Versos e Rimas
Voe...
Voe porque a tempestade sempre fica,
quem passa por ela é você.
Voe...
Voe e se defenda
bata teus versos contra os que
te querem engaiolar.
Voe...
Voe e se proteja.
A armadura do passarinho é a asa.”
Jeitinho brasileiro
Com alegria no coração
E na mão o pandeiro
Sorrindo mas devendo um dinheiro
Esse é o jeitinho brasileiro
Querer estar bem e desejar o mal alheio
Esse é o jeitinho brasileiro!
No domingo churrasco é certeza
Olha só que beleza!
Odeia manifestação
Mas não entende o porquê de não receber o dinheiro
E se o egoísmo fosse tangível,
Só seria algo visível se fosse em dinheiro
O mesmo já existe,
Ah, o jeitinho brasileiro...
Que reclama de todos os políticos
E mesmo cortando fila por aí se sente um crítico!
É difícil falar de algo que sou
Somos na verdade, brasileiro
O que não nos diferencia do mundo inteiro
Que só corre atrás de dinheiro!
- Oliveira RRC
É tão bom ,te amar
E contigo sempre sonhar...
Não quero mais, acordar
Se for um sonho não quero acordar...
Era uma vez,
Uma garota que queria encontrar o Amor,
E quando pensa que encontrou,
Ganhou um coração partido,
Submergiu no mar da desilusão,
Com o principe que era um dragão,
Cuspiu fogo,
Queimou os nossos sonhos.
O amor verdadeiro é aquele que,
Não te prende; te abraça.
Não te humilha; te elogia.
Não te machuca; te cura.
O amor verdadeiro é livre.
… deixa a porta aberta, sabendo que você pode sair.
Mesmo com toda essa liberdade, o amor fica!
Nota,
Não me notas,
Ainda que te escreva em tudo,
Tu me bota no mudo,
Enquanto,
Meu coração grita,
Seu som do silêncio é tão forte,
Que escorraça,
Sútil,
Nada,
Quebrou as taças,
Quebrou a vidraça,
Me estilhaça.
A consciência escureceu,
Virou uma bola,
Parou na garganta e ficou,
O tempo se encarregou,
Expeli a dor,
Devolvi teus pedaços,
Em cacos,
Me reconstrui,
Em estilhaços,
Taça quebrada,
Vinho em vinagre,
Mas,
Nada nem ninguém muda o que vivi,
As marcas ficaram,
Tatuagem,
Cicatriz.
O mundo me dói,
Como uma apunhalada pelas costas,
Nada mais faz sentido,
Perdi o juízo,
Tudo que cria perdeu-se,
Desconstruiu-se,
Escorreu como lágrima,
Molhou-me o rosto,
Desgosto,
Engarrafado,
Contido num maço,
Num posto,
Em março,
Se alastra,
São só fugas,
Entre copos, fumaça e corpos,
Me aperta o cardio,
Me enjoa,
Virá pó,
Me assola a Alma,
Tira-me a calma,
Que a cada respirar se esvai,
Fico trêmula,
Inerte,
Inútil,
Misturada à esse mundo fútil,
Rebordose,
Vivendo ao inverso dos versos que um dia fiz,
Da vida que eu quis,
Como dente-de-leão,
Sopro de "Bem me quer, mal me quer",
Esvoaçou,
Em partículas se tornou,
Fragmentou,
Desmoronou.
Liberdade condicional,
Uma vida tão banal,
As correntes,
Não me deixam andar pra frente,
O capitalismo aprisiona,
Egoísmo e egocentrismo ocasiona,
As pessoas estão cheias de si,
Mas, vazias em sua companhia,
Ensurdecem,
Brigam,
Gritam,
Se impõe,
Se expõe,
Redes sociais são para isso,
Aprovação?
Se torna missão,
Dia-a-dia,
Essa agonia,
Contabilizam-se os likes,
Morre-se aos poucos,
Perde-se a humanidade,
Troca de olhares,
Onde estão os exemplares?
Prefere-se olhar para uma tela,
Sem brilho,
De olhares parados,
Sorrisos falsos,
Povo embriagado,
Ludibriado,
Nome do alucinógeno,
Tempos modernos,
Liquidez,
Nada dura,
Nada perdura,
Tudo se vai,
Escorre,
Perde o juízo,
Na velocidade da luz,
Millenium Falcon,
Sem rumo,
sem prumo,
Sumo.
Sou um Grito de Arte,
Uma escritora falida,
Num estrondo de silêncio,
Ensurdecedor,
Minha Arte vive em mim,
Mas, não posso viver da minha Arte,
Sou um Grito,
Estrondoso,
De silêncio,
A vida é uma violência à minha inteligência,
Onde todos os dias,
Sou violentada à deixar a esferográfica de lado para os versos,
E colocá-la entre os dedos,
Para melhor atendê-los,
Essas são as grades do capitalismo selvagem,
Onde,
Um uniforme, para alguns é capaz de ditar regras de julgamento,
Onde deixo meu mundo das ideias,
Escritora que sou, para escutar insultos,
Falta de educação, falta de empatia, não de todos,
Mas, de muitos,
Que julgam-se melhores por estarem por detrás de uma mesa...
Ou com um crachá de cargo à mais,
Tanto faz.
"E existe beleza no sofrimento?
Eu me pergunto a cada verso que escrevo.
Se existe beleza na solidão, então não há nada mais belo que, o todo que eu vejo.
Se existe, então só vejo beleza, quando me olho no espelho.
Solidão e sofrimento é tudo que eu vejo.
Sofro com o vento, pois, ele me traz seu cheiro.
O cheiro da pele e o macio negro dos seus cabelos.
O casal do desespero.
Solidão e desejo.
Fecho meus olhos e é só você que eu vejo.
A noite cai e com a penumbra, vem meu desalento.
No escuro do meu quarto me vem o questionamento.
Existe beleza no sofrimento?"
Todo ser humano possui dois lados,
Um é o que enxerga plenamente,
Outro é seu ponto cego,
Dentro deles,
Qual o certo?
O que vê com a retina?
Ou o que vê com a neblina do que é sentir?
O que seria do ser?
Se não houvesse a doutrina?
E o sentir fosse o centro do ser?
A distância mede exatamente a proporção do desejo,
O tempo do reencontro,
mede exatamente a intensidade dos nossos corações,
Que se entrelaçam,
Como uma dança,
O beijo que transpassa,
Física Quântica,
Energia,
Perto de ti eu derreto,
Como se meu corpo se desfizesse em micropartículas,
Cada uma com uma cor,
Cada uma vibrando com a intensidade do nosso calor,
Como se o mundo parasse,
E eu não me importasse,
Só quero ficar,
Que se dane o relógio,
Quero me envolver no teu cheiro,
Nos seus cabelos,
Boca macia,
Universo paralelo,
Pra onde eu quero voltar,
E novamente contigo,
Fazer o tempo parar,
No toque, no gosto, no cheiro...