Versos sobre a água

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A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos.

Arthur Schopenhauer
Aforismos sobre a Sabedoria da Vida

Quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a criar répteis no espírito.

O homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes.

Quem quer matar a sede não procura entender a fórmula da água.

É mais fácil separar a água do vinho que a hipocrisia da verdade no julgamento das ações humanas.

Ele (Jesus Cristo) foi o primeiro comunista. Repartiu o pão, repartiu os peixes e transformou a água em vinho.

Do mesmo modo que o metal enferruja com a ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a inércia esgota a energia da mente.

Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma.

Não jogue fora o balde velho até que você saiba se o novo segura água.

Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas.

Pela sede, aprende-se a água.

Emily Dickinson
The Poems of Emily Dickinson

Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.

A água turva não mostra os peixes ou conchas embaixo; o mesmo faz a mente nublada.

Eu componho de acordo com as circunstâncias em que estou envolvido, seja de ácido ou na água.

John Lennon

Nota: autoria não confirmada

O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma.

Se beberes água, não digas por tudo e por nada que bebes água.

Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.

A ciência desenha a onda; a poesia enche-a de água.

Manchas de tarde
na água. E um vôo branco
transborda a paisagem.

Junto à água

Os homens temem as longas viagens,
os ladrões da estrada, as hospedarias,
e temem morrer em frios leitos
e ter sepultura em terra estranha.
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa, às veredas da infância,
ao velho portão em ruínas, à poeira
das primeiras, das únicas lágrimas.

Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta,
voz de infância, que o teu silêncio me chamasse!

E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
e no meio das multidões dos aeroportos.
Agora só quero dormir um sono sem olhos

e sem escuridão, sob um telhado por fim.
À minha volta estilhaça-se
o meu rosto em infinitos espelhos
e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.

Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
Anoitece em todas as cidades do mundo,
acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
onde o meu coração, falando, vagueia.