Versos Românticos sobre Paixão
LUZ DO SOL E DAS ESPERANÇAS
Luz do sol...
Luz das esperanças!
Que sempre nos abraça
Que nunca se cansa
Dai-nos diariamente
Paz, amor e felicidade!
E mais uma vez...
Dai o dom da vida
No nascer de cada criança
Fazei brotar a esperança
Em cada nova semente!
Dai-nos a alegria de viver
Saúde em cada resplandecer!
Dai-nos a bênção dos anjos
Com sabedoria e luz também
A proteção da misericórdia...
Induzindo-me para o bem!
SABE DE ONDE VENHO?
(Do recital “Alma de Poeta”)
Sabe de onde venho?
Te digo com todo empenho:
Nascido na terra dos poetas
Desde cedo aprendi a amar
Sua cultura, seus engenhos
Pra sempre, aqui é o meu lugar!
Eu venho do meio dos canaviais
Onde os sonhos perduram
E que na labuta do dia a dia
Ao longo da vida não morrem jamais
Eu sou da terra dos poetas
E trago em minha bagagem
A força que o homem irradia
Amor, felicidade e resistência
Liberdade, sonhos e poesias
Sou da terra das Palmeiras
Que se elevam pra bem pertinho do céu
E é dessa terra fértil, enluarada
Que muitos dos seus filhos
No cabo da foice e da enxada
Cultivam e semeiam o doce do mel
Eu sou da terra que todo poeta
É uma eterna criança
Nada teme e sempre vai a luta
Guerreiros, justos valentes
Com coragem, fé e perseverança
MÁGOAS ÀS MARGENS DO UNA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Vou jogar as mágoas
Às margens do Una
Para que as águas do Rio
Carreguem para o mar
Sob o olhar da Baraúna
Toda minha tristeza
E que o mar sem fim
Feliz possa desaguar
Fazendo ressuscitar
Quem gosta de mim
Mas, se por acaso o mar
Esquecer de se lembrar
Novamente as mágoas
No Rio irei jogar
Porque todo amor
Que existe em mim
É um mar sem fim!
SINFONIA DO AMOR
(Poema canção dedicado a Celecina Gizelle de Oliveira Cavalcanti Lima de Vasconcelos – minha mãe)
Teu olhar tem o brilho
Que ilumina as estrelas o luar!
Tem a paz que preciso
pra sempre te amar.
E quando te acho
Na contra- luz do candelabro
Tens nas mãos a melodia
Que abre as asas e voa
Voa pela imensidão das cidades
Voa pelos rios e vales
Por mares e oceanos
Ao suave toque do teu piano
E ser vivente do teu fruto
É como viver para sempre
Pois, só um grande amor...
Se vive e vive eternamente!
E para sempre viverás
E para sempre, sempre serás
Um concerto sem orquestra!
Escuta no céu o Criador
A mais nova sinfonia do amor
Pois, tudo que tocas
É brilho, beleza, esplendor!
SONATA PARA O AMOR
Por ti, ainda espero
E pra ser bem sincero
Não importa dia ou hora
Amanhã quem sabe?
Daqui a um ano ou agora.
Estarei a te esperar
Sem a pressa dos famintos
Sem a angústia dos aflitos
Mesmo que esteja perdido
Sem saída num labirinto.
Sem desespero na alma
Te esperarei sorrindo
No jardim da esperança
Pois, meu amor, o amor
Sempre será bem- vindo!
ONDE NAVEGAR MINHA NAU?
Onde navegar minha nau?
Tudo anda tão seco, árido
Esturricado pela desilusão
Sem encanto, sem vento
Desamparado, sem manual!
Onde navegar minha nau?
Sem água, sem dia, noite
Ferido no próprio coração
Perdido na solidão do tempo
Vivendo como um Bacurau!
Onde navegar minha nau?
Se não existe porto, mar
Tudo anda revolto na imensidão
Sem ver na linha do horizonte...
Um destino que possa atracar!
PINTAM A VIDA OS POETAS
Pintam a vida os poetas
Com cores fortes, vibrantes
Sem adornos, em linhas retas
Exposta numa imensa tela
De amor e poesia delirante
E neste quadro pintado
Com ternura e simplicidade
Logo se vê o lindo retrato
Exibido sem alguma vaidade
E dá-se as vezes na vida
Sem leitura, o mesmo trato
Mas vida de poeta
É vida bem vivida
Nada lhe sobra, ou falta
Tendo no horizonte o céu
Está completa a sua pauta
E todas as pérolas juntas
Nada teria para o poeta
Rubis, diamantes e ouro
A divina importância
Nos seus versos e rimas
Seu tão estimado tesouro.
CALA-ME COM TUA BOCA
Cala-me com tua boca!
Deixe apenas que eu sussurre
Meu grito silencioso, introspectivo
Prazer delirante de tanto querer-te
Murmurando em teus ouvidos
O mais sábio de todos os adjetivos!
Cala-me com tua boca...
Deixe apenas que eu respire
O aroma da tua pele morena, macia
Quando desnuda como flor viçosa
O vento bate, sopra, passa, se delicia
Antes que eu em teus braços delire!
AMÉRICA
(Poema canção)
Desenhei no coração da América...
As cores do meu amor!
Meu coração está na América
Feliz anda meu amor
Braços que não se rendem
Por ti lutarei, te amarei, América
O meu coração está na América
Minha casa, minha alma
Minha vida, meu amor por ti, América!
O solo que piso, a boca que beijo
A luz que brilha em meus olhos
Mesmo quando estou dormindo
Por ti, pra ti, América!
Menina amor do meu desejo
O teu destino eu desconheço!
Meu coração bate por América
O seio que beijo, que me alimenta
Te abraço e respiro teu amor
Minha estrada, meu sonho
Vou seguindo te amando...
Por que és minha grande paixão
Por ti, América, América!
A ti entreguei meu coração
Quando te descubro em mim
Teu rosto, teu contorno
O azul esverdeado do mar
Batalha que não para de sangrar
É só por ti América... América meu amor, América do Sul!
SIGA EM FRENTE
(Poema canção)
Ando perdido pelo caminho
Apenas na memória os dias, as horas!
Sem parente, sem vizinho
Vagando pela praça da história
Sem afago, sem carinho...
Sigo em frente, vou sozinho!
A cidade não vai a lugar nenhum
Você é apenas mais um
Desapareça no tempo, no espaço
Aconselhou um velho de vários saberes
São apenas crianças, não mulheres
Vendendo seus corpos seus sabores
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
Sigo em frente...
Siga em frente vá sozinho,
Vasculhe outra rua, outra saída
As cartas já foram traçadas
Os viciados estão por todos os lados
Vigiados por olhares ocultos
Pela tristeza dos abandonados!
Os homens enlouquecem por dinheiro
Enchendo sacas, cofres, mealheiros
Meus heróis e bandas mudaram de nome
Ficam propagando a miséria
Na barriga dos que passam fome!
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
NÁUFRAGO
(Poema canção)
(...) Quando você tomou o rumo
Quebrou uma rotina desvalida!
Minha vida respirou aliviada
Me soltei, me livrei, me libertei...
Das amarras enferrujadas
Que o cais do porto tratou de desgastar!
Já fui louco, já fui torto
Vivi sem nome, alma ferida
Meu barco procurando porto
Preso, encalhado, sem destino
Minha bandeira tremulando em desatino
Vivendo a esmo para encontrar...
Meus passos, meus pedaços!
Tristeza em viver a vida em desalinho
Apenas sonhando os sonhos...
De um rabisco em pergaminho!
É PRECISO SABER PERDOAR
Todos os dias vou aprendendo
Que é preciso saber perdoar!
E se alguém disser a você
Que é fácil, estará mentindo!
A prática do perdão é necessária
Para desafogar o ódio no coração
À medida que você vai perdoando
Aumenta a sua convicção
Você cresce espiritualmente
Melhora sua estima como também
Alivia o peso da consciência
E além de tudo nos faz bem!
Não quero dizer com isso
Que você precise necessariamente
Se humilhar, se ajoelhar, ter afeto
Basta você o mal não desejar!
E pedir sempre que Deus...
Ampare e ilumine seu desafeto!
SE NÃO PUDERES ME AMAR
Se não puderes me amar
Então, resignado te pedirei:
Por favor me esqueça.
E por bondade não me odeie!
Se nas nossas vidas...
Algumas coisas são impossíveis
Por que torná-las amarguradas?
O amor é um presente, dádiva
Não se pode usá-lo, maltratá-lo!
O ódio é vil, traiçoeiro, mesquinho
Devemos cada vez mais amar!
Odiar? Não! Muito pelo contrário...
Trilhar sempre um novo caminho
Pois, a vida gira como redemoinho
E quando menos se espera...
Reencontramo-nos no mesmo itinerário!
PELOS PALCOS DA VIDA
(POEMA CANÇÃO)
Sou do mundo, sou da lida
Cantando o amor pelos palcos da vida.
Sou uma breve história,
Desconcertante memória,
Sinopse sem script, script sem nenhum roteiro
Ao longo de longos anos, cantando para o mundo inteiro.
Sou primavera sem flores,
Sou romance sem amores,
Sou verbo sem provérbio,
No palco da imaginação.
Sou os quatro elementos, sou magia e sedução!
Se o céu é o limite, sou anjo decadente
Mas trago comigo sempre a paz e o amor em mente.
Sou simples e primitivo, composto e derivado
Presente, pretérito, futuro, adjetivo, sujeito e predicado
Ao longo de longos anos cantando para o mundo inteiro
Sou a lágrima da tristeza,
Sou o sorriso da beleza,
A sombra inquieta da saudade,
Sou o algoz da maldade
Pelos palcos da vida
Sou amor sem vaidade
Ao longo de longos anos cantando para o mundo inteiro.
Pelos palcos da vida cantando para o mundo inteiro!
MADRIGAIS
(POEMA CANÇÃO)
Tudo aqui lembra você
Mesmo quando a cidade
Me sufoca de saudade
Bem dentro de mim...
Toda cidade é você!
Até a brisa do mar
Que soprava sem parar
Aquecendo nossos corpos
Acordando o prazer
Em mim toda cidade é você!
Eu te tocava como quem toca uma arpa
Eu te queria como a noite quer o dia!
Corpos trêmulos de amor
Na suave brisa da manhã!
Quando era noite...
Tinha você como um açoite
Corpos, canções, recitais
Despertávamos mais um dia...
Pois, sabíamos que outros dias...
Eram noites em madrigais!
LA SOLEDAD
En la tierra, esta tierra
Planté mi vida
Por siempre en mi corazón
Para ser feliz, vivir feliz
Mi madre mi hermano.
Y en la calma de la soledad
Aprendí a amar
Con la fuerza de mi corazón
Bajo la lluvia, ni flores
O con flores de verano.
Al principio, un niño
Cada hora de esta vida
Siguiendo los pasos del destino
Con el poder de una canción
En el jardín de nuestra casa
Mi amor, mi pasión dulce.
Mi querida soledad
Soledad dulce amigo
Soledad de mis sueños
Soledad de mi vida.
MURO DAS ILUSÕES
(POEMA CANÇÃO)
No muro das ilusões
Pintei minha arte mais bela
Você que aparece nela
Fascínio de bela pintura
Retocada por minhas mãos
Sob olhar de contemplação!
Nos jardins da estrada
Não preciso de roupa engomada
Apenas de uma flor de encanta!
Na manhã da aurora boreal
Preciso encontrar seu sorriso
Por mais longe que ele possa estar
Minha roupa de puro linho
Serve apenas de burburinho
Pra quem me ver passar!
No mar de amor, onde tudo começou
Escrevi na areia fina
Nosso poema predileto
Que reinventa nossas vidas
Mas, o que eu quero mesmo
É você aqui, bem perto
E apenas de uma flor encantada!
AMORES DE UM POETA
1º ato
Benditos sejam os poetas
Que escreveram lindos versos
Para meu amor encantar
E como se fossem profetas
Ensinaram o caminho do amor
Para meu amor me adorar!
2º ato
Malditos sejam os poetas
Que no amor me fizeram
Um dia plenamente acreditar
E foi amando perdidamente
Que conheci a dor e a desilusão...
E meu amor a você entregar!!
PASSAGEIRO DO SILÊNCIO
(Poema canção)
Sou passageiro do silêncio
Nas noites, nas chuvas, nos ventos
Na solitária estrada do sentimento
No caminho incerto do deserto
Na vida meu maior contratempo
É a não previsão do tempo!
Na morte, meu maior tormento
É a frieza do isolamento!
Trago a pressa de lugar nenhum
Dos mistérios, dos medos, dos segredos
Embora, conheça o refúgio de cada um
dos amores, das paixões, dos guetos!
Se me calo ao raiar de um novo dia
À noite o meu mundo silencia
Se me agito na tempestade
O fogo abranda a minha iniquidade!
Por isso mesmo e muito mais
Não me acho guru, mas me acho capaz
O homem pode até morrer de susto
Mas por covardia, diz o ditado, jamais!
MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Meu coração de criança
Canta a canção dos imortais
Brinca na leveza da dança
Como se o amor em minha vida
Fosse durar pra todo o sempre
E muito além de tudo mais
Meu coração de criança
Tem alma de menino feliz
Bate forte com esperança
Pula, corre, não se amedronta
Mas quando se trata de amor
É um eterno aprendiz!
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