Versos Realidade
Menina mulher
Cheia de sonhos.
Combatia a realidade
Menina mulher
Metade no balanço da pracinha.
Outra metade se vira sozinha.
Tem um tanto de delicadeza.
Outro tanto de incivilidade.
Às vezes é guerra... às vezes é paz.
Metade é o que todo mundo vê...
Outra metade só ela mesma sabe o que faz.
Há nela cicatrizes.
Também sorrisos nela há.
Metade dela é vozerio.
Outra metade silêncio.
Uma parte é desiquilíbrio.
Outra... está em cima de um fio.
Enquanto alguns acreditam que Jesus vai voltar, há seculos a realidade se repete e a espécie humana fica intelectualmente rendida diante das emoções e reações que as suas carências, medos e comportamentos promovem com o objetivo de perpetuar o terror psicoespiritual ao invés de transformar efetivamente as pessoas para que se libertem do mal, das fraquezas e das covardias que lhes habita.
E a história vive se repetindo.
Na política, na religião e na realidade do cotidiano é o dinheiro que tem poder.
Entenderam porque Jesus desagradou aos poderosos da sua época?
A sua vida mais humanizada, espiritualizada e menos material não passava de uma ameaça e de um mau exemplo, sob a ótica daqueles que, verdadeiramente, controlavam as pessoas e, consequentemente, a sociedade, naquele tempo. E nada mudou, apenas foi repaginado para atender aos novos tempos. O povo continua sendo a fonte de enriquecimento de todos que têm poder o conduzir a mente humana. E ai daqueles que tentam acordar o povo que vive adormecido.
O dinheiro tem o poder de mandar, inclusive, na alma. E até pode determinar quando a prática dos bons valores deve ser exercida.
O mundo, bem como a realidade da existência não se resumem no umbigo de ninguém.
Ninguém é tudo aquilo que acha que é.
Mais espelho e menos selfies.
Na realidade o novo ano é apenas uma recontagem do tempo a diferença é que ele tem o poder de renovar a esperança e a nossa disposição para realizar sonhos e isso não é pouco pra quem ainda vai nascer.
Feliz Ano Novo!
Feliz 2018
A vida vai se moldando, se ajustando, se acomodando dentro da nossa realidade matriz, sem se importar com a nossa incapacidade de compreensão sobre ela, para que o destino se cumpra. É no futuro que se entende o passado. É no presente que sofremos a angústia do futuro. É no passado que vamos construindo a história da nossa eternidade. Não há como fugir, pois até o livre arbítrio é aliado do destino, e as nossas escolhas são sugestões intelectuais e intuitivas arbitradas pelos nossos mentores invisíveis do universo para que tudo saia conforme o combinado na escritura da vida. Conforme precisa ser vivido para fazer sentido.
Sim, há quem enfrente o destino e acredita que ele é uma invenção do homem para extrair-lhe poderes e nem percebe a vigilância do Tempo sobre as suas ações, mas quando ele passa bastante e a sabedoria invade a sua mente descobre-se desprovido de autonomia e totalmente tomado pela força do destino, pois é só no futuro que este se desnuda.
A realidade de grande parte da sociedade
Preencher a vida com futilidades e momentos cênicos construídos para impressionar plateias encantadas enquanto reside num intenso vazio interior e numa profunda improdutividade existencial
Quanto mais próximos da ilusão ou da superstição nos afastamos da
realidade. Isso pode trazer algum conforto pois momentaneamente não precisamos encarar a verdade e as coisas que realmente precisam ser feitas. Essa atitude é umas das maiores fontes de problemas que geramos para nós mesmos.
quem vive
fiel e verdadeiro
Nas suas próprias
Condições e realidade
Certamente não será
Falso com ninguém
Eu vivo de sonhos...
Preto e branco levemente colorido,
Abstraio a realidade,
Convivo bem com a solidão,
Tão imaginaria quanto às presenças.
Sinto-me cheia,
Mesmo sem nada ter,
Aterro os insistentes vazios que teimam em me perseguir,
Eu caio fora,
Iludo os pensamentos sem sentido,
Retorno ao juízo,
Vivo uma sanidade embriagada,
Pensamentos,
Neutralizo sentimentos,
Desperdício de mim no ar,
Refaço-me.
Sobrevivo.
A triste realidade deste mundo,
Um desamor tão profundo,
Obscuro orgulho,
Maduro,
Coração impuro,
Não se compraz,
Lágrimas para ele,
São como pingos de chuva,
Inodoros, insípidos e sem cor,
Usa pessoas como objetos,
Se finge de amor,
Causando a mais imensa dor,
Sem pedir desculpas,
Pois, não há consciência,
Num eu tão grande que causa dormência,
Anestésico pesado,
Alucinógeno desse mundo,
Escuro e profundo,
Sem precedentes,
Destruição de muitos,
Aprendizado à astutos.
Como alguém pode discutir o indiscutível?
Como isso seria plausível?
A realidade é essa,
Toda essa pressa,
A falta de consciência,
Confessa,
O consumo esaserbado da nossa natureza,
Acabando com toda beleza,
Proporção,
Trocamos a natureza selvagem, pela selva de pedra,
Serragem,
Pó,
Estradas,
Que viagem...
A ciências se sobrepõe à convivência,
Pessoas sobrevivendo de aparência,
A tecnologia tomou forma de cadeias,
Informação demais,
Incendeia,
Queima,
Sufoca,
Voraz,
Tira o foco,
Quebra os blocos,
Aperta as correntes,
O que realmente importa?
O mais simples,
Tornou-se à última porta,
A única à entender,
Precisamos ceder,
Desvencilhar,
É necessário entender,
Somos natureza,
Como um todo,
Em destreza,
Se ela morre,
Então,
Morramos com ela,
Somos o todo,
Mesma casa,
Imensidão azul,
Planeta Terra.
Utópica.
Realidade paralela,
Te toco de forma tão singela,
Envolve-me,
Te envolvo,
Como naquela canção,
Onde o som transpassa o fone,
Invade a pele,
Os pêlos,
Arrepio,
Suavemente,
Enquanto o cheiro do vinho na taça,
Ainda embriaga,
Seu gosto na boca harmoniza,
Cada gotícula do teu prazer,
A voz que ecoa em silêncio,
Uma pausa no tempo,
A noite invade a janela,
Você meu cobertor,
No entrelaçar dos corpos,
Amanhecer na janela,
Vapor que sobe de dentro,
Encontra o sereno lá fora,
Casal perfeito,
Utópico,
Não tóxico.
Considerações Iniciais de uma Realidade Ficcional
Cíclicos são calendários,
Periódicos são aniversários,
Meu bom-humor é sazonal,
Reservado a feriados.
Apetitosos são cardápios,
Fotografia também é sensual,
Explicativos são manuais,
Realidade Ficcional.
Direções apontam atlas,
Jornalismo faz notícia,
Gráficos indicam dados,
Polícia faz perícia.
Política faz corruptos,
Ou corruptos fazem política ?
Entretenimento: droga lícita,
O Ópio do povo é a Retórica.
Considerações iniciais de uma realidade ficcional.
Cana produz destilados,
Álcool produz hematomas
Nas esposas dos manguaçados.
Pros pequeninos obrigações,
Pros responsáveis
Isenção dos resultados.
Façamos um brinde à nossa
Percepção e Juízo adulterados.
Considerações gerais,
Concordando com o que se pensa.
Simulações ficcionais, realidade intensa.
Nas cinzas componho,
Com pés na temporal realidade.
Tão obscuro e medonho,
Sem nenhuma claridade.
Escrevo a dor, o meu torpor,
Na solidão da melancolia.
Sangra a caneta, anseia compor,
Lágrima doce que escorria.
Força vital escorre pro papel,
Nos instantes da tormenta.
Vermelho no sublime pincel,
Pinta a trovosa nuvem cinzenta.
Cheios, pesados, vamos jorrar,
As bolsas de fardo esparramar.
Em troca da mágoa e do rancor,
Guardo é meu dom de compor.
Poemas, litros, sangue impresso.
Espelho, rima, sacrificar.
Interior, alma, aura professo.
Poesia, filosofia o monologar.