Versos de Natureza
As raízes brotam e as folhas nascem
E as grandiosas florestas aparecem
E o seu esplendor cobre o todo
E o sol da manhã ardente como o fogo
Os galhos se estendem, como um abraço quente
E as flores com sua beleza tomam à frente
Uma montanha verdejante...
Na floresta ela é uma gigante
A floresta, com seu lindo riacho cristalino...
Passou-lhe um pente fino...
Sobrando apenas campos e pastos grandiosos
Cortando-lhe seus galhos garbosos...
Deixando oque fora uma vez,
E acabando como seu brilho cortês.
Não é na água, não é no verde,
Não será na Morte tampouco,
Mas vai ser na vida que de toda
Sorte viverei, esperando a morte,
A maneira mais bonita de se ver!
Jamais emPodera
Tudo o que Deus criou o homen jamais poderá tomar posse..
Vemos a água.. coloque em suas mãos, feche-as e tire suas conclusões.
Um dia ela nasceu , cresceu e desabrochou , sentindo o calor do sol.
Alimentava-se da água da chuva e quando deitava-se , no quentinho da terra, dormia com a luz da lua.
Acordava de manhã, ouvindo o canto dos pássaros e encantada com o ronco dos trovões, banhava-se nas águas do rio.
Anoitecia e ela cansada dormia serena , embalada pelo brilho das estrelas.
E novamente amanheceu , ela acordou e percebeu, que o seu tempo havia passado , que já estava velhinha.
Mas com muita sabedoria olhou para o céu agradeceu e disse :
“ Desperta natureza deste sono ;
Acorda vem depressa me abraçar.
Permita que meus olhos veja o encanto
De seu último encontro em meu olhar”.
Escadas no Bosque
Escadas
sem corrimão,
mas que se sobem
com indizível emoção!...
-- josecerejeirafontes
O eterno Ser
Num sofrimento mortal de hospital, está você, tentando sobreviver para mais sofrer na angústia do viver. Sem perceber que a morte é uma transformação do Ser, não um interromper.
A natureza se destrói e se reconstroi.
Numa contínua beleza de ser.
Sem homem, sem suas intervenções
Verde, azul anil, amarelo, vermelho
Na água, no céu, nas florestas
Assim se faz a natureza
Integraliza nossa visão inata com beleza
Original da geração concebida ao espontâneo
Imprescindível de ingerência
Fauna e flora se expandem com sapiência
Dão a aquarela de cores e formas exuberante
Por mais imoto que seja e deslumbrante
Persiste a mão dos seres
Querendo manchar os bosques e vales, é o mar
Interceder no que foi feito para se conviver
Transformando em servidão artificial
Acabando aquilo que decorreu do natural
O que faz embaralhar as ideias
Quem é selvagem o animal
Ou homem com atitude anormal.
A poesia do século 21
O que se fez em milênios
Não traduz os conceitos da imortalidade
Deturpa os princípios da verdade
E hostiliza a ação da natureza.
Não haverá mais lugar
Para os acorrentados
Na prisão dos limites
A nova era, o novo homem
Virá na trindade dos séculos.
E uma nova consciência brotará
E por três vezes negada a verdade
Ressuscitará no terceiro dia
E uma terceira lição será dada ao homem.
Será desativada a Terra atômica
E ativada a paz, o paraíso prometido.
Entendo que estou chegando ao fim
Quando a cada dia nasce um pouco de morte em mim
A dor deixa de ser um estado
E passa a ser um agente incrustado
Para isso não há descoberta de cura
E enquanto a vida perdura
Afugenta o medo destemida
Ordenando que seja esquecida
Deseja a célere solução
Contrariando sua natureza então.
QUEM SÃO ELES?
QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?
Por que pensam que podem pensar, por mim, por ti, por nós? Nem que fossem patrióticos, pensadores, religiosos, altruístas, doutores, filósofos, outros com naturezas assim afins com o Bem maior e universal... Nem mesmo assim!
Não deixarei ninguém mais pensar por mim. Ainda mais esses desacreditados e no fundo, no fundo desconhecidos.
QUEM SÃO ELES?
QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?
Madalena de Jesus
Dona – fia
Eu conheci hoje a avó de um amigo, mulher e pessoa incrível,
mora em uma pequena fazenda, quase nunca vai à cidade,
seu lugar é no campo sendo acordada pelos pássaros.
É Inconfundível com seus óculos grandes já amarelados pelo tempo,
famosos óculos de fundo de garrafa, creio que ela os adquirira antes mesmo
desse nome ter sido atribuído a eles.
Com sua coluna já um pouco torta pelo peso da vida, mulher baixinha, sim!
Em estatura, e imensa em coração.
Conhecê-la foi como se Deus tivesse me permitido ver e tocar no rascunho da humildade, da bondade e da hospitalidade, beleza nobre e peculiar.
Carrega consigo o olhar de um poeta.
É uma verdadeira poetisa, corrijo! Mas seu rascunho é a vida.
E porque é chamada de “Dona – fia”? Bem, porque fora uma moça a vida toda.
Quando a correria da metrópole de concreto e aço retorcido não te deixar respirar, fuja.
Quando os sapatos apertados fizeram latejar os calos, fuja.
É preciso encontrar um lugar onde sua maior conexão seja com a natureza.
Lugar onde os pés descalços sintam o mato, água e a areia.
O brilho da lua me leva para outra imensidão
O brilho dos seus olhos me tira da solidão
Sua voz soa como notas musicais
Sua voz me traz muita paz
O seu cheiro é como as rosas do campo
Sentimos a quilômetros de distância
Você é o conjunto de todas as coisas baseadas na natureza.
O que queres de mim essa manhã?
Me acordaste com seu ruído
És tão misteriosa suas vestes,
E teu desconhecido sorriso.
Ó senhor, o que desejas?
O que posso oferecer-te mais uma vez?
Sois tão ambicioso em cada passo,
Que não veis o perigo que há de enfrentar.
Não tires a vida de meu semelhante,
O nosso vínculo hoje vai acabar
Veja em meus olhos a pura inocência
De uma india cheia de amor pelo seu lar
Estarei aqui amanhã de manhã,
Gostaria de poder ajudar,
Mas talvez eu não possa mais abrir meus olhos
Se tudo que é nosso tu decidires tirar.
"Veja como é fácil
Não adiantar reclamar
Basta jogar a semente na terra
Logo ela brotará
Tudo o que precisamos
A natureza nos dá!"
A janela aberta permitia a brisa entrar!
O silêncio da noite me deixava pleno e o canto dos pássaros ao iniciar o dia me dava a paz que não sentia há muito tempo. São remédios naturais que me restauram de uma forma tão completa que nenhum outro remédio farmacêutico consegue fazer igual.
Imagine um lugar
Que você programa viajar
Te desperta o desejo de morar
E assim, poder descansar
Imagine um lugar
Que todo dia veja o mar
Em cachoeiras se banhar
À beira da lagoa caminhar
Imagine um lugar
Que a natureza venha te abraçar
O sol a esquentar
E o deslumbre nos olhos ao ver o luar
Agora pare de imaginar
Bem vindo ao meu lar, Floripa!
Enquanto ela falava e sorria com o canto dos olhos, eu fixamente sem ar a observava e só conseguia pensar: Meu Deus!
Sorriso grande, largo, belo, tão puro que eu nem consigo comparar, talvez com o céu ou com o mar. Sei lá, era uma espécie de obra da natureza, daquelas que se observa, admira, sorri, suspira e agradece
Uma amplidão de anil
Contemplo seu corpo celestial
Contorno com meus dedos cada risca
Cada linha e traço de sua colossal formosura
Como há de a ver algo tão belo?
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua beleza
Resplandece sua imponência
Recebo no meu olhar seu infinito anil
Reconheço ao te contemplar minha insignificância
Rogo-lhe
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua grandeza
Atirei uma pedra em direção ao lar das águas. Corri nas sombras das florestas por entre os feixes de luz da copa das árvores ancestrais. Desci por caminhos ocultos na escuridão.
Em meus ouvidos apenas chegavam os sons da pedra, o cair dos frutos maduros,amanhecer das plantas e nascer dos pássaros.
Meu corpo tornou-se uma casca de semente brotando na terra, minha pele una com o solo, minha perna tronco e raízes.
Sou um pouco do fluxo dos rios com o sopro do ar e chamas do fogo. Sou um canto fora do tempo na ausência de pensamento. Meu ser uma flauta da selva tocada com gotas de chuva.