Versos e Rimas
A MUSA
A poesia de seus olhos
Superam até os versos de Shakespeare
O mel dos seus lábios
Tem mais sabor
Que o mais doce dos néctares
O encanto do seu sorriso
Tem mais beleza
que a mais bela das pinturas
A sua voz
É mais sublime
Que a Nona Sinfonia de Beethoven
Você é mais deslumbrante
Que a própria Lua
Você me fascina
Me envolve
Me encanta
Me cativa
E tem meu insensato coração
em suas mãos
Versos do coração
Procurei o teu rosto em cada canto da casa, mais ai, esbarrei com a solidão e a encarei de frente e fui derrubado;
Depois tentei impedir a tua chegada repentina que passeia vagarosamente nas minhas memórias;
Não tenho forças para eliminar este amor que mora dentro de mim, não consigo parar de alimentar o que no fundo, no fundo, será mais uma ilusão;
Só me resta neste momento desafogar em palavras, o que está preso no meu coração.
as vezes eu lhe escrevo
os versos mais lindos
palavras que expressam
o amor da minha alma
mas faço com os papéis
o que eu queria na minha mente
te jogo fora
meus sentimentos numa sacola
todo meu amor
sendo pisoteado
sem pena
sem remorso
tu é o único
que eu prefiro olhar
do que a luz do luar
aquele que eu mais amo
mas dava a vida
pra deixar de amar
Versos
Todos somos versos
Alguns são versos ditos
Outros escritos
Mas sempre previstos
Na alma
No coração que transborda sentimento
Que procura por consentimento para ser livre .
Sereno
Serei em palavras
Em silencio inspirado
Versos e olhares
De aspirações do norte
Do meu caminhar
Do meu expressar.
SEM PALAVRAS.
Todo poeta escreve versos magníficos,
Quando não é para si mesmo ou pra ninguém.
Sua mente é uma profícua fonte de estrofes e rimas.
Mas se o amor o toca – E isso é quase um milagre, porque o poeta vive para encantar somente os amores alheios – sua mente se apaga, as palavras se vão no vento,
E ele se vê perdido num quarto sem portas ou janelas.
É porque o seu coração se expandiu e ultrapassou as fronteiras do seu corpo e sua alma.
Ele rouba todas as palavras e lá elas perdem o sentido.
Porque o coração não se expressa com palavras;
No seu mutismo de paixão e amor real e de sentimentos verdadeiros.
teu gosto!
Me perdi
na arte
dos teus lábios
Me encontrei
nos versos
do teu sorris
Te senti
no embalo
do meu abraço
Te deixei
à beira
do perigo
Me fiz
tua lua
meio a janela
Te busquei
nos cantos
da minha casa
Me permiti
invadir
o teu gosto
arranhar
tua
voz
e
beijar
teu
pescoço
largo
cheiroso
e gostoso
me deixei
soltamente
em tua cama
e pedir
por
teus beijos
toques
afagos
te prendi
entre as
pernas
olhei
em
teus olhos
Nossa, que olhos!!
encostei
minha boca
na tua...
beijamos o melhor beijo
naquele momento
ardentemente gostoso
porque
encontro dos bons
só acontece se for
sem pudores
QUEM É O POETA
O poeta não é só as palavra
Que escreve;
Não é só os versos
Que completa ...
O poeta é a emoção que
Que doe no peito,
É o grito que ficou preso na garganta;
É a lágrima que mareja dos olhos;
É o medo do futuro
E a esperança de dias melhores.
O poeta é tudo que escreve;
O poeta não é todo mundo...
Mas diz o que todo mundo
Queria dizer...
"Não vejo sentido.
Das minhas frases e versos não quer ser o motivo.
Não quer que eu seja dono desse sorriso.
Mas é nesse sorriso que me inspiro.
Não faço sentido.
Quando você está em meus pensamentos, eu delírio.
Perco o sentido.
Minha paixão reluz sua perda e tua companhia é o meu vício.
Poemas e frases de amor, pra quê tudo isso?
Sendo que, no fim de tarde, não te tenho comigo.
E agora?
O vazio se tornou meu vício.
O desespero meu amigo.
E meu próprio coração, um inimigo.
Olho ao longe, vejo tudo, mas...
Não vejo sentido..."
Inscrição
o brilho é o leve
júbilo
que sustenta os versos
ainda que sejamos obscuros
e nenhum nome
sirva jamais para dizer
o fogo
intuição
todo conto tem um ponto
toda treta um desconto
os versos tem diálogos
todos eles seus catálogos
todo olhar tem emoção
e as palavras convulsão
da ilusão se tem o sonho
do silêncio o som enfadonho
toda inspiração as suas trovas
de quem do amor tenha provas
e assim se valsa na ilusão
do limite de o sim e do não...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro
Tentei criar uma conclusão
Para toda uma emoção
Mas cabe ao meu coração
E não em poucos versos paralelos
O que sinto e penso
Mas resumirei um dia
O que eu sentia
Achei teu poema tão acolhedor,
pensei em versos de acalanto.
E ele Jas um cobertor,
aquecendo e secando o pranto!
Sozinho
A inexistência atua na ausência
As coisas já não mais reluzem
Versos já não mais traduzem
De versos românticos
A versos sem cânticos
Da vida mais farta
A vida barata
Já perdi o apurado cônscio
O ensurdecedor silêncio
Já é vazio nesse acúmulo
Agora escrevo ao meu túmulo
A vida não deixa as coisas baratas
Então mesmo com um buraco no peito
Tenho esperança que do nada
O infinito seja feito
Sou muito egoísta !
tenho minha solidão e
não abro mão tela.
Sem ela fico sem os
versos, nem se atreva
a tomar o seu lugar.
INANIA VERBA
Ah! Quem há de querer, meus versos vazios
O que a emoção não diz, e a mão não poeta?
Cânticos numa só tormenta, em uma só reta
Que lamenta, sangra, porém, se tornam frios...
A quimera agita, regurgita, e na alma espeta
A rima espessa e torta, sem simétricos feitios
Abafam a ideia leve, sem os olhares gentios
Que, calam o espírito, num augúrio profeta
Quem o molde o terá pra encaixar no fado?
Ai! quem há de expor as frustrações malditas
Do sonho? que anina e não mais se levanta...
E a inania verba muda, e o amor ali calado
E as confissões que talvez não sejam ditas
No silêncio, emudecem, atadas na garganta.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, início de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando