Versos para 18 anos
ENTRE OS LENÇÓIS
Nossos pés se procuram entre os lençóis
Num roçar suave se acariciam
Confidenciam em silêncio
Fazem juras sem palavras
Nossos pés entre os lençóis
Sussurram segredos que meros humanos jamais vão saber.
QUEIRA
Olha-me! O teu amor sincero, venerando
Entra-me o peito, como uma doce razão
De brando e suave, sentimento, entrando
No meu viver, fazendo laços no coração
Fale-me! Só de amor e de amor, quando
Falas, deixando cálidos tino na emoção
E aos toques, carícias, no tocar radiando
O bem nobre que só traz pródiga afeição
Olhe-me! Fale-me então! Multiplicando
Sempre, sempre com ternura galanteia
Agora, agora com o cuidado que cintila
E enquanto me flamejas de ti, forjando
Em seu fulgor, o sabor da carícia cheia
Queira! o cortês amor que d’alma destila
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Se o destino chegar
E não estivermos juntos.
Lembre-se! Cada um faz o outro feliz.
Independente se for Amor ou não.
“Amizade também traz felicidades!”
DESCONEXO
Sinto o gosto do abraço
O afago do beijo
Ouço a conversa dos olhares
Descobri:
Viver não precisa fazer sentido.
CONCLUÍ
Olhando uma bela xícara que virou vaso de flor
Concluí:
Para nada existe fim
Só mudanças
Recomeços.
O cientista passa o tempo
tentando descobrir cura
para a Aids, para o câncer.
Mas não tenta descobrir
a cura para o ódio e o rancor.
E para esses males,
há um remédio muito mais simples:
o amor.
Olho o luar lá fora, que esplendoroso é.
Defini os apaixonados, defini o momento defini o que sinto por você.
Aceito convite para assistir a lua e as estrelas da varanda
Para ouvir uma orquestra de grilos
Ou tomar um porre de risos até doer a barriga.
Sigo o caminho do vento
junto com as folhas que ele carrega,
escrevo palavras ao tempo,
perpetuando a poesia, em entrega...
JANELINHAS
Na madrugada
Quando vejo janelinhas acesas
Acho que ali moram corações partidos
Insones
Penso nas histórias de amor que poderiam virar poesia.
PERDI UM POEMA
Perdi um poema no caminho
Talvez seja semente
Ou quem sabe vire pedra
Era um poema pequenininho
Cabe na palma da mão
Se achar leve contigo
Quem sabe um dia floresça