Versos Sobre as Árvores
As tuas raízes estão alicerçadas no Senhor, não temas, pois as tempestades podem até te balançar, mas não te derrubarão. Suas folhas podem cair no inverno, mas você permanecerá em pé, e no tempo certo, no tempo de Deus a primavera voltará a brilhar e suas flores estarão ainda mais lindas.
_Luh M.
VIRTUDE
Sua virtude é um bem precioso, que lhe faz abrir portas e te deixa pertinho... Lado a lado, de Deus.
Como anda a sua árvore da vida?... Está parada?... Movimente suas raízes e seja fé Luz....
Amor de esquina,
Amor transbordante,
Amor que tropeça,
Amor que está ao alcance,
Amor de rua,
Amor debaixo da árvore,
O PARQUE
Em meio a tanto concreto,
Prédios, carros e asfalto,
Mais parece um oásis
O parque arborizado.
Gosto de correr por lá,
Alguns vão só caminhar
Com a natureza ao lado.
SUCUPIRA
Florir no cerrado ou no ressecado recanto
Ou mesmo em chão cascalhado, de feitio
Sedutor, nobre no sertão, dum lilás manto
Que se destaca dentre outras. Bela e sutil
Quando desabrocha ao olhar, um espanto
Entre a profusão mil, e as passifloras mil
Ela, singela, que nascida é pra o encanto
Adorna as planícies do planalto do Brasil
É de vê-la ímpar, de tal graça, ao vento
Tocando a alma, dum magnetismo total
Sucupira, árvore cheia de encantamento
E, de vê-la arroxeada copa tão colossal
Que aviva cada canto do árido cinzento
Aprazia, sacia, numa poética sem igual...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/09/2021, 19’41” – Araguari, MG
#CRIANÇA
Ingrato sinal do tempo que se esvai...
Quando se tem alma de criança...
Essa estranha malícia adquirida...
E essa pressa para tudo causado-me fadiga...
E em um mundo imaginado...
Em que tudo era esperança...
A terra eu podia sentir mover...
Com um sopro criava o vento...
Fazia castelos...
E neles eu morava...
A ingenuidade era minha companhia...
E feliz sempre cantava...
À noite o céu bordado...
Me fazia querer ter...
Um belo par de asas...
Um anjo eu seria...
E ao firmamentos eu voaria...
As flores para mim sorriam...
Brincava de bem-me-quer...
O dia inteiro sobre as árvores...
Por que fui crescer?
Em todos os cantos...
Eu brincava com o mundo...
E o mundo brincava comigo...
Não lembro-me quando tudo acabou...
Diante, agora, do que pouco sinto...
Não sei o que me sobrou...
Se um dia fui criança...
Só a saudade restou...
Ah malvado senhor do tempo...
Por que a ele não parou?
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Desmataram o verde e cobriram de luto
com as cinzas das próprias folhas
a mesma folha que assina o contrato
é a mãe das que jazerão nos matos
consequência de nossos atos
em transformar que vive
em algo tão barato.
Chegou o tempo de escolher quem de fato queremos conhecer, a Cristo ou o Anti-Cristo!
Se gastarmos todo o tempo da nossa vida em conhecer a Cristo, não teremos tempo para as coisas do mundo.
Mas, se de fato quisermos gastar nossos dias para conhecer e decifrar, o modus operandi do Anti-Cristo estaremos informados sobre muitas coisas que são mal ou boas, menos do nosso Senhor Jesus Cristo!
E aí continuaremos a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, ou comeremos de fato da Árvore da Vida que é Cristo?
Pr. André de Castro
É dezembro natalino,
mês pra ser mais generoso.
Seja nobre, valoroso,
ajude velho e menino.
Na igreja toca o sino,
pra quem tem sua devoção
em Jesus, adoração!
E quanto ao Papai Noel:
é seu pai, Seu Manoel,
com presente pro filhão.
O JATOBÁ DA PRAÇA
Rasgando o azul do cerrado
Copa densa, beleza colossal
Reina entre todas, encantado
O jatobá, é sombra, é casual
Afinal, o seu porte escultural
É vida, cor, sabor imaculado
Gosto exótico, fruto espiritual
Tem dinamismo, e é arrojado
Há mistério na sua ramagem
Juras de amantes, tatuagem
Entalhadas no tronco, ao léu
Ó jatobá! donairoso, de valia
Mergulha o sol por sua ramaria
Em pique esconde com o céu.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/12/ 2020 – Triângulo Mineiro
TODO VERDE
Num respiro de dia passando por ali
O verde se pôs a cantar
Todo vento vinha soprando ligeiro
Num azul de céu clarinho feito azul de mar
Deixa a vida escorrer
Toda nascente carrega um espírito que seguirá
O dia não abandona nenhum sentido
Na folha está o vislumbre de mais vida continuar
As árvores guardam o Tempo
Diante a realidades dos fragmentos que escrevo
Enquanto os pássaros cantam
Os sonhos dessa manhã que não esqueço
Sou um amontoado de pedaços, onde moram partes que não nasceram em mim e hoje florescem em um corpo que é, de algum modo, meu. Tenho um pouco de todos e todos têm um pouco de mim, vejo-me espalhado.
Esse eu sem nome, essa parte que nasceu em mim e agora habita em outro corpo, ainda sou eu. Desgasto-me com velocidade absurda, meus fragmentos se espalham por toda parte. Sinto-me completo somente quando estou disperso.
Como um galho arrancado da árvore e plantado em nova terra. Como a árvore que viaja através de suas sementes, eu vivo nas entranhas alheias.
Assim, quem busca a perfeição humana se perderá, pois não há encaixes perfeitos em pedaços distintos.
Silêncio
Há sabedoria no silêncio das pedras, No murmúrio quieto do rio que passa. Não falam as árvores, e ainda assim conhecem os segredos da terra e do vento.
O silêncio do campo é cheio de respostas, Que as palavras não conseguem dizer. A brisa suave que toca a face, Diz mais do que qualquer voz humana.
Vejo a verdade na luz da manhã, No balançar das folhas ao sol. Tudo fala sem palavras, Tudo responde sem perguntar.
Há um entendimento profundo No simples ato de não falar. O silêncio é a resposta mais pura, Que a natureza nos oferece sem cessar.
Quando me calo, ouço o mundo, E nele encontro a paz que as palavras perdem. No silêncio há uma sabedoria tão profunda, Que transforma o vazio em plenitude.
Aquieto-me na sombra das árvores, E deixo que o silêncio me ensine. Pois há mais verdade na quietude, Do que na língua bífida da humanidade.
O legado
Cedo me disseram que, para o seu tempo aqui marcar, três coisas tem que fazer.
Plantar uma árvore e se possível ver crescer,
Fazer um filho, e educar até homem feito se fazer,
Escrever um livro, para deixar para os outros ler.
Então tá, cresci, amadureci, árvore plantei, só não me lembro mais onde foi.
Filho, fiz três, e todos formados e a vida tocando.
Agora a pouco escrevi um livro e publiquei, alguns irão ler, quantos, não sei.
Só sei, que por aqui passei, e cumpri com o legado, mesmo sem me formar em um doutor advogado.
A. Cardoso
Não menospreze um inimigo
que está a baixo de você.
Uma cobra verde na grama
é mais mortal que um
leão em cima de uma árvore.
O vento leva a nuvem e a desmancha
e muitas vezes a chuva cai,
a vida leva a gente e deslancha,
mesmo sem querer a gente vai...
Pingos, pingos, pinguinhos,
chuva calma e persistente
que devagar, bem de mansinho
é para todos um grande presente
Meu pé de Odete
Lá em casa tinha uma galinha.
O nome dela era Odete
Odete colocava ovo todos os dias
Odete era a minha melhor amiga
Caminhava comigo para onde eu ia.
Barriga vazia Odete nunca tinha
Eu dava pra ela milho e ração pois ela mora no meu coração
Um dia acordei triste com a notícia que Odete havia partido
Pensei na saudade que eu sentiria dela
Então na terra eu enterrei ela.
E pra minha surpresa um pé de Odete nasceu deu ovo e flor e meu jardim Odete para sempre enfeitou.
E a ela continuei dando comida, água e muito amor
28 de dezembro de 2021
A memória não foi
apagada de toda
a estupidez envenenada,
A espatódea nunca foi
a verdadeira culpada,
A abelha pousa nela
se quiser,
Da sua estupidez só
se salva quem puder.
Como uma dádiva,
mesmo numa noite sombria
e solitária,
a lua permanece fascinante
com o seu luar de vitalidade
e sua presença emocionante
transformando um lugar
de árvores secas,
sem folhase sem frutos
em um canto mais belo,
mais amistoso,mais aconchegante,
algo assim é uma benção divina,
poder enxergar a simples beleza
em meio aos momentos angustiantes,
pois isso dá um fôlego de vida
que faz seguir adiante.