Versos e Rimas

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"Sou o avesso do meu próprio caminho,
mais sutil do que meus versos,
olhar pouco traiçoeiro,
sou reticências.
Meu ímpeto coloca - se á frente da razão,
meu riso mantém - se solto e vermelho.
Nasci subjetiva e talvez eu morra assim;
com as mentiras mais deleitosas,
o copo derramando verdades impróprias,
coração repleto de amor pra esquecer.
Mergulhei no egoísmo de me amar apenas
e mais do que qualquer outro.
É preferível morrer no seu próprio mar a
ser mais um sobrevivente da falta de consciência daqueles
que nasceram apenas pra ocupar espaço.
De vazio cheio de dúvida já me basta esse que me foi designado.
Não me vacinei contra os mal intencionados e indecisos como eu,
me vacinei contra a tristeza prolongada,
contra o jeito grotesco de viver.
Só não quero morrer sem ao menos saber
por que motivo me colocaram aqui.
Não quero a vida imperativa,
quero a não definida, a infinita
- se possível."

Eu falo em forma de versos
para todos poderem escutar.

De cinza se vestiu a manha, relutando em despertar.
De melancolia, se vestiram meus versos, vendo a chuva passar...Longa e triste.

Com o adverso? Faço versos!
Crio controvérsias por onde passo,
mas os versos me perseguem.

um anjo
soletra meus versos
ao pé, duvido

Parafasia Indefinível

Quando as moscas entram na sala
As luzes se apagam
Os versos não rimam
As letras embaralham-se através dos dedos que soluçam o medo

Não há tempo no presente
O futuro que se estagnou no passado
É imediato à fome, ao lixo, ao humano
Distante da verdade
Essa verdade mundana e inconsciente.

Amor versos Ódio




Andei por muitos caminhos nublados,

Quem sabe um dia sairei desta tempestande,

E você um dia irá dizer que tive razão,

E enfim poderei viver feliz!




Quem disse que para amar

precisa de tanto saber,

O Coração sente,

O Coração Age,

finca na mente como raiz!




Percebi que de tanto amar

acabei odiando,

Odiando te olhar,

Odiando te encontrar,

E me vi em plena solidão!




Será que por entre as nuvens

eu hei de encontar o sol?

Voar em meus pensamentos ocultos,

redescobrir o mundo,

essa dor não há de persistir!




Vou colorir o meu céu de azul,

e o dia não será mais o mesmo,

serei eu e eu, em busca de mim!

5 - Meus versos livres

Perco a alma para conquistar o mundo
Para que o mundo conquistado me veja
Olhe para mim!
Grito e me finjo calado
Sou simples, mas me mostro complexo
Sou estranho como você
Tenho medos mas não os quero agora
Me falta notar amores
Não que eu não os tenha
Mas os que quero ter e não posso
Por estes realizo os primeiros versos
Faço de tudo para que estes não sejam eles mesmos
Mas sem eles o que eu seria?
Eu seria normal
Mas sou estranho como você
E como você eu quero amores
Os amores que eu não tenho
Mas por eles daria a alma
Para que no fim o mundo conquistado veja
Que não há amor que eu não possa ter
E então o mundo me amaria.

Resumo

Entre as cordas do seu violão
E os versos perdidos de um livro
Existe a nossa brevidade

Entre os sussurros apaixonados
E um abraço apertado
Reside o que poderíamos ter sido

O nunca saber,
O nunca ver,
O nunca mais sentir,
Transformou-se no resumo de nós dois

Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre palavras e versos escritos
Seu coração está sempre aflito
Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre amores mal resolvidos
Seu coração está sempre em prece.

Meus versos são vômito de indignação
Contra um país onde ninguém é racista
Mas a todo instante ouve-se o arroto da escravidão
A favela é preta!
O presídio é preto!
As calçadas e cozinhas seguem o mesmo padrão.
E na escola do Eurocentrismo
Só há espaço para o Cristianismo.
E aos negros: sobra o arroto da escravidão!

TENTEI ESCREVER MEUS VERSOS
Numa forma de cordel
Falava do homem valente
Do tipo do coronel
Que amedronta muita gente...

De um povo sofrido
Daquele homem disposto
A enfrentar a chuva e o sol quente
Trazendo a marca no rosto
Orgulho em se olhar de frente...

Que mesmo passando fome
Encantam seus amores
Plantando no chão as esperanças
Num emaranhado de cores
Para colher o futuro pensando nas crianças...

Chega noite e me acalma
Escrevo meus versos com a Alma.

Na maioria dos versos que faço...
Existe um pouco da minha trajetória...
Enfrentando vitória e fracasso...
Vou construindo minha história.

Você foi inesquecível
Meus versos são para você
Meu coração sempre vai te pertencer
Eu ainda choro por você

Tento te ver
Mas acho eu vou enlouquecer
Você me faz tremer
Sem ti não sei viver

Sinta-me com todo prazer
Estou a sua espera meu bem querer.

Musa

Voz suave que revela o lamento da sereia,
Hipnotizando quem ouve os versos emanados.
Cabelos negros como uma noite sem lua,
Que revela nela os segredos guardados.

Olhar que abre uma porta direta ao paraíso,
Levando beleza aos que a ela admiram.
Perfeita estatura e um brilho no sorriso
E até mesmo os anjos por ela caíram.

Dias de Angústia

Se não queres chorar não leia
Pois nestes versos no qual escrevo
Derramo meu pranto e transpareço minha angústia
Não peço que tenhas pena de mim
Apenas escrevo para ver se minha tristeza terá fim
E se não acabar, irei continuar
Até a morte chegar, ou até eu me esgotar

⁠Ventos se cruzam soprando palavras
sons difusos vindo de longe
pedaços de versos do inacabado poema
letras soltas a bailar no espaço.
(24/01/2011)


Lúcia Farias

⁠Não posso fazer voltar o tempo
Todas as letras e versos se perderam no vento
E não há mais nada a ser dito
Foi tão doce e bonito
Acreditar que havia um paraíso para nós, cá dentro dos nossos suspiros
Livres naqueles lençóis
Não quero mágoa e rancor
Foi só um risco de amor, nada mais
Quisera eu ter desistido no momento que me faltou a paz
Mas minha teimosia e rebeldia, me faziam acreditar que podia
Não, não posso fazer voltar o tempo
Para partir no primeiro olhar de lamento
Logo serás alguém de quem nem me lembro
E tudo terá se dissipado, a contento, no tempo, cá dentro de nós, não mais que um momento.

Obsessão em Versos

Num labirinto de talento e tormento,
O ser se perde, em um dilema lento.
Um fantasma, meio louco a dançar,
Distância pede, no seu próprio mar.

Criatividade, ameaça em sua essência,
Profundo, um pensamento em sua presença.
Saúde mental, busca incessante, em vão,
Pensamentos apressados, em turbilhão.

Rotinas repetidas, âncora em agonia,
Sobrecarga iminente, a mente vazia.
Meio falso, mantendo uma fachada,
Distúrbios ocultos, numa dança apressada.

No quarto, um canto de solidão,
Diálogos estranhos, em sua própria mão.
Balões no alto, símbolos de liberdade,
Medo prende, na sua própria verdade.

Diferente e normal, em conflito a vagar,
Entre balões e medo, a se equilibrar.
Comunicação frustrante, resistência persistente,
Silêncio clama, na mente incessante.

Quiet, quiet, quiet, em um apelo calado,
Deixe-me só, no silêncio, meu legado.
Rimas ricas, como fios a entrelaçar,
A complexidade da mente a rimar.