Versos sobre Seriedade
As decisões judiciais devem ser justas, e não belas ou ornamentadas. Devem prestigiar a seriedade do objetivo prático a que servem, que é pacificar o conflito pela lei, e não criar um deleite estético ou um passatempo literário. Como já disse Piero Calamandrei, o juiz, ao sentenciar, deve “despojar-se de toda e qualquer literatura, para ouvir dentro de si apenas a palavra desordenada da justiça”
Gasto minhas bobagens por ai, a seriedade é para ocasiões, o sorriso para os momentos e, as lágrimas somente para regar mim alma com um florescer de um novo olhar.
Sou séria! Muito. Só não costumo usar minha seriedade como desculpa para ser chata, arrogante, e mal humorada. Penso que usar de bom humor economiza minha paciência, meu tempo, e afasto os azedos e amargos.
Poetas da torre de marfim
O por quê de tanta seriedade
não me vem uma resposta em verdade,
Não vos vinham amores aos teus confins?
São acanhados, medrosos ou não?
Temem amar ou odeiam o amor?
Podem elucidar-me por favor?
Por quê emoções vos causam tanta aflição?!
Pois sinto minha alma parnasiana
Certeza de que vos posso culpar
Trabalho, teimo, limo, sofro, e não é minha!
Não quero ser convosco leviana
Mas sequer consigo vos desculpar
Os puno pois não amei a quem me vinha…
É fogo e manto de mais
e pouca seriedade com o caráter de pessoa reta na palavra da verdade e no amor.
Confiamos na seriedade periclitante de todos, acreditamos na imparcialidade dos serviços públicos, na integridade ética dos bons costumes, como se de um país de primeiro mundo se tratasse, mas não, e tenho muitas dúvidas que algum dia possamos praticar o comportamento de um país de primeiro mundo, que, sinceramente, nem sei se existe. Em grande parte, tudo se resume a uma educação gerida pelos 'conhecimentos', pela cumplicidade das 'cunhas', pelos brandos costumes dos 'manhosos' e por uma imoralidade pública que me chega a dar pena... Confesso! Manhosos profissionais, não lhes posso chamar outra coisa. Multiplicam-se os lambe-botas, sociabiliza-se o cultivo dos arranjinhos a larga escala. Grandes almoços, fartos jantares, encadernados pelo preço dos favores de todos os chicos-espertos, uns mais doutores do que outros, uns mais engravatados do que outros, mas todos da mesma laia, neste triste espectáculo de um polvo sem volta a dar. Nesta mentalidade predominante, predomina o egoísmo e o descaradamente perverso. Salve-se quem puder. Quem tem cunhas e conhecimentos vai-se desenrascando, num país gerido pela politica do desenrasca; quem não tem cunhas, nem conhecimentos, confia na eficiência dos serviços que, supostamente, deviam ser de todos, mas não são... Pobre ilusão... Confesso ainda! Educam-se as crianças com preceitos manhosos desde tenra idade. É assim que deve ser, é assim que tem de ser, depois de quase todas as crianças terem sido felizes até aos seis anos de idade. E nesta forma eficiente de adultério humano, todas as crianças de hoje são mais uns manhosos em potência nas próximas décadas, num ciclo viciado que me parece não ter fim à vista. Só conheço até Setúbal, mas sem querer já estou em Lisboa.
Sinuosa Morena
Sinuosas linhas sobre
minha cama, de tão
sinuosas, que me tirava
a seriedade e me enchia
de admiração.
Era o corpo dela, linda.
Preciosa pedra de talismã.
Sinuosas linhas que me atrelava
até o fundo da alma.
Doce menina, a sonhar,
a suspirar, ao dormir lindamente.
Beijaria, beijaria teu corpo nu,
teus lábios, tua rosa, tua flor.
Em baixo desse céu cheio
de estrelas lá fora, ela
também me faz sonhar.
Viajando de antemão...
De olhos abertos então, em um
mundo de sonhos, tão
doce feito mel.
Feito do teu, ar, do teu cheiro,
da tua doce e encantadora
beleza, Carolina.
Encantadora pedra de
Rubi, aquém meus olhos fitam,
no mais profundo e sublime mar.
De amor e de desejo por
uma linda e sinuosa, morena.
Tenha seriedade, comprometimento, respeito e extremo cuidado com a vida real, na vida virtual a gente pode vender qualquer sentimento, qualquer imagem e ser o que quiser, mas é na real que o amanhecer nos desperta para o que realmente existe e precisamos ser, bem como é nela que temos contas para pagar e contas à prestar.
Quando penso em começar a escrever sobre a traição/adultério, lembro da seriedade que esse assunto merece, e em como talvez eu devesse rebuscar o texto. Mas, acontece que trair alguém é algo tão informal, que perde o sentido eu tentar escrever e denunciar isso com tanta formalidade. Parece fazer mais sentido chamar esse comportamento de “filhadaputagem”, ou falta de vergonha na cara, do que só chamar, por exemplo, de insensatez.
Enquanto o adultério não tiver o olhar devido, a atenção que necessita, a seriedade com que se deve ser abordado, será sempre um tema relativizado pelas pessoas.
Espiritualidade, é uma mistura de desejo sincero de evoluir, seriedade na sua conduta, aprender a compartilhar, disciplina para meditar e muita sabedoria para ouvir, ver e sentir seu Deus Superior!
Não podemos permitir que a seriedade e as responsabilidades da vida adulta, adormeça a nossa criança interior.
Ou seja, não devemos deixar de brincar, de ir a um parque de diversões, de simplesmente darmos gargalhadas, de dançarmos na chuva, sem nos preocuparmos com o que os outros vão dizer.
Não é vergonha se divertir, dançar , pular e cantar...
A diversão saudável e singela é também essencial.
Ter certeza absoluta de alguma coisa é uma atitude volúvel e com falta de seriedade.
Nada pode ser considerado cem por cento certo, pois vivemos num universo inconstante e mutável.
Se quisermos ter a sabedoria como referência, temos que considerar a dúvida como aliada.