Versos para 18 anos
Meus versos são sementes
Que brotam no coração
A rega vem da nascente
É uma farta colheita
Rimando com solidão
Os olhos são poetas dos versos de papel, recortam palavras e pedacinhos.
Mas Deus, escreve versos celestiais, com gotinhas de chuva e passarinho...
MEUS VERSOS
Poeta Brithowisckys
Onde estão os meus ditosos versos?
Por que de mim se atreve a esconder-se?
Nas entrelinhas da enfadonha métrica,
Eu ouso descumprir as regras impostas.
Abusando da minha intimidade, posso falar,
não sou unanimidade, nem quero ser
sou apenas um espúrio projeto de poeta
sentindo a vida e o esplendor do viver
Mas isto posto, jamais me incomodam,
Mas incomoda outros doutos versáteis seres
Que se intitulam infalíveis deuses dos versos
Que usam linguagem que diferem das minhas
Sei... não sou unanimidade, nem pretendo ser
Muita gente pensa diferente, só que eu respeito
Mas, escrevendo versos fora de rima
Toco na ferida em tom deveras respeitoso;
Escrevo e reescrevo meus versos simples
Simples e frágeis como o pistilo de uma flor
Onde a abelha sedenta senta e alimenta
Antes que a tempestade a atormente.
Ser fisioterapeuta, um poema em versos curtos
Entre mãos que acariciam a dor,
Fisioterapeuta, és curador.
Toques suaves, terapia da alma,
Na jornada da saúde, és a calma.
Cada músculo, articulação,
És poesia em movimentação.
Reabilitas com amor e destreza,
Teu dom é arte, trazendo beleza.
No palco da vida, és protagonista,
Fisioterapeuta, és a conquista.
Com paciência, és alívio e esperança,
Caminhas ao lado da cura, com dança.
Ser fisioterapeuta, ofício de luz,
No corpo, na alma, és suave conduz.
No toque, no gesto, és poesia viva,
A arte de curar, em cada ferida.
Fisioterapeuta, teu dom é encanto,
Na sinfonia da saúde, és o canto.
Além de...
Além de poesias e versos,
Eu prefiro o seu sorriso e o seu olhar
Que além de serem lindos,
Fazem qualquer um se apaixonar.
Além de amores e paixão,
Eu prefiro eu e você
Duas almas gêmeas a se amar
Com tanta paixão,
Da luz á escuridão, do luar ao amanhecer.
Além de sorrisos e positividade,
Eu prefiro ser o seu amigo
Amor ou parceiro,
E juntos nos amar e espalhar esse amor
No mundo inteiro.
Além de ler livros,
Eu prefiro ler o teu olhar
Aquele que diz que me ama,
Aquele que na cama me faz delirar!!
Ser poeta, mas não o poema
Ser poeta é tecer versos com a alma,
É dar vida às palavras, à dor e à calma.
É pintar com tinta de sentimento,
E entregar ao mundo o fruto do pensamento.
Mas ser poeta é também caminhar na solidão,
Ouvir o eco dos versos sem encontrar a canção.
É ver as palavras voarem sem destino,
E sentir o silêncio onde deveria haver carinho.
Ser poeta é viver entre a luz e a sombra,
É desenhar sonhos em cada linha que assombra.
É ser o criador de mundos que ninguém vê,
E encontrar beleza onde ninguém quer crer.
Assim, ser poeta é ser o guardião da emoção,
Mesmo que os poemas se percam na escuridão.
É continuar a escrever, mesmo sem plateia,
Pois ser poeta é viver a arte, mesmo sem plateia.
Alguns papéis
cortam-me os dedos
certas palavras
fazem tremer-me as mãos
existem versos curtos
que assombram-me toda a vida
seu corpo-poema
rasga-me a alma feita de papel
e alguns papéis
cortam-me os dedos.
Bom dia!
Que a amizade, o respeito e o amor familiar se entrelacem como os versos do poema, revelando a grandeza de Deus em cada relação.
Que nossas vidas sejam um testemunho vivo desses valores, ecoando não apenas nas palavras, mas também nas ações do dia a dia.
Soneto do amor e seu epílogo
Eram versos de amor, poética apaixonada
Ensombrada de paixão, eram meus e teus
Sussurros d’alma, atado, eram teus gestos
De um acalanto, ou zelo, eram teus gestos
De um amor, doce instante, tão exagerado
Eram os teus gestos de afago, de emoção
Como só num raro sentimento poderia ser
De agrado, encontro, eram os teus gestos
E eis que ainda escreve poemas, ó amor
Este, que sempre, sugerido na inspiração
Saudoso e idêntico a narração nostálgica
Que invade aquela lembrança extraviada
Chamada recordação, um ardor profundo
Trovado no soneto do amor e seu epílogo.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 fevereiro, 2024, 21’25” – Araguari, MG
NÃO MAIS O VERSO TRISTE...
Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!
Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG
TENEBROSO CANTO
Meus versos vão seguindo fantasista
Debaixo da poética farta de emoção
A toada de minha sanha cancionista
Compassa a métrica com sensação
Cada sentimento na prosa, conquista
As ideias, tão apaixonada inspiração
E cá dentro do peito o furor bucolista
Expande pelos poemas com ambição
E a aflição, está triste companheira
Levou a dita da poesia quase inteira
Do amor, ó duro fardo e desencanto
E em cada verso que seria contente
O pranto, tal o dia num triste poente
Dando à prosa um tenebroso canto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 10’05” – Araguari, MG
NAS ASAS DA SAUDADE
Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento
Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG
TEMPO DE ENCANTOS
Mostram-se belos versos com exaltação
Cá no soneto de afeto e aura dourada
Cheio de canção e de perfumada toada
Que compassa o agrado e a sensação
A prosa se veste de esplendor e paixão
E em derradeira sedução, fica gravada
No sentimento, no tempo, pela estrada
Bailando na alma em graciosa emoção
Inesquecíveis poéticas, tão atraentes
Divinamente, às lembranças vertentes
Prozando excessivas distintas alegrias
Enquanto o ardor dorme sua realeza
Tempo de encantos, cordial singeleza
Ornando com amor a desejada poesia.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 fevereiro, 2024, 09’58” – Araguari, MG
NADA
Se penso em fazer voltar-te a rosa dada
Converto em dor os versos de lembrança
Sinto em mim uma sensação angustiada
Percebendo que já não mais é a aliança
Tua citação é mais nada, d’alma retirada
E, no meu cantar não mais a esperança
A outrora melodia, no meu peito, calada
Por ser mais nada, então, nada avança
Como eu posso devolver-te o mais nada
Se nada mais, tenho, nem nada a te dar
O meu versejar me serve como espada
Um escudo, a deter a lágrima a derramar
Pois, um dia se choradas, hoje enxugada
Rasurando os datados versos por te amar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 março, 2024, 15’51” – Araguari, MG
Somos todos imortais, ainda que não façamos versos escritos.
A vida é uma poesia construída em braille.
Nildinha Freitas
NA SAUDADE SE ARRASTA
Os versos que no versejar te beijo
É dura solidão que ali se esconde
Um aperto que a dor corresponde
Do carecer meu, de arfante desejo
Como importa saber como e onde
Caminha o teu coração, relampejo
Minh’alma, e o nosso suspirar vejo
A ilusão, a tortura, o sonho, donde
Vem a sensação do vinho já vertido
Que corre na agonia, tão traiçoeira
Embebedando o sentimento sofrido
Vem da nostalgia, de uma sede casta
Da afeição, e de uma emoção inteira
Ardente, que na saudade se arrasta.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 junho 2024, 17’31” – Araguari, MG
Um versador versava seus versos pra compor o amor
Que as vezes rimavam outras vezes com prosa os versos eram lançados ao vento
E o versador poetico
Ao longo da vida se descobriu romântico que por fim de tanto falar de amor
O versador se apaixonou..
Versado
VERSOS DE CETIM
Talvez por seres, para mim, a paixão
uma ternura mor, então, sê bem vinda
ó emoção! És mais do que sensação
és carinho, o sentido, abrigo, e ainda,
trazes o cheiro envolto em recordação
sobre como é bom conter, a tão linda
poética, acolhida na sonora entoação
que sente n’alma, e no agrado brinda
Conduzes o soneto, em um cântico
a eterna afeição, o sentimento hurra
invade, e que na poesia, assim, tece
cada cuidado, cada afinidade, enfim,
nos braços do amor o amor sussurra
e o coração rimando versos de cetim.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 junho 2024, 20’58” – Araguari, MG