Versos sobre a água
Eus
Você gasta agua e energia
Você acorda mal-humorado
Não dejeta suas micções
Você não escuta o espelho
Desrespeita sua beleza
E toma pra ela um sofrimento que não é seu,
Mas o luar mora em seus olhos,
Ainda que seja dia
Teu escuro transparece em
Estrela não vista
Uma nuvem o faz mover e
Seu convite é sua janela,
Você nega o profundo de seus olhos
Enquanto eles buscam algo que os valha
Faz gracinhas ao querer se desculpar
E sua arrogancia? Pra que? Sua lua é tão macia!e seu gosto tão terno...
Te dou uma flor.
Eu queria ser um peixe ou uma gota d'agua para estar submersa e não assistir à destruição do mundo e do meu coração.
Se fosse peixe, poderia servir de alimento;
Se fosse gota d´água, poderia evaporar e renasceria pura;
Mas sendo humana, que utilidade eu tenho?
As cravinas floresceram entre o joio
Vi as cores mais brilhantes que jamais vi
toquei a água gelada do córrego
toquei uma tal tristeza...
Sentei-me e descansei no riacho
muitos pássaros empoleirados em um galho seco
Choveu muito a manhã toda
chuva forte, densa, persistente
somada a um vento acre
que estremece as folhas largas, carregadas de umidade
Cheguei ao meu limite
Meus olhos... [ faz-se água
Meu amor é frágil;
Deixará passar o inverno à promessa de por toda uma vida...
é contrário a egenerescência da alma alcançando o espaço iluminado
abstrato em carne e fogo
Quando enlouqueci, pus-me no chão
[ para melhor sofrer
me acostumei com a lama
o céu se largueia em grande azul
Fria impassibilidade,
bebeu-me o sangue, devorou-me os ossos
matou-me abstratamente
PARA VIVER E PRECISO SONHAR*
Um homem sem sonho,
e como um planeta sem água,
sabemos que ele existe, e que está la,
so não sabemos se abita alguma vida dentro dele...
Sobre o bobo coração
Onde está aquela gota d’água
que calmamente desliza por você?
por acaso tem ela pressa
de chegar e suplantar o alvorecer?
Ao olhar e ver-te aqui
quase a ponto de esmurecer
nada mais do que fechar os olhos
é o que faço para sentir seu ser
Por isso a palidez da face
é o maior brilho da eternidade
e assim terminam esse versos
já embebidos de saudade.
A nuvem que cantava a água
de cada dia
o tempo que não para
que da noite já era dia
quando o sol piava
a noite aparecia.
Mais do mesmo
A mesma água que do céu cái, para la torna
A dor que trás lágrimas, tráz o riso de um novo filho
Os mesmos que gritaram hosanas, gritaram crucifiquem-no
O céu da noite triste, é o mesmo do dia feliz
A areia da praia é a mesma antiga rocha
O caminho de ida é também o de vinda
A vida e suas voltas nos tráz sempre ao mesmo ponto
O coração sábio não é decifrar estas coisas
Mas conviver em harmonia, mesmo em face a elas
O que posso desejar pra voce em 2010
Mais do mesmo, mas, mesmo diferente.
Eu falava: apua ao invés de água.
Eu caí várias vezes antes de andar.
Que me dirá correr.
Eu tive que tentar pra acertar.
Eu tive que errar pra aprender.
Tive que deixar de ser menino pra crescer.
Me sorri.
Como canta os passarinhos
Tal belo é o sorriso.
Como a água que corre o seu leito
E a felicidade que emana.
Da bela menina que encanta
E corrompe o real ao imoral.
Rouba-me o espanto e desnuda-me
Meu amor.
Com sua graça que me cobre
Nos momentos de louvor.
Então, ri-te para mim, mas ri-te
Bem de vagarzinho para eu desfrutar, de todo teu carinho.
Palavras são gotas de água jogadas ao mar, sabem que foram e onde foram lançada... Sabendo que jamais sairá de onde foram lançadas!
Cuidado com as palavras! Dizem que palavras convencem e testemunhos arrastam... Digo que palavras podem não arrastar mas pode levar ou derrubar a qualquer um e a realizar ou destruir qualquer coisa.
Palavras mal ditas poderão ser a água do mar que vem e destrói um castelo de areia que foi construído a tempos... Longe da margem do mar, imaginando jamais ser atingido pelo mesmo.
MARESIA
O céu derramou a água
A água inundou o mar
O mar trouxe-me a mágoa
A mágoa de querer estar
Estar contigo
E contigo ficar
Levar-te comigo
E comigo te levar
Às ladeiras de Olinda
Oh! Que lindas ladeiras!!!
O mar inundando as areias
O feitiço das bebedeiras
As lindas serestas
A boêmia brejeira
Praça do Carmo
“Carmiconsciênte”
Sinto o brilho do céu
Segurando todo o meu fel
Relaxando-me calmamente
Durmo ao som de uma cantiga
Yapotan deu seu grito de guerra
O dilúvio há de inundar a terra
Saudando os filhos de Nanã.