Versos Românticos

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Não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você.

Nunca-mais o amor. Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.

Nenhum amor é igual ao outro, logo, as dores também deixam cicatrizes particulares.

Volto pra casa, destruída. Sinto tanto amor dentro de mim que posso explodir e bolhas de corações vermelhas atingiriam o Japão. Quase não consigo respirar. Chega, chega. Ligo pra ele. Ele não atende. Ligo de novo. Ele atende falando baixinho. Você está com alguém? Estou. Desligamos. Pronto, agora eu já sei. Depois de um final de semana inteiro de palpitacões, descargas de adrenalina, músicas, textos, amigos, danças, gritos, sensações, assuntos, choros, dores, vida. Agora eu já sei. O que eu nunca vou saber é porque faço tudo isso comigo só porque tenho tanto pavor do tédio. Era só isso o que eu precisava saber.

Amor? Ah, aquilo que sinto por tudo o que me faz bem... sim, eu sei o que é!

Seja a paz, sinta o amor, faça o bem!

Dispenso uma vida rotulada, humores instáveis, amor de hora marcada. Nego reviver o passado e ter maturidade quando quero colo. Discordo viver sobre desculpas e amordaçar minha tolerância. Não esfolo meu valor com o descaso. Não podo minhas asas. Não oscilo de opinião. Adorno meus medos, dores são segredos; prefiro expor o que tenho de bom. Não sou de faces, mas tenho fases. Não invento personalidade, nem crio situações. Que me achem fria; que me julguem estranha. Que se afastem os que confundirem autenticidade com estupidez. Sou o que quebra e não cola; o que brota mas também desfolha. A intensidade de uma ocasião. Perfeita, ou não.

E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor?

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Perdoando Deus.

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Amor: verdade absoluta.

Amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A menor mulher do mundo.

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O amor é covarde, nos ilude até nos fazer acreditar que ele é verdadeiro. Depois, quando ele de repente se cansa, nos deixa sofrendo. E como recompensa, ele nos presenteia com um novo amor, que a princípio nos engana com uma felicidade temporária... até ele se cansar de novo. E assim vai nos levando, sempre com falsas esperanças de felicidade. Nos deixando cada vez mais frágeis, mais iludidas. Mas o coração da gente é bobo, hipócrita, cego, imaturo... e está sempre disposto a amar novamente, mesmo sabendo que corre o risco de sofrer, mais uma vez.

Tentando esquecer o amor, porque o amor me esqueceu.

Você não precisa de amor, você precisa de tempo. Tempo para se amar mais.

O amor move o mundo. E ninguém vê isso.

Olha, só não esquece do amor, porque ele é a base de tudo.

E sem o amor, o homem é um bicho como qualquer outro.

Sabe o que falta em algumas mulheres hoje em dia? Amor próprio.

Amor é quando eu não consigo prestar atenção na aula, porque estou muito ocupado escrevendo o primeiro nome dela com o meu último nome.

Sabe de uma coisa? Às vezes as pessoas se preocupam demais, e eu acho que isso é amor.

É a mesma coisa. Paixão é paixão. É o entusiasmo intercalando o espaço do tédio, e não importa a que se dirige.

Nicholas Sparks
SPARKS, N. Dear John.London: Hachette UK, 2010.