Versos sobre Alianca de Noivado
Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar.
Vou ensinar uma coisa sobre o amor para você.
Claro que há exceções para o que vou dizer, mas são exceções, não a regra.
O amor, apesar do que dizem, não vence tudo.
Ele nem mesmo costuma durar.
No final, as aspirações românticas da nossa juventude, são reduzidas a ao que pode dar certo.
Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.
Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.
Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar.
A palavra é meu domínio sobre o mundo.
Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...
É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças.
Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.
Quem crerá nos meus versos no futuro,
Plenos que estão todos de teus altos merecimentos?
Apesar de bem o saberem os céus, serem só um túmulo
Que oculta mais tua vida, e não revela sequer a metade do que vales.
Se transmitir pudesse eu a beleza dos teus olhos,
E em números nunca dantes vistos, chegar a enumerar todas as tuas graças,
As épocas vindouras diriam por certo, como mente este poeta,
Tais coisas celestiais jamais foram propriedades de rostos terrenos
Assim os meus papéis, amarelados com o tempo,
Seriam muito zombados, como belhos mais cheios de lábia que verdade;
E tudo que te é devido, chamado de loucura de poeta,
E o metro forçado de algum delírio antigo
Mas se algum filho teu viesse então
Viverias duas vezes; - tanto nele, quanto nos meus versos.
Eu
Até agora eu não me conhecia,
julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
E a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Identidade
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
Tu és a matéria plástica de meus versos, querida...
Porque, afinal,
Eu nunca fiz meus versos propriamente a ti:
Eu sempre fiz versos de ti!
Leia as palavras de um poeta no tempo em que ele era jovem
E encontrarás versos que serão como um elixir para a vida.
Leia as palavras de um poeta quando este começa a envelhecer
E encontrarás versos que mais parecerão um xarope
Que na melhor das hipóteses curará alguma tosse.
VERSOS
Versos! Versos! Sei lá o que são versos…
Pedaços de sorriso, branca espuma,
Gargalhadas de luz. cantos dispersos,
Ou pétalas que caem uma a uma.
Versos!… Sei lá! Um verso é teu olhar,
Um verso é teu sorriso e os de Dante
Eram o seu amor a soluçar
Aos pés da sua estremecida amante!
Meus versos!… Sei eu lá também que são…
Sei lá! Sei lá!… Meu pobre coração
Partido em mil pedaços são talvez…
Versos! Versos! Sei lá o que são versos..
Meus soluços de dor que andam dispersos
Por este grande amor em que não crês!…
Eu não fui o começo da sua história,
Não sei se vou ser o fim...
Talvez eu seja um daqueles capítulos, que a gente marca, quando julgamos ser importante,
Ou talvez, aquela página que nunca deveria está ali.
A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.
Cuidado por onde andas, que é sobre os meus sonhos que caminhas.
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