Versos Góticos de Amor

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Deixa de besteira, o ontem não vale mais. Larga de bobeira, o verdadeiro amor nunca se desfaz.

Afastarei você com o gesto mais duro que conseguir, e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove, e que sua precisão de mim não passa de fome. Acho que é isso que você não é capaz de compreender, que as pessoas, um dia, passam a não querer mais o que têm. E a gente esquece sabendo que está esquecendo.

É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.

O verdadeiro amor é o fruto maduro de toda uma vida.

Ouviu, menina? Nessa vida você tem sorte, tem muito amor ao seu redor. Você não consegue ver? Cultiva, sua boba. Cultiva e colhe flores bonitas. Perfumadas… Cultiva!

Acho uma graça essas pessoas que acham “o amor da vida” umas 5 vezes por ano.

Independente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende

Em amor, se é preciso explicar, então já não se deu o entendimento profundo, a adivinhação da verdadeira necessidade do outro.

Você agora me vai achar piegas, mas deixa eu perguntar. Você não acredita em amor?

Ninguém sabe explicar o que é o amor, ninguém vai ser feliz sem ser amado...

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

E quem foi que falou que só se demonstra amor com beijos, presentes ou serenatas?

Você me fez acreditar no amor e desacreditar dele também.

Agora eu não sinto mais nada, nem amor, nem ódio. Para mim, você não existe mais.

O amor nem sempre é proveitoso, mas a amizade sempre é.

O perigo do amor é virar amizade

Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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Eu ainda não sei controlar meu ódio mas já sei que meu ódio é um amor irrealizado, meu ódio, é uma vida ainda nunca vivida. Pois vivi tudo – menos a vida. E é isso o que não perdoo em mim, e como não suporto não me perdoar, então não perdoo aos outros. A este ponto cheguei: como não consegui a vida, quero matá-la. A minha cólera – que é ela senão reivindicação? – a minha cólera, eu sei, eu tenho que saber neste minuto raro de escolha, a minha cólera é o reverso de meu amor; se eu quiser escolher finalmente me entregar sem orgulho à doçura do mundo, então chamarei minha ira de amor.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Uma ira.

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O amor é a força mais poderosa que existe. O amor é a fruta de todas as estações.

Porque o verdadeiro Amor não é uma emoção desmedida e passageira, mas uma decisão constante e permanente, é Eterno!