Versos Sobre as Árvores
Árvore genealógica das virtudes e dos valores
Para os que se julgam em evolução, reflitam sobre isto: A lealdade é a maior de todas as virtudes, ela é a irmã mais velha da parceria e irmã gêmea da cumplicidade; todas elas são filhas do respeito e netas do caráter.
Esta narrativa representa o princípio de valores do que é "ser humano" de verdade, qualquer coisa em sua vida que fuja deste padrão, o está levando para o lado oposto daquilo que você mesmo contratou, ou seja, sua existência é uma insignificância para você mesmo e isto o transformará em um carma para outros, que talvez até o mereçam.
Na árvore genealógica das virtudes morais e éticas acima mencionadas, está faltando o perdão, sendo este, filho do responsável pelo princípio Criador, pela faísca Divina ; se você já aprendeu a perdoar, fique feliz pois estará mais próximo Dele, afinal de contas perdoar é um exercício da divindade.
A raiz hoje sêca, é a raiz que segurava e fincava a árvore da amizade;
Pois nossa raiz pode ser firmemente reconstruída,Pois somos todos irmãos mas não assumimos a verdade.'
Nós somos comparados às árvores quando:
Torna-se necessário sermos podados para que nossos troncos se fortaleçam;
Mudados de lugares para que possamos crescer e expandir nossas raízes.
Não lamente as folhas que caíram;
lamente a árvore que foi cortada
antes que novas folhas nascessem.
CASA DA ÁRVORE DO CÉU
Mais uma noite
caindo do firmamento.
Enquanto o lado de cá do planeta
acende seus vaga-lumes eletrônicos,
eu aqui, grãozinho de areia de gente,
olhando pr’aquela estrela cadente,
pr’aquela outra estrela,
pr’aquelas centenas de estrelas da gente,
pro céu do Cruzeiro do Sul.
Aqui em baixo,
abaixo da eternidade,
com meu pensamento distante,
olhar pousado nalgum mundo irreal,
nalguma esperança prateada,
nalguma saudade dourada,
lembrando de outra cidade,
eqüidistante daqui,
nalguma cidade ideal.
Ah, saudade que
nem bem sei do que,
porque, de quem,
Alguém?
Quem?
Só sei que insisto
em dizer que existe
algum infinito consolo
por trás do horizonte triste,
além da cortina, do véu,
além das estrelas em fogaréu.
Há de existir
algum destino amoroso
naquele pontinho do breu,
naquela luzinha do céu.
Fruto do prazer
Árvores de alma e carne
Galhos de braços sensíveis
Flores de olhos me acalme
Bons frutos se fazem impossíveis
Núcleo dos meus desejos
Centro de minha atenções
Entranhas que me perco de beijos
Doces e desejosas tentações
Frutos vestidos em prazer
Colhidos em vários sentidos
Doce fruto que existe em você
Pecados entre pernas, escondidos
Tarde ou cedo, eu irei cometer.
Um livro só em nada representa, a outro passo que inútil é plantar uma árvore e deixá-la à sorte do tempo e do vento.
Precisamos cultivá-la, cuidar com carinho e atenção, e logo em seguida rezarmos para que ela dê bons frutos.
Dizem que um homem se completa a partir do momento em que escreve um livro, plantar uma árvore e tem um filho.
Por último, e não menos importante, colocar simplesmente um descendente no mundo em nada completa a missão de um homem. A grande razão é educá-lo, amá-lo e criá-lo de forma justa e serena.
Natureza Exótica
A natureza é exótica
As árvores apresentam flores
De pigmentações aleatórias
Azuis, brancas, vermelhas, amarelas
Os coqueiros são altos
Mais altos que os postes elétricos
Diferente dos lírios
Pequenos, frágeis, tão significantes
As gramíneas são verdes
Mais verdes que a grama
Somente o verde da esperança
Na natureza tudo de transforma
Uma espécie de madeira reflorestada
Se tornou a cadeira
Onde estou sentado agora...
A árvore da serra
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros, no junquilho.
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma!
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
Não mate a árvore, pai, para que eu viva!
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
O dia era cinzento
Por trás das árvores passava o vento
Pela rua ela caminhava
Em um leve movimento
Enquanto o mundo parava no tempo
Seco.
Galhos em árvore.
Cem goles de cem gafanhotos.
Poeira cercando o passo e o assento.
Pedregulhos de cobre, prata, ouro e sol.
Batido chão, castigo e pausas longas. Silêncio pisado.
Desde quando era começo e ainda atrás.
Cem mãos, barro e alma.
Para trás de um sereno breve sem saudade.
Da janela o ônibus vejo as pessoas
vejo-as como árvores
Enraizadas
em suas cidades
seus empregos
famílias
Ao cair no chão, como um fruto de uma árvore;
Não se entristeça, não se importe.
Esterei eu apenas esperando que as folhas secas me enterrem, que a chuva me regue, e que o sol me fortaleça.
Para que eu nasça, novamente, mais alto que meus sonhos.
E que meus frutos possam dar gosto ao mundo, dos sabores de minhas experiências.
E do tempo tornar-me aliado.
Aos que lembram, aos que esquecem...
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Tem o céu, noite de brisa livre; tem o chão as árvores. E na trilha, uma dor.
Ele chora a dor de uma mordida em seu coração.
Sangra. Um rio bento correndo.
Salga a visão. O corpo não corrige.
Partem vãs as verdes esperanças.
Melodias saindo curvas, oscilantes entre passos que levam avante indo em outra direção.
"Tudo que começa lindo, deve terminar perfeitamente lindo.
Pois até a mais bela das árvores, a Cerejeira;
Deixa de enfeitar sua copa,
Para que dessa vez ela floresça em seus pés..."
A DANÇA
Sopra o vento e as árvores balançam
Até parece comigo querer dançar
Com seus galhos envoltos em meu corpo
E suas raízes no chão à fincar
Gotas de chuva caem tornando o céu cinzento
Encobrem as estrelas: jogo de luz natural
Trazendo então uma sintonia
A cada toque na terra já arada
E começo a dançar em círculos
sentindo a folhagem tocar meu rosto
Molhando meu corpo já suado
Com a chuva forte que cai
Trovões e raios riscam o céu cinzento
E em círculos continuo dançando aquele som estonteante
Cada vez mais rápido giro e sinto as folhagens
Daquela bela árvore... que me convidou à dançar.
O Vento e a árvore.
Ela apoiava-se na elegância dos seus ramos
Debruçava-se no calor dos primeiros raios
E lançava seus aromas para os quatros ventos
E achava que o canto dos pássaros era para ela
Mas, o vento que desnuda a árvore e leva toda sua elegância
Tambem levou-a longe, por não ter profundidade suas raízes
esperança e igual uma arvore se você deixar ela crescer sem controle e não podar ou tomar conta um dia ela cai e pode ferir alguém.
Dedicada Para : Raquel Patrocínio Dos Santos