Versos Românticos

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Todas as histórias de amor são iguais.

Quem, como eu, estava chamando o medo de amor? E querer, de amor? E precisar, de amor?

Amor: verdade absoluta.

Amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A menor mulher do mundo.

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Ainda bem que sempre existe alguém pra te fazer pensar que o amor vale a pena.

No fundo, a gente dá para as pessoas o carinho e amor que queremos receber de volta.

Me enxergue com olhos novos também e vamos tornar real o que em nós sempre foi uma fraude, o amor.

Só há amor quando nenhuma autoridade existe. Essa coisa "autoridade" é uma das coisas mais perigosas da vida. Eu não quero ser "autoridade". Nós temos e podemos criar um mundo novo. Ó gente! Eu estou perguntando a vocês, cabe a vocês achar essa resposta. Se aceitar a verdade de outrem não será a sua resposta. Há um imenso trabalho para fazermos juntos, isso nos acrescenta uma enorme responsabilidade. Devemos ser revolucionários; dentro em nós deve se operar uma profunda revolução psicológica.

Eu sei que ainda cometo erros, mas o Senhor tem nova misericórdia por mim todos os dias e o seu amor nunca falha.

Eu não quero poucos. Eu não quero muitos. Eu quero um. Um amor.

(...) É incontrolável te odiar hoje, meu amor, dá para entender, querido? É incontrolável não ser irônica hoje, chuchu.

Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.

E agora que eu mandava na minha vida, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta. Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pensar nele. Claro, eu fico em casa o dia todo, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus. […] achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. […] Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.

É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Norman Mailer certa vez escreveu: “As pessoas procuram o amor como solução para todos os seus problemas, quando na verdade o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas.” É isso aí. Primeiro aprenda a administrar seus conflitos e tristezas, aceite suas oscilações de humor, busque a serenidade, fortaleça sua auto-estima e ampare-se em si próprio, sem se valer de bengalas emocionais. Aí sim, feito o dever de casa, seu prêmio estará a caminho.

Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo.

Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz… Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector, escrita em 19 outubro de 1948.

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O amor, qualquer amor, quando maduro, não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe. Não exige, oferece. Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz.

Seja a paz, sinta o amor, faça o bem!

Nunca-mais o amor. Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.