Versos sobre a água
E que seja só uma tempestade em um copo d'água, mais e dai?
é a minha tempestade e ninguém além de mim pode permanecer nela...
18/10/11
E embora eu possua apenas dois gelos e um copo d'água, quero te convidar para um jantar em minha sala de estar. Não quero expandir meu olhar nem capturar sua expressão: Nossa relação será sólida.
As taças continuarão no armário enquanto não houver amor: Guarde este vinho, não será preciso.
Levarás pela mão
o menino até o rio.
Dir-lhe-ás que a água é cega e surda.
Muda, não. Que o digam os peixes,
que em silencio com ela
sustentam seu diálogo líquido,
de líquidas sílabas
de submersas vogais.
Pedras que escorrem água e com ela foi junto o meu amor por você.
No amanhecer e na madrugada, eu ainda só e calada tentava te esquecer.
Bateu saudade?
Que nada foi apenas um momento de solidão, que se acabará, quando eu só deixar de ficar e arrumar outro que preencha meu coração.
PASSARINHO
Estou fazendo a minha parte,
Passarinho,
Estou vertendo água dos olhos.
Gota a gota, derramando, passarinho.
Sem nem ter quem me console.
Estou fazendo dessa dor
Uma promessa
Que sem nem ver, estou pagando
E sem ter razão, que vida,
Passarinho, eu canto ainda,
O teu nome vou chamando.
Passarinho um rio indo
Na corrente é um destino
Que só se acaba com a morte.
Contravir é sacrifício
Que só peixe faz perdido
Confundindo o sul e o norte.
PENSEI
Pensei que podia respirara na água
então me afoguei,
Pensei que podia enfrentar chamas
então me queimei,
Pensei que podia voar
então do alto pulei,
pensei que podia curar
então me machuquei,
Pensei que podia brincar de facas
então me rasguei,
Pensei que podia cavar buracos
então me afundei,
Pensei que podia viver na lua
então eu decolei,
Pensei que podia com armas
então me matei,
Pensei que poderia te Amar. . .
mas eu me enganei.
SEM DIZER ÁGUA VAI
Significado: Sem aviso prévio; inesperadamente.
Origem: Quando ainda não havia esgotos nas cidades,
os moradores lançavam a água usada pelas janelas, usando
sempre o indispensável grito de alerta. Água vai...!
É compreensível a intolerância às pessoas que costumavam
lançar seus dejectos à rua sem o costumeiro grito.
Sou água...
Sou uma veia d´agua
Que percorre teu coração,
Garoa em noite de lua,
Tempestades de paixão,
Águas que movem moinhos,
Gotas apaixonadas, um pulsar do coração,
Bocas molhadas em garrafas de vinho,
Saliva do teu beijo,
Suor do teu carinho.
Sou a água do teu desejo,
Sou o brilho molhado do teu olhar,
Sou teu lago, sou tua fonte,
Ou quem sabe o grande mar.
Nas enchentes desse amor,
Deixe, seu coração amar.
Pois nas tempestades de amor,
Quem está na chuva ,
É pra se molhar.
Vivias de mão em mão,
Feito água benta.
Abençoando corpos entristecidos
De almas perdidas e bolsos vazios
Corações pungentes
Lágrimas inexistentes
Vida só ...
Só solidão...
Ontem, aprendi que as pessoas e as coisas mudam assim do nada, muito de repente de água para vinho, me surpteendi sim, e muito com tudo isso que aconteceu e que ainda acontece, como elas mudam assim? A personalidade, as caractrísticas pessoais, o jeito enfim em tudo o que nós percebemos ou aprendemos a perceber a partir da convivência. Mas esqueci que somos humanos, mudamos, não somos os mesmos desde quando eramos feto, depois de pensar e repensar cheguei a conclusão óbivia que todos mudam, mesmo sendo uma mudança drástica e chocante para quem conviveu com os costumes de antes de tal pessoa ou tal coisa, mas tem que ser assim afinal como o mundo progride se pararmos as metamorfoses que o tempo nos permite fazer ?
07/07/2011
Intrínseco Momento
Andava de um lado para o outro
O copo com água não adiantava .
Nem a chuva lá fora cessava,
As cinzas que em mim aumentava .
Boca seca, olhar fixo .
O coração batendo ...
Meu instinto, meu inimigo .
O silêncio, dentro do meu grito .
...
Eu tenho tanto a dizer...
Mais o silêncio tanto agride quanto agrada .
Aqui dentro o vento não soprou ...
... as cinzas do amor que um dia o vento pouco levou .
E o que ficou? Pouco ficou ...
Ficou, a dor do amor que o vento levou,
Que ainda existe a brasa, do sonho de um novo amor .
Já banhei teus filhos
Dei-te peixe e tu o que me deu?
Me deste lixo, água de jeans
Estou escuro e fedendo
E agora na lista dos mais poluídos
Me dê meu prêmio,
Me limpe urgentemente!
Que raio de gente é essa?
Eu quando encho
Fico às pressas e sem querer
Levo tudo comigo
Vem cinema
Muda feira
Tem festança junina
E eu princesa o que eu digo?
Minhas criaturas morrendo, mudando,
Sofrendo
E tu o que me deu?
Deu sofá, mas, não preciso sentar
Tenho pressa para correr
Se não eu vou secar
Eu não quero morrer
Não me esqueça
Tem gente que para prá olhar
E diz isso é rio ou é esgoto?
E eu o que digo?
O povo caga, mija
E tudo vai para mim
Nada se resolve nem se fala
Princesa ajude
Quem tanto te ajudou
Que eu quero ver um dia teus filhos
Que tanto maltrataram comigo
Levar os netos
Para me admirar
Como outrora fizeram
Deixe-me levar ao menos um pouquinho da água do
teu oceano para que eu nunca me esqueça de que
um dia conheci o mar.
DILÚVIO DE MIM
Sinto-me água deslizando ladeira abaixo, rumo aos bueiros onde escondo os temores jogados pelas janelas da minha alma.
Através desse dilúvio no qual me transformo, e escorre das avenidas dos meus olhos, sou levada pelas enchentes de emoções, onde afogo meus sentidos e me perco de vista nessa correnteza sem direção.
Fogo x Água + Ferro = Aço
Os seus traços são como aço
que vão formando a mando do amor
a paixão que ilumina a alma do poeta
que acarreta a beleza inexplicável da felicidade
na idade da maturidade pela intimidade
com o seu sonhado amor alado do seu lado.
"Gosto de ouvir a chuva caindo
gosto de sentir o aroma da água subindo...
em noites escuras, talvez uma ou varias doses de qualquer bebida
na companhia de amigos ou do meu violão...
talvez seja isso ou não
tanto faz estando com a mente em paz, é basicamente isso
no mais tudo bem, tudo legal, tudo normal
dias ruins sempre tem, dias bons claro que também vêm.”