Versos Góticos de Amor
Pare de viver sua vida como se estivesse num filme.
Pare de idealizar seu amor em vez de encontrá-lo.
O amor não é sempre como um raio, as vezes é só uma escolha.
Talvez o amor verdadeiro seja uma decisão.
Decisão de correr risco com alguém.
Dar-se, sem se preocupar se vão dar algo em troca ou magoar você ou se é a pessoa certa.
Talvez o amor não seja algo que aconteça, talvez seja apenas uma escolha.
Salgueiro chorão com lágrimas escorrendo;
Porque você chora e fica gemendo; Será porque ele lhe deixou um dia; Será porque ficar aqui, não mais podia; Em seus galhos ele se balança; E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava; Em sua sombra abrigo ele encontrou; Imagina que seu sorriso jamais se acabou; Salgueiro chorão pare de chorar; Há algo que poderá lhe consolar; Acha que a morte para sempre os separou; Mas em seu coração para sempre ficou.
Pare de idealizar seu amor em vez de encontra-lo.
O amor não é sempre como um raio, as vezes é só uma escolha.
Talvez o amor verdadeiro seja uma decisão, decisão de correr um risco com alguém.
Dar-se, sem se preocupar se irão dar algo em troca ou magoar você ou se é a pessoa certa.
Talvez o amor não seja algo que aconteça, talvez seja uma escolha.
"Eu não te devo nada. E você não é nada para mim.
Obrigado por me curar da minha ridícula obsessão pelo amor."
Te amo... meu amor!
Trago essa rosa para lhe dar!
Eu quero encontrar alguém
que ao ver que meu amor caiu e se quebrou
não o jogue fora,
mas que, com carinho,
junte os pedacinhos
e me ajude a consertar.
O Amor de Dudu nas Águas
Estou virando uma menina
tornada mulherinha
com tanta coleirinha
de maturidade
ainda assim me sinto parida agora
tenra, maçã nova
nova Eva novo pecado.
Tudo gira e eu renasço menina
vestido curto na alma de dentro...
Deixo no mar os velhos adereços
a velha cristaleira, os velhos vícios
as caducas mágoas.
Nasce a mulher-menina de se amar
com água no ventre e no olhar.
Nasce a Doudou das Águas.
O amor maduro...
É feito de compreenção, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto
e a forma adulta de ser sublime e criança.
É sol de outono: nítido mas doce.
Luminoso sem ofuscar.
Suave mas definido. Discreto mas certo.
Um sol, que aquece até queimar.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
Eu acredito no amor. Não como uma salvação.
Mas como um prêmio de quem consegue se achar.
E se conhecer.
Cada noite que Deus dá
meu amor, que esta no céu
despetala uma estrelinha
para ver se ainda o quero.
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
Se o amor tivesse uma cor, seria a sua
Se fosse branca a cor, seria a mais bela das luas
Toda a beleza que o amor pedir, eu quero pra você
O melhor de mim.
A Fome e o Amor
A um monstro
Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!
Amor! E a satiríasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!
Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
Superexcitadíssimos, os dois
Representam, no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!
Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...