o cansaçopara tirar as fotografias do momento deles, momentovividos e nunca esquecidos por quem os viveu.
Imagem perfeita!
Quando eu vi você passar aos olhares do raios de Sol, percebi como o seu vestido se transformou em um belo arco-íris,
lentamente caminhavas segurando as ostras e chutando suavemente a areia do mar,
Você completava a imagem mais bonita que eu já pude ver a beira mar.
Vestido de Mim Mesmo -
Não adianta muito, no calor da decepção,
a gente tentar autoenganar-se com
frases tipo: "essa foi a
última vez."
Eu não quero, como a maioria,
viver numa farsa.
Eu não quero tentar ser aquilo
que mais me machuca.
Eu não quero ignorar minhas
verdades, sabotar meus desejos,
destruir minha essência.
Eu posso me rever, me reorganizar:
tentar melhorar algumas
coisas — cortando alguns excessos,
corrigindo algumas falhas,
fortificando algumas
virtudes.
Mas quando o próximo amor chegar
eu quero estar lá:
intenso, louco, devoto — vestido
de mim mesmo — e com algum
verso por começar.
A densa noite cobriu-se de chuva
Que alagaram ruas e vielas
Vestido negro, assim como uma viúva
Saiu trancando portas e janelas.
Silenciosa a velar mistérios
Que na Cristalina luz do dia não existe
E vão seguindo com semblantes sérios
A chuva, a noite e o instante triste.
Deixem Passar -
Deixem sofrer quem d'amargura vai vestido,
quem de sonhos vai despido, deixem passar,
deixem falar quem na vida está vencido,
sem mãe nem pai, como um barco a naufragar!
Deixem cantar quem ao Fado deu a voz,
quem tem olhos cor de medo, sem nada,
no silêncio d'um destino, acompanhado e só,
vivendo a vida numa casa abandonada!
Deixem passar quem à mágoa deu o nome,
quem plantou no coração a rosa brava,
que cresce na demência que o consome!
Deixem ouvir o grito das entranhas
que ressoa de uma alma em vão cansada
e deixem-no passar por entre as madrugadas!
Você apareceu vestido de destino, dançando a música da possibilidade.
Seu sorriso me deu um novo horizonte.
Seus olhos me prenderam e me deixaram em transe.
Você teria tudo que quisesse de mim, se falasse que me quer, se me abraçasse sem me deixar ir.
Você apareceu e para eu sobreviver ao amor que eu criei, desapareci!
Mas você sabe onde me encontrar, você sempre soube!
Sabe esse vestido de bolinha que você tanto gosta .
Talvez nem lembrem de coloca em você no dia do seu velório.
Sabe esse sapato que não usa e nem doa.
Vai ser doado talvez pra qualquer pessoa.
Sabe sssa barata que você pisa. .Vai caminhar por todo seu corpo.
Por dentro e por fora .
Sabe essa mensgem que ignora de pessoas próximas
Talvez seja um deles que vai carrega seu caixão até o buraco.
Um dia eu sonho um vestido branco usar, de noiva na igreja poder entrar, no altar me ajoelhar e o "sim" poder falar. Contigo ao seu lado vou estar e todos os dias te amar.
Cabelo De Ondas
As vezes me pergunto o que a de mim
O seu vestido branco
me lembra um folha de Jasmim
Quando te admiro, você vira meu vício
O seu beijo, tem um leve gosto de mel
Você é minha estrela e eu sou o seu céu
Sem você comigo, me via na solidão
Seus cachos longos me lembra ondas de verão
Dedico pra você minha morena cor bom bom.
03:20. Magnus
A Noiva
Entra a noiva sobre a marcha nupcial
Com seu belo vestido ornamentado
Branco tecido macio, refinado
Teus pensamentos... Confidencial
Esperando pelo momento crucial
A dama de honra, vestido combinando
Os padrinhos todos chorando
Este momento para ela é surreal
A igreja toda bem enfeitada
Com lustres iluminados
Com rosas por todos os lados
Até parece um conto de fada
Eu olho a noiva amada
E a cerimônia a começar
Começa o padre a falar
Versículos da bíblia citada
Primeira leitura: Antigo testamento...
Cântico do salmo 33, música...
Cântico dos cânticos, súplica...
Segunda leitura: Novo testamento...
O evangelho do momento
Revela o amor de Deus em João
Jesus nos ensinou a oração
Pai Nosso... Eucaristia, sacramento...
Filmagem! Alguém grava o momento
Acho que gravou minha lágrima!
Dor ou felicidade? É obra prima!
Minha alma quase desaba no casamento!
Mas fleumático está meu temperamento...
Espero até a hora de acabar
Desespero! Agora fico sem ar
Pare de filmar meu pensamento!
A linda entrada das alianças...
Diana Ross e Lionel Ritchie
Endless Love... Por cantar anseie...
Trazendo ao casal esperanças
Renovadas e realizadas
O compromisso de voto mútuo...
E ambos dizem: Sim! É perpétuo...
A benção do padre e as alianças...
Colocadas eternamente... O momento...
Agora o Credo e Pai Nosso... Oração...
Palavras finais, escuta meu coração
Ouve tudo muito bem atento, sem alento...
“Se alguém tem algo contra...” - É sonolento...
O padre fez aquela pergunta, queria falar...
Mas esse momento é dela, não vou estragar
Irei me calar para sempre sem ressentimento
“Os declaro Marido e Mulher! ”
O padre disse... - Não creio!
“Pode beijar a noiva”... - Receio!
A formiga o mel irá recolher
Quem poderá esta abelha acolher?
Abelha que voava no passado a sonhar...
Formiga com os pés no chão a pisar
Lágrimas fazem meu coração encolher
Os noivos cumprimentam os padrinhos
E todos ficam na espera da benção final...
Belas fotos tiradas pelo profissional
Assinatura dos noivos e padrinhos
Ouve-se o doce canto de passarinhos
Sobre o cortejo de saída, organizados
Lá fora todos a cumprimentar os noivos
Até as crianças que são belos anjinhos
Todos estão alegres a falar...
Olho em direção ao véu
E penso que vi o céu
Minha estrela está a brilhar
Mas a realidade... Estou a chorar
Meu amor jogado ao léu
Devo ser preso, sou réu
Não é minha noiva a casar
Dor no meu peito, triste momento
A querer imaginar ser eu
Inteiramente honrado meu...
Amor seria se fosse seu, o vento...
Navega sobre à luz do relento
E a noite me perturba ao perceber
Meu coração irá depois dessa lua morrer
O sol trará a realidade adentro
Eu só quero e rezo por sua felicidade
E aceito a sua escolha, és livre
O meu amor ainda está vivo... Respire...
Mesmo sabendo que outro na realidade
Sortudo será de ter o seu amor, verdade
Espero que ele te faça muito feliz, realmente...
Que te cuide muito bem eternamente
Enquanto viver rezarei por tua prosperidade...
Todos em direção à festa, comemoração
Olham os noivinhos do bolo, vontade
De comer antes do esperado, é verdade!
Todo o lugar tem uma bela decoração
A noiva com o lindo buquê de flores na mão
Irá jogar agora, mulheres a postos
Isso tremerá todos os meus ossos!
O buquê parou em minhas mãos, NÃO!
Devolvi o buquê e ela jogou novamente
Uma mulher pegou dessa vez, bom
E depois todos a dançar o novo som
Balada romântica bem decente
E um tapete vermelho, conveniente
Um lustre a brilhar, muito colorido
Ao dançar, casais abraçados, ávido
A minha vida? Estará diferente...
Depois de um bom tempo a festa acaba
E os recém-casados estão a olhar a lua...
Cumprimento-os e vou-me embora, a rua...
Está molhada pela chuva, meu ser desaba
E sobre a estrada escura meu tempo acaba
Meu coração está a sangrar, estou a morrer
Minha amada não posso amar, não posso viver
Igreja! Minha alma rezará por ela em cada sílaba...
Uma esquina movimentada do bairro Boqueirao, rua Anne Frank. Lá estava ela, com vestido vermelho, lábios vermelhos, cabelo vermelho; impossível não nota-la, e quem não a visse, com certeza, sentiria seu cheiro, um perfume doce, inebriante.
Estava eu saindo da casa de uma ex patroa, acabava de pegar um vale, 500 reias, estava louco para tomar uma, sentir a energia de um bar, falar e ouvir besteiras naturais do local. Entro, peço uma latinha e uma dose de conhaque, viro de uma vez a dose, desce quente, esquenta a boca, garganta, peito e, por fim, arrepia. Em seguida tomo um gole da cerveja para dar uma gelada. Todas as vezes que ia naquele bar ao qual não conhecia ninguém, ficava por uma ou duas horas, mas naquele dia não estava legal o clima, então resolvo ir embora. Saio meio chapado da bebida e pego a rua Anne Frank, quando levanto a cabeça, vejo lá na frente um vulto vermelho, iria virar a esquerda mas resolvo ir reto para observar de perto. Vou andando em sua direção, quanto mais perto mais atraente parecia aquela mulher; com seus cabelos longos, de um vermelho vivo, seu vestido a balançar com o vento, o mesmo que me trazia seu cheiro doce. Estava há uns dez metros dela quando senti que fui natado, ela me olhou de cima a baixo e virou o rosto. Nos cruzamos e eu falei meio baixo, meio com medo "o que uma linda faz aqui?" Ela "programa!"
-Sério ?
-Sim, amor!
- Como funciona?
- Você me paga e eu sou sua por uma hora, você vai ser bem feliz nesses minutos.
Já é noite
E lá está ela
Seu vestido azul claro
Enobrecido de seda
De pés descalços
Segurando seus delicados sapatos
Ela corre incansavelmente
Sem olhar pra trás
Sem destino pra alcançar
Apenas aspira fugir daquele lugar
Das lembranças que ressoam sem parar
Das feridas jamais cicatrizadas
Do seu passado que insiste em se manter presente
Das inúmeras desilusões vividas
De amores unilaterais
Sempre amou sozinha.
Vestido branco
Mar calmo, sol escaldante,
pernas a vista, capelos espalhando charme e seu perfume através dos ventos sem freios,
na escadaria feita para os passos de uma Deusa seu vestido branco revela a chegada do grandioso momento,
no horizonte, a cúpula em cor azul da igreja beija a orla e abençoa o mar com a sensação de uma brisa em meio a uma miragem.