Versos pequenos
Quando meus olhos não enxergarem mas teus passos
Quando tua voz virá pó aos meus ouvidos,
Quando a música não me disser mas nada
Que serei sem essa chama...?
Que será da minha poesia ?
Que serão dos meus versos?
Que será de mim, sem o sonho de nós ?
PRISÃO
Prisão sem barras
Que muito me sufoca
Prisão sem paredes sem saída
Prisão do coração da alma
prisão que a cada dia e a cada hora fica sempre a diminuir...
“Minha mente sempre a mandar – me”.
A dar – me ordens para não ficar com lamurias
Ou somente não chorar.
Como posso eu com meu coração machucado
Não me lamentar, não chorar.
Tenho que lhe dizer mente você esta louca em delírio pela perda
Já mais nos consolaremos.
Mas alguém ira nos salvar
“Um dia...”
Verdade ou mentiras
“Não em porta se e verdade ou mentira”
Não podemos escolher somente uma
Pois a verdade jamais deixaria a mentira.
Pois estão unidas na alegria ou na tristeza,
Na saúde ou na doença.
Podem brigar ate mesmo pensar em se separarem,
Mais no final sempre e para sempre
“Unidas ambos estarão.”
Diga-me qualquer coisa.
Fale-me qualquer coisa.
Cite-me qualquer coisa.
Recite-me qualquer coisa.
Pronuncie qualquer coisa.
Grite-me qualquer coisa.
Sussurre-me qualquer coisa.
Xingue-me de qualquer coisa.
Coise qualquer coisa
Pra coisar essa minha vida
tão
coisada.
Com a inspiração surge a criatividade.
Suprindo a necessidade que há em mim, em se expressar.
Seja minha inspiração impetuosa.
De um sorriso rico em detalhes.
E um olhar sublime.
Torne-se meus versos.
Meus traços, minha arte.
É incrível como o tempo passou
E ainda assim nada mudou
Aliás tudo somente acrescentou
Um amor verdadeiro que nunca passou.
Sou espiga e o grão que retornam à terra.
Minha pena (esferográfica) é a enxada que vai cavando,
é o arado milenário que sulca.
Meus versos têm relances de enxada, gume de foice
e o peso do machado.
Cheiro de currais e gosto de terra.
De que vale ter voz
se só quando não falo é que me entendem?
De que vale acordar
se o que vivo é menos do que o que sonhei?
(VERSOS DO MENINO QUE FAZIA VERSOS)
(trecho extraído do livro “O fio das missangas”, Cia. das Letras, 2004, pág. 131.)
Escrever uma frase ou ate mesmo um verso aquela que eu amo.
Oh! quão dolorosa tarefa seria.
Canta sua beleza, expor seu sorriso, falar meus sentimentos.
Faltam palavras aos mais celebres dos poetas.
EXISTE UM ADÁGIO POPULAR QUE DIZ: O QUE OS OLHOS NÃO VEEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE.EU COMPLETO: SE O CORAÇÃO NÃO SENTE É PORQUE NÃO CHEGOU NA MENTE, SE NÃO CHEGOU NA MENTE NÃO DÁ PRA PROCESSAR, SE NÃO CONSIGO PROCESSAR, NÃO ENTENDO, SE EU NÃO ENTENDO, PRA MIM NÃO EXISTE. E SE NÃO EXISTE, PRA QUE ME PREOCUPAR?
VEJA POR ESSE ÂNGULO ,E EVITE PROBLEMAS.
M.C.A
anseio esquecer-me do mundo,
que insiste sempre no perigo,
dou-me conta que no pulsar dos meus versos
me vou amparando, para sair ilesa
desta luta que é o dia a dia..
Seu olhar enlaça minha alma e meu coração,
Faz fundir em meu peito o amor e a paixão.
Sua boca para mim parece um pedaço do céu
E quando eu a beijo é mais doce que o mel.
O seu toque suave, faz meu corpo estremecer.
Meu coração acelera de tanto amar você.
Oh mãe,
eu já sei escrever.
Acumulei tristezas mãe,
tenho pauta pra sofrer.
A vida aqui não é fácil,
como você disse que seria.
Eu devia ter ouvido mãe,
eu podia ter mergulhado
no seu abraço.
Podia ter chorado
no teu colo quente,
não nesse piso gelado.
Roney Rodrigues em "Ladrilho"
Eu sobrevivo
com essa vaga recordação
do seu lábio.
Você costumava ter
um leve gosto de morango
e era linda e gelada
como um floco de neve.
Roney Rodrigues em "Snow White Queen"
Esses meus ombros magros
foram feitos para carregar você
e todos os seus problemas,
não hesite em me chamar,
eu volto correndo
eu me aconchego
em qualquer lugar.
Roney Rodrigues em "Meu Corpo Seu"
Quando um abraço acontece,
os corações se esbarram,
o calor estremece as veias,
as pontas soltas se ligam,
o relógio se retorce
e o tempo desacelera.
Amar é um grande descompasso,
é curvar o tempo e ser eterno
nem que seja apenas
por um momento.
Roney Rodrigues em "Descompasso"