Versos pequenos
Creio eu, ser um momento sublime...aquele em que "lê os lábios dos versos através das mãos"...e então: "por um instante... um único instante
pode-se viver para sempre"
Sou estrada, cantador, eu sou poeira
causos, versos, que vêm e vão...
sou leveza, tempestade, agonia
sou tristeza num acúmulo de paixão.
Se lembras de mim
e dos meus versos,
é sinal de que nunca partir
e que o teu apreço por mim,
é sincero.
Vejo o amor no brilho do olhar e no cintilar das estrelas...
enlouqueci ao lamber versos e meu antidoto tem sido beijos e abraços ....
as canções que escrevo desejo cantar a quem incendiou minh'alma e coração...
meus lábios tem rezado preces de amor e gratidão mas anseiam desesperadamente o encontro dos seus ...
A tua mente abraça os meus versos,
teu coração os sentem
pela a intensidade
com a qual me expresso,
portanto, teu apreço é um presente.
Na matéria de cordel
Observo a maestria
Encanto me com versos
Lendo a cada dia
Inspirando meu ser e
Abraçando a poesia.
O tempo dos versos
(Pretéritos)
Fazia versos para suportar o dia a dia
Para amenizar as concretudes que insistiam em existir.
A vida, por si só, já tinha um peso insustentável
Então eram precisos os poemas, não para viver a vida propriamente dita,
Mas porque é só na poesia que os entardeceres tem gosto de bergamota..
O tempo dos versos
(Futuros)
Farei versos para desenhar a saudade,
Para amenizar o amanhã,
Para enfeitar a rua com transeuntes desocupados..
Farei versos porque não me cabem escolhas e, ainda que coubessem, faria versos..
Farei versos para inaugurar o amanhecer,
Para que brindem o dia com o odor das alfazemas distraídas..
Vamos escrever versos
Nos muros da cidade
Alforriar as estrofes
das estantes;
E bibliotecas
Jogá-las no vasto
mundo...
Pude escrever vários versos
Pude pensar várias vezes
Pude sorrir diversas vezes
Pude escutar centenas de vezes
Mas só pronunciei palavras as vezes
Foram proferidas por impulso
Mas estavam cheias de sentimento
somos boêmios
de, John Steinbeck.
Bradamos pelos becos
os versos rebeldes de O Uivo,
de Allen Ginsberg.
Sou mais tiroteios poéticos
Do que tiroteio entre polícia e bandido
Que venham os versos certeiros...
Deus me livre das balas perdidas.
Definitivamente
Eu não escrevo poemas,
Descrevo a morte.
Meus versos são lâminas afiadas
Cortam segredos,
Sangram verdades,
Ferem vaidades,
Sem ter a pretensão de curar.