Versos e Rimas
TÃO POÉTICO E SUAVE
Tão poético e suave se apresenta
Um verso, quando, então, poeta
O amor. E que a paixão completa
Com suspiros e emoções secreta
Sente-se louvada e mais profeta
A sensação, mais cheia de meta
De acaso, que na rima se aquieta
Sobre a alma de graciosa faceta
Fascina tanto a quem lê e tanta
Fascinação enfeitiça e encanta
Que não o crera quem não lera
Dos seus versos emanar parece
Cânticos ternos que enternece
O sentimento cheio de quimera.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16/10/2024, 12’05” – cerrado goiano
História do valente Tenente Antônio João:
Na vastidão dos campos da Colonia dos Dourados, Ergue-se a história de um bravo soldado. Tenente Antônio João, nome que ecoa, Na memória de um povo, sua história ressoa.
Quatro nações em guerra, um conflito sul-americano que parecia sem fim, Brasil e Paraguai protagonista desta história, defendendo seu jardim.
Na Colônia distante, o tenente se ergueu, Com uma dúzia de homens, seu destino escreveu.
Cem inimigos à frente, sem hesitar, Antônio João e seus homens prontos a lutar. “Sei que morro”, disse, com coragem no olhar, “Mas meu sangue será protesto, a Pátria a honrar.”
O chão da Colônia dos Dourados, com sangue regado, Testemunhou o sacrifício de um herói consagrado. Seu nome gravado na história, jamais esquecido, Tenente Antônio João, o valente, para sempre querido.
VERDE.
Quando se ouve um trovão
dos vocais da natureza
é sinal que a irrigação
vai suprir nossa represa
e quando chove no sertão
a riqueza vem do chão
e é servida em nossa mesa.
Quem vive da plantação
no peito tem a certeza
daquele que ara o chão
não falta nada na mesa
quem é filho do sertão
é herdeiro da natureza.
INCÚRIA
Um dia a conta chega
E a ficha cai
O chão desaparece...
O equilíbriose esvai
Há sempre um preço a se pagar
Há sempre um erro a se acertar
Tanta incúria
Recebe a fúria
No vindouro, amargura
Agouro de agora é alguria
A mágoa no peito perfura
Contorce a procura da cura
Cara é cada dose... cada dor
Cada angustia também
E cada passo rumo ao seu futuro.
É uma vida que se refaz e desfaz seu monturo
Duro é o caminho em que se volta
Ao pisar nas pedras de sua ruína
Quando a liça é puramente genuína
A colheita no interior é a paz
AS LENTES DO OLHAR.
(Soneto)
Duas vezes que aprende-se a olhar:
A primeira é quando se fala e o mundo
Vai criando forma bem devagar
E Deus diz "haja luz" e vemos tudo.
Na segunda vez é que se define:
Vê-se o contraste entre o real e o mito.
Esperamos que o caos se desatine...
Não ficamos só a espreitar o Espírito
Que sobre a face do mistério adeja
- A abismada face da inocência -
Num assalto mergulhamos mais fundo.
Aprimorando as lentes do olhar, veja
O Espírito que agora adorna o mundo
Amalgama o novo na consciência
Há um ar de tristeza quando chove
Frio, saudade e muta solidão
É uma melancolia que nos absorve
Nessa úmida desolação
Estamos nos reinventado
Erguendo dos escombros
Não deixe o assombro
Pesar-lhe nos ombros
À sombra do tempo
Plantamos a esperança
Eu te dei todo amor que eu pude dar
e recebi de você o amor mais puro
te disseram que eu andei pulando o muro
do castelo que fizemos pra morar
e você achou por bem acreditar
e nunca mais foi a rainha que sonhei
e quem disse pra você que eu errei
já tinha feito tudo de caso pensado
e a quela amiga que acabou com teu reinado
hoje anda de mãos dadas com teu rei.
E do fogo nasce uma fagulha
Fui desarmado então luto com unhas
Sinto o mar nos pés e quebra a onda
Olho pra cima pra luz, não pra minha sombra
Eu sei sou pecador!
No rio sou pescador!
Lutei briguei com a dor!
Pra ressurgir o amor!
E do gogo nasceu uma fagulha
E do fogo nasceu uma fagulha
E do fogo nasceu uma fagulha
Antes de eu ser pra alguém
Quero ser alguém pra Deus
Tô na corrida, mas ando sem pressa
Abri minha vida pra fechada certa
Já me senti tão longe
Agora me vejo de perto
Olho menos pra fora
E penso mais no interno
Mais fé no rumo e hoje vivo por uma verdade
Achei a chave da vida e me libertei das grades
Que prendem os pensamentos e sequestram a paz
Mete o pé serpente, eu vou ouvir o meu pai
E do fogo nasceu uma fagulha
E do fogo nasceu uma fagulha
V- iver é muito diferente de apenas
E- xistir, como é bom poder
R- ir e chorar! Ser por querer
O- melhor da vida é se expressar
N- avegar no mais profundo do
I-nconsciente,vivendo o presente. E
C- rer que o nosso existir de
A- manhã será um novo Ser. Seja
Sou um desmedido paradoxo
em cântico!
Sou um monge descabelado...
Um arlequim tristonho...
Um amante não amado
Um Cristo sem paraíso...
E bandido
SIGO...
Pela vida desamparado
O único remédio que tenho
É o meu verso
E às vezes este mesmo verso
que canto
Me machuca tanto
Feito aço enferrujado
Venho de um povo valente
dos valores culturais
sou da terra do Oxente
dos sofrimentos reais
em cada passo temente
tenho medo da enchente
mas da seca eu tenho mais.
Se adormecer
Contive-se a angústia
Renascida em mim
Ao despertar,
Não teria quê remediar
A melancolia que sinto
Ao acordar.
Quero sentir a superfície da tua pele,
fazer parte da tua atmosfera,
poder contemplar a tua beleza sublime,
as tuas nuanças, a tua sinuosidade,
aproveitando de uma maneira precisa e emocionante
como se fossem lindas nebulosas,
logo, o meu deslumbramento seria constante,
desbravando o universo que habitas,
certamente, violaríamos a lei da gravidade,
ficaríamos orbitando numa sensação de felicidade que fluiria de nossos âmagos,
portanto, o nosso deleite seria o meu oxigênio,
a tua vontade recíproca mataria a minha sede
e o meu apreço por ti, seria o meu alimento.
Concordo que há um tom de exagero nestes meus versos,
entretanto, acredito que sejam adequados, considerando a expressividade da tua veemência,
a tua preciosa austeridade, além de demonstrarem em palavras o quanto que a tua existência é necessária,
uma linda e intensa mulher
que aquece a minha alma.
Faz com que perca palavras.
Deixa seu cérebro em um completo vazio.
Coração despedaçado repleto de perturbações sem destino.
Tentar entender a jornada é difícil.
Percorrer seus passos sem dúvidas é um prejuízo.
Discutir sobre o certo e o errado, apenas perda de tempo.
Por que tantos porquês?
Continuo perdida em pensamentos, confusa com meus sentimentos.
Bateu um arrependimento perceber que estava existindo, não vivendo.
O OLHAR.
O cuidado é essencial
é a fonte pertinente
não seja individual
fique na linha de frente
a tempestade é igual
mas o barco é diferente.
FOCO.
O Brasil não se acovarda
firme na sua conduta
seja de jaleco ou farda
tem a força absoluta
quem pode se resguarda
quem não pode vai a luta.