Versos pequenos
Eu odeio saber que cada verso que faço é para você,
mas o que me resta são esses versos,
de sentimentos e prazer.
São eles que me fazem lembrar de você.
POEMINHA DE AMOR
Não julgues a inspiração
Do singelo poeta,
Aceita os versos de amor
Que falam o que a boca
Lhe nega.
Nas noites em claro
Me declaro e faço versos.
Muitos controverso, isso auto-ajuda a me entender melhor
o poeta observa o mundo
sempre com olhos atentos
transforma o que vê em poesia
em versos derrama alento
Para escrever os meus versos
Não preciso de estudo
Observo o universo
E o mundo que tem de tudo
Vejo a chuva chegando
A lua na noite escura
Uma criança chorando
Ou um cachorro na rua
Uma rosa no jardim
Ou no vaso em minha mesa
O perfume de jasmim
Ou mesmo uma vela acessa
É tanta informação
Que nem posso imaginar
Além da imaginação
Eu posso poetizar
Eu faço dos meus versos
Um tipo de oração
Como se estivessem impressos
No livro do coração
A noite quando me deito
Recordando o meu dia
Projeto sempre em meu leito
Um amanhecer que irradia
Mas nem tudo é atendido
Nessa minha oração
Mas fico agradecido
Parto pra prorrogação
Se o amor fosse um poema,
teria os teus olhos escritos na primeira linha,
mas os versos de encantar,
seriam os teus óculos por cima.
Corpoema
Te olho e te meço
dos pés a cabeça
Te benzo e te curo
Te viro e rabisco
dos versos ao avesso
Te puxo e largo ao largo
languido verso sem rima
inodoro, amorfo
Te amasso e rasgo ao meio
com ódio e asco
Lentamente te monto e encaixo
letra por letra
olho por olho
dente por fora
por dentro
no corpo desse poema.
Versos de amor
(Quadra)
Um verso poético é animador
Quando o desejo é uma mulher
É a expressão maior do amor
Ser feliz é o q' todo mundo quer
Teus versos
A poesia compartilhada,
É como a maresia vai e
Volta. A sua poesia é
Ventania faz tremer a
Minha alma, de tão perfeita,
Que ao mesmo tempo abala a
Minha estrutura e leva a loucura,
Quando leia-o teu verso a tua rima,
A tua alma encarnada em poesia em
Poemas, traz alegria e esperança para a Minha alma.
Quando cala o poeta
Mas um dia o poeta cala
O que fica são seus versos
Como folhas ao vento
ou um mapa aos corações
Que perpetuam o amor
universo de emoções
Quando cala e escreve
leva amor aos quatro ventos
Mas um dia ele se cala
em um mar de sentimentos.
por trás
da porta estava
escrito Mia Couto.
os versos
encontravam-se espalhados
em pequenos
pedaços de papel.
o clima estava frio
e o c éu cubria-se
de nuvens escuras.
olhei cada linha
“sem mover os pelos
que recobrem a pálpebra.”²
aquelas palavras colocaram-me
a vaguear numa ilha
de sílabas sem lei.
Nas luzes do Natal, um brilho singular,
Teço versos de amor, a ti a dedicar.
Na árvore enfeitada, sonhos se entrelaçam,
Em abraços calorosos, sentimentos abraçam.
Presentes trocados, como laços de afeto,
Em cada sorriso, um gesto repleto.
Que este Natal seja poesia e canção,
Em teu coração, alegria em profusão.
... tenho vergonha
de mostrar os versos malfeitos
de outrora
e divulgo estes hoje
porque amanhã me envergonharei
dos versos
(Mal) feitos
de agora...
Na carta de amor que foi embora,
Versos ardentes perderam cor.
Sentimentos vivos, hoje outrora,
Silenciados pelo tempo e dor.
Papel que guarda promessas e risos,
Agora vazio, sem o calor.
História de amor, hoje imprecisa,
Palavras mudas, ecoam com ardor.
Eu nunca seria poeta
Eu seria alcoólatra
Não quero saber de versos
Nem sentimentos
Beberia até sem sentir
Só para sentir o amargar
De uma vida não vivida.