Versos sobre Mim
Com você conheci a grandeza do amor, a vida para mim tem mais valor, porque tudo o que eu sempre quis ter, muito mais eu encontro em você!
Tem horas que eu me perco sem você aqui, aí eu lembro: tá tão longe de mim. E o meu coração grita: mas tá aqui dentro.
Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.
Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim. Vivo me perdendo de vista.
(...) porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante — pop — pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos “aaaaaaah!” Como é mesmo que eles chamavam esses garotos na Alemanha de Goethe?
Uma mistura de sentimentos dentro de mim neste momento, mas vou deixar se sobressair apenas os bons, apenas os que trazem a felicidade.
Comigo é o seguinte: tenho que ficar sentado e esperar que a coisa venha até mim. Posso manipular tudo e espremer depois que chega, mas não posso sair a procurar.
Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.
Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos
Não gosto nada de saber o que dizem de mim nas minhas costas. Faz com que eu fique convencido demais.
Eu tenho 99% de certeza de que ele não gosta de mim. É esse 1% de possibilidade que me mantém assim, tão firme.
Ando no traçado do tempo a procura de mim mesmo até hoje não sei quem sou, mas sou um caminhante e não um conformista.
Frases que lhe saíam fáceis e incolores mas que em mim se cravavam, rápidas e agudas, para sempre.