Versos e Rimas
A mulher...
A mulheres são fascinantes
são versos de poesias
nos olhos tem os brilhantes
que ilumina os nossos dias.
Doce é tua voz aos meus ouvidos
Feito mel são teus olhos,
São poesias tuas palavras
Versos que formam poemas
Música que toca em mim.
Caneta
Deixas no papel estampas do meu pensamento,
Acaba-se dignamente em matemática e versos.
Tens alma viva em sentenças proferidas e registradas.
Na força extrema ainda dá fé,
E ao morrer num poema,
A tinta trêmula busca a reticência...
Esforço final pra dizer que
O show sempre vai ter sequência.
“” Um dia deixarei meu legado
Em tantas palavras
Deixarei meus versos
Para saberem que nunca desisti
Milhões de vezes eu rimei por ti...””
Ocultei versos nas reticências de algumas frases. Ocultei cálices, melodias, poesias, silêncios, encantos, notas musicais, amores, prantos, risos. Por não querer provocar em ti a mesma bagunça que advém de mim.
Eu queria dizer muito sobre algo ou dizer pouco sobre tudo. Nas reticências do ‘Oi... ’ existe um universo de interrogações, exclamações, vírgulas e mais reticências... Sempre reticências. Talvez seja porque eu não leio o que foi escrito e às vezes até escrevo ás cegas pra não cair na tentação de usar a borracha sem cessar.
Sei que é preciso dizer, eu escrevo pra desancorar. E nesse naufrágio de palavras eu me afogo de tanto hesitar. Também gostaria que você percebesse. Os olhos também leem ações. Você lerá.
[Aposiopeses]
Entre sois sós, nós.
Entre vos há nós.
Entre vozes há versos.
Entre sós há sois.
Entre olhos, universos.
Entre em ti, e veja que.
Entre o agora e o após.
Sós, dirão à nós.
Somos mais que sois.
Entre luz há vista.
Entre vãos há vento.
Entre ventos, vozes.
Que falam de nós.
Sempre componho meus versos
Na esperança de que as palavras curem e
sarem as feridas da minha alma .
Eu ainda insisto em acreditar
que quando temos fé e absorvemos o
que nos eleve
Todo o mal que nos pese
É desfeito com calma e
a tão sonhada paz em nós
volte a reinar.
Não há versos sem teus olhos
não há festa sem tua boca
não há cheiros nem graça,
não há flores sem teu perfume
não há palavras com teu silêncio
não há olhares sem teu corpo
não há dança nem música,
não há toques nem chamego
não há sorrisos nem esfrega,
não há lero-lero nem te quero
não há sonhos nem fantasias
não há calor na madrugada
não há lençol, cama amassada.
Não há beijos de até logo
não há chau na despedida
não ha lembranças sem teu nome
não há nada quando some.
MINHA SINGELA POESIA
Escrevo frases soltas
Sem sentido oculto;
Versos livres
Sem atavismos literários;
Impressões fugazes
Sem intento definido.
Minha poesia não deve ser interpretada;
Deve ser sentida!
Meus versos simples
Não propõem discussões:
Falam de sentimentos simples
Que um pequenino raio de sol
Reflete na multidão!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
CANÇÃO DA PAZ
Se o sacrifício de minha vida
Valer o silenciar da voragem
De um mundo consumido por guerras,
No altar da inconsequência humana
Imolarei meu corpo,
Para que a curta existência
De um pobre mortal,
Guerreiro de si mesmo,
Seja espalhada aos ventos
Pelas sendas de um mundo
Onde homens de corações flamejantes
Incendeiam sonhos de paz!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
N'ALMA DO POETA
N'alma do poeta nascem versos de valor.
Nascem bonitos poemas,
Com aromas e sabor;
A mente do poeta é como um jardim em flor.
É como biomas em equilíbrio.
N’alma do poeta nasce também o desejo.
E como ávidos ramalhetes de flores do campo,
Anseia do Colibri,
O beijo.
09.02.16
Encontro com a poesia
Se estes versos te encontrassem
Perdida, sem rumo, te chamassem
Eis a libertação dos teus entraves
Em poesia, verso, rima e frases
Siga-os, adentre num mundo a parte
Navegue na escuridão dos pensamentos
Desembarque na clareza dos sentimentos
Esqueça seus planos, antes que seja tarde
Faça do seu destino uma consequência
Mas não se culpe por essa influencia
E somente agradeça a essa oportunidade
De mostrar ao mundo a sua outra metade
Mostrar-se de dentro pra fora; desnudo
De todo tipo de inverdade e destituído
Dos medos que atormentam o mundo
Respirando a arte e vivendo destemido
Recuperando os sentidos já esquecidos
E destruídos pela pobreza da modernidade
Desumanizados, segregados pela sociedade
Que sempre nos tornará seres desconhecidos
[VAIDADE]
No teu verso
Em miúdos alfanuméricos
O prazo de validade.
Nos meus versos
Em graúdos suspiros
A saudade.
DA TRIBUNA DA POESIA
Da Tribuna da Poesia
faço versos, cantoria,
mesmo sem saber cantar;
somente p'ra te exaltar,
para espalhar teus encantos
aqui e em outros recantos,
oh meu amado Pilar!
Da Tribuna da Poesia
canto com gran valentia
a dor sentida do povo,
o sonho de paz, o renovo,
a esperança contida
num olhar de uma criança
e a força que não se cansa
da juventude na vida!...
Da Tribuna da Poesia
canto de noite e de dia,
canto de forma concreta
o desejo de poeta
que é sempre poder cantar!
Canto a terra e canto o povo
e torno a cantar de novo
o meu querido Pilar!
Livre in versos
Não aprisione meus versos
Já não são mais seus...
Talvez tenha sido um dia
Mas agora são do mundo.
Não queira tomar posse
De algo que não é seu
Assim como um dia fui sua
Meus poemas "eram" seus.
Deixe os soltos pelo vento
Seja de quem os quiser...
Não enjaule um passarinho
Que nem sabes de quem é.
Meus versos são como vento
Vivem soltos por aí...
Só os sentem quem quiser
Se não quiser deixe os seguir.
São meus versos liberdade
Nas asas dos passarinhos
Seus desejos, serem livres
Livres, fora do seu ninho.
Pobre versos vazios
Sem lenço e sem documento.
É, realmente eu não entendo
Meu Deus, pra quem eu estou escrevendo?
Mais vazia que a oficina do diabo
Mais idiota do que as músicas do Pablo.
Deus, perdoa tudo isso
Meus amigos são invisíveis e virtuais.
Vi rosas correndo
vi flores voando,
vi cores e rios
vi pássaros e luar
Vi versos atravessando as ruas
vi músicas cantando,
vi o tempo passado a minha frente
vi o presente e o passado
juntos,
vi que sorriam e brincavam feito criança
me perdi e me achei no tempo.
Vou fazer meus versos livres,
Como o voo do quero-quero;
Me lembrar do amor que tive
E da flor que ainda espero...!
Estou munido de versos e frames,
minha alma porta por arma o amor,
meus inimigos são a insensibilidade,
a ignorância, a vaidade e o torpor.