Versos pequenos
Açoite Musical
É com a dor que faço versos
Se eu te contar que vêm do meu coração
Não procure por amor ou encantos diversos
Pois existirá somente sangue e dor naquele refrão.
A inexprimível saudade
tem eterna conexão
por meio de versos d`alma.
Entre soluços e os ais,
e sem pensar numa rima
pra palavra nostalgia,
talvez, cristalize- se
na voz de uma poesia.
Tom de cinza
Hoje os versos são cinza
Sem graça, sem brio ...
Tom que pouco me agrada
A tela ficou bem estranha
Com figura serena e triste
O riso do canto dos lábios
Desaparecem aos poucos
Esvaindo-se continuamente
Se foram com o último gole
Ficou o semblante pálido
É a realidade, eu confesso
Por mais que eu tenha tentado
Foi o único tom que senti.
Por uma noite, você me perdeu-me.
O outro eu, citou versos poéticos, procurando uma companhia, eu me perdi em você.
VERSOS IN POESIA
Oh meu dulcíssimo amor,
Na ilusão, és sim pecado!
Sou fido à sua formosura,
Junto ao desejo revelado!
Paixão, és lira desta vida!
Nela, a idealizo e a quero,
Com os versos, in poesia!
Metade de mim fingi acreditar nas tuas falsas verdades, a outra metade desvenda-te nos teus versos vazios há tempos.
Flávia Abib
Com todos os versos do espaço e,
com seus paralelos...
as dimensões me fazem te querer.
É como se meus átomos
quisessem um salto quântico,
deste ponto até ao ponto que está você.
Me sinto numa sinapse
E em uma simbiose.
Isso é mais que a carne.
É uma profecia Celeste.
Versos não enviados
Escrevi na leitura do coração
Em lapidar inspiração o cume
Ao dispensar a razão
As razões me consomem
Letras letras
Nas entrelinhas da ponta
Nas tantas tintas despontas
Nas imperfeições discretas
Desses versos um dia escritos
E não enviados a ninguém
Semente ao tempo
Somente ao tempo
(Prêmio Poetize/2017)
CANETAS
Tentei escrever alguns versos
Alegres
Utópicos
Até sobre melancolia
Mas minha caneta teimosa hoje só quer fazer poemas de amor
Que loucura!
Nunca soube que canetas tinham coração.
Na maioria dos versos que faço...
Existe um pouco da minha trajetória...
Enfrentando vitória e fracasso...
Vou construindo minha história...
Assim vou indo passo a passo...
Pesquisando minha memória,...
ASAS DA POESIA
Escrevo com minha alma,
Mas reviso com a razão.
Os versos da minha palma
Escapam de minha mão.
Dizem mais do que eu queria,
Falam mais do que pensei;
As asas da poesia
Por que é que não cortei?
Quem dera com mil argolas
Prendê-las numas gaiolas,
Pegá-las num alçapão!...
Para conter as palavras,
Pra não voar sobre as casas,
Mas é tudo esforço vão!
Os teus sentimentos sinceros
e os meus versos externados, curiosamente, unidos numa mesma intensidade,
apesar de serem de mundos distintos, estão coexistindo num incrível espaço que está cada vez mais vivo
entre o que é sentido
e aquilo que é falado.