Versos de Natureza
Não é na água, não é no verde,
Não será na Morte tampouco,
Mas vai ser na vida que de toda
Sorte viverei, esperando a morte,
A maneira mais bonita de se ver!
Eremita
Quero que minha presença seja ignorada
Por pessoas que não se importam com nada...
Eu busco o esquecimento...
Me isolando sem arrependimento
Pessoas fúteis...
Que não valorizam a natureza
Com toda sua riqueza...
Pessoas que vivem sem viver
Sem aproveitar o que a natureza
Tem a oferecer
Acordar e ver o céu amplamente azul, vento batendo no rosto, sol brilhando como nunca, são momentos que deveríamos viver mais. Sentir a natureza, compartilhar da companhia de pessoas especiais, sorrir bastante, até chorar também. Nossa vida é tipo um quebra-cabeças, são momentos que vão se encaixando uns com os outros, criando histórias boas de reviver num futuro breve. Deveríamos sentir mais o perfume das rosas, abraças mais apertado, dar beijos mais adocicados, dizer menos "eu te amo" e demonstrar mais o que de fato sente. Palavras o vento leva, podem ser reproduzidas facilmente por qualquer um, mas a ação, a atitude do FAZER, com certeza faz toda a diferença.
Vamos viver mais sem receios, acreditar que o mundo pode sim ser melhor para nós e nossos pares, acreditar que um beijo, um abraço, um sorriso ou um aperto de mão pode transformar o mundo!
OUTONO
E o outono bateu a minha porta logo cedo.
Me acordou!
Veio prometendo mudanças
Mudanças que cabe a mim a aceitação.
Advertiu me sobre um tal momento de reflexão.
Momento de esquecer o verão
E acreditar que boas novas virão
Falou me ,também, sobre dias
Dias recheados de:
Emoção, paixão, renovação.
Sussurrou baixinho ao meu ouvido:
- Cuide do seu coração
E reponha forças para a próxima estação.
Dei aquele sorrisão!
Matutei.
Não cheguei a nenhuma conclusão,
Mas topei!
Topei amadurecer e crescer
A natureza é sábia
É ela quem sempre me ensina a viver.
Brunna Balbina Brunna Bal
Sem homem, sem suas intervenções
Verde, azul anil, amarelo, vermelho
Na água, no céu, nas florestas
Assim se faz a natureza
Integraliza nossa visão inata com beleza
Original da geração concebida ao espontâneo
Imprescindível de ingerência
Fauna e flora se expandem com sapiência
Dão a aquarela de cores e formas exuberante
Por mais imoto que seja e deslumbrante
Persiste a mão dos seres
Querendo manchar os bosques e vales, é o mar
Interceder no que foi feito para se conviver
Transformando em servidão artificial
Acabando aquilo que decorreu do natural
O que faz embaralhar as ideias
Quem é selvagem o animal
Ou homem com atitude anormal.
A poesia do século 21
O que se fez em milênios
Não traduz os conceitos da imortalidade
Deturpa os princípios da verdade
E hostiliza a ação da natureza.
Não haverá mais lugar
Para os acorrentados
Na prisão dos limites
A nova era, o novo homem
Virá na trindade dos séculos.
E uma nova consciência brotará
E por três vezes negada a verdade
Ressuscitará no terceiro dia
E uma terceira lição será dada ao homem.
Será desativada a Terra atômica
E ativada a paz, o paraíso prometido.
Entendo que estou chegando ao fim
Quando a cada dia nasce um pouco de morte em mim
A dor deixa de ser um estado
E passa a ser um agente incrustado
Para isso não há descoberta de cura
E enquanto a vida perdura
Afugenta o medo destemida
Ordenando que seja esquecida
Deseja a célere solução
Contrariando sua natureza então.
Obviamente, quando não existia tanta tecnologia, eu passava mais tempo entediado quando não tinha nenhum amigo pra brincar e isso me estimulava a procurá-los e vice-versa. Quando apareciam e íamos brincar, eu me dedicava totalmente.
Hoje, a tecnologia é capaz de nos entreter a qualquer momento que desejar, o problema é coloca-la à cima das interações humanas e da natureza.
Não se trata, simplesmente, de interagir por interagir. Se trata de se manter 100% presente na experiência.
E isso serve pra tudo.
Tua beleza
Se tu não fosses tão radiante assim
Eu não estaria aqui, a observar
O por do sol, as ondas do mar
As nuvens no céu, o vento soprar
Se tu não fosses tão radiante assim
Eu não estaria aqui, tão relutante
Insistindo em estudar o teu semblante
Deixando tudo de lado por um único instante
Ah, natureza!
Se tu não fosses tão radiante assim
O que serias de mim?
Sem tua beleza
Conheci uma linda morena através do display de um aparelho. O display emitia cores e nos milhares pixels, eu observei seus traços, traços esses que me mostravam todo a verdade escondida.
Aquela menina amante da natureza, e dos animais.
Aquela menina "parceira" amiga de todos.
Aquela menina alegre, do sorriso mais lindo que já vi.
Aquela menina do olhar misterioso, que brilha mim convidando a desvenda-la.
E nesse mesmo aparelho eu pude ouvi-la cantando, com aquela voz suave entoando varias canções, e a cada canção que eu ouvia me enfeitiça mais por ela. Não resisti, e cair no canto da sereia.
E o mais louco disso tudo, e que eu só a vi através de uma tela, mas mesmo assim é como se eu conhecesse ela pessoalmente.
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
A cidade do era.
Era uma vez, uma barragem,
Era uma vez, uma cidade,
Era uma vez, um povo feliz,
Era uma vez, aquele criança,
Era uma vez, aquele senhor,
Era uma vez, aquele amor,
Era uma vez, o início da dor.
Era uma vez, o jantar em família,
Era uma vez, a bela igreja,
Era uma vez, aquele escola,
Era uma vez, a quadra de bola.
Era uma vez, o churrasco e a festa,
Era uma vez, a tradição e a reza,
Era uma vez, o casamento,
Era uma vez, a lua de mel,
Era uma vez, o turista,
Era uma vez, a água pura,
Era uma vez, a manga madura.
Era uma vez, a vizinha e o vizinho,
Era uma vez, a mão e seu filhio,
Era uma vez, o amor e o drama,
Era uma vez, Mariana.
Sagradas somos!
Somos seres de luz que resplandece o infinito,
Que acolhe,
Que embala,
Que evolui.
Seres que sente, gesticula, ensina o amor.
O amor Universal!
O amor que ilumina nos mesmos e o mundo!
Salve Mãe Gaya
EU-NINHO
Como um ninho de passarinho eu me alojei em tua vida, construindo pela delicadeza dos gestos e palavras. Quantos ovos me habitarão? Um emaranhado de fios de textura gravetosa, um nicho de encantamento para os olhos. Em todas as minhas gestações de eras, meu eu- ninho que te abraça, e te permite voar. Por saber, que a liberdade do nosso amor o sustenta.
grávida a floresta adormece em gestações de eras incontidas
para amanhecer em partos originando as avezinhas e flores
é uma sinfonia de vida que pulsa no afago do orvalho
sob a gentileza do manto das nuvens e do céu
-mas Iva, cotovia não é pássaro da nossa região!
-eu sei, eu sei, mas cotovia é pássaro que canta a esperança de forma tão melodiosa, e no meu coração tem cotovia desde menina.
Eu acredito no respeito ao próximo, no amor e na extraordinária sensação de paz que a harmonia proporciona...
Me alegro com um singelo sorriso de uma criança, me esbaldo ao ver a natureza e me surpreendo ao descobrir como ela funciona...
Procuro aflorar a minha percepção em relação ao mundo, seja simplesmente sentir o vento em uma madrugada de primavera ou perceber aquele olhar de quem superou um desafio...
Agradeço ao universo por me propiciar tal encantamento.
(Flavio Bianchini Junior, 2016)
Pantanal mágico
Às vezes, penso em comprar um barco e ficar por aqui.
O Pantanal é assim, tem esse poder mágico de te fazer reflefir sobre as coisas, pessoas e o tumulto que se vive.
A necessidade de me espiritualizar se faz presente, pois aqui existe uma energia diferente, um cada dia surpreendente.
Estão nos mistérios das matas, nos cantos dos pássaros, em cada animal que se espreita, no ciclo das águas que trás e renova a vida.
São as cores únicas de um amanhecer e a beleza do sol num quase anoitecer.
Quem derá eu, viver pra sempre no Pantanal cheio de paz e tanta luz.
Eu vi o sol eu vi a lua
Eles estavam ao léu
Eu vi o sol eu vi a lua
Namorando no céu
Eu assisti os dois
Em plena madrugada
O sol acariciava a lua
Pedindo pra voltar depois
Esse lance foi no nordeste
Uma maravilha de espetáculo
Que meus olhos contemplaram
Numa liberdade sem obstáculos. Elias Torres