Versos e poesias para Encontro
Encontro todos os dias pessoas ensimesmadas e tolas desejando "chuva de bençãos" e que o Criador "ilumine-os" e fico imaginando. Quem foi que passou tal crença, destes fenômenos pro's, sobreviventes terrenos?
Todas estas ações e outra possíveis, são de parâmetro meteorológico ou de caráter ilusório.
O Criador jamais agiria ou agirá nos dogmas, o ilusório humano.
“Suplício da saudade”
— Revisando meus guardados,
em um baú juncado,
encontro junto a uns papais envelhecidos pelo tempo, bilhetinhos, que escrevi com carinho, enviados como recado
— Aquele feixe de papeizinhos, envolto com cetim e um delicado lacinho,
que devolvestes do que restou de nós dois
— Que no clima quente da paixão rabisquei, coloquei no papel,
o amor que amei
— Quando os olhos teus
iluminou os olhos meus,
e feliz fiquei
— Escrevi doces palavras,
que em sussurros escutava enquanto loucamente te amava
— Errei, ao dar atenção em demasia ao coração,
enxergando somente o momento, sem esmiuçar o sentimento, o depois, e falhei
— Vivendo na utopia do amor, restando só a dor que saboreei,
posso garantir,
não agradei
— Restituiu totalmente as mensagens, só não devolveu o amor que devotei
Rosely Meirelles
Junto ao Horto -
E é aqui,
Senhor,
em horas
d'agonia,
horas-desespero,
que encontro
neste mundo
o meu lugar.
Junto ao Horto
da angustia
do vosso altar!
Só aqui me
vejo!
Ai, Senhor,
Senhor,
que me sinto
morto,
sem Luz!
E onde estás
Tu,
que de Ti
me não vem
a menor
consolação?!! ...
Ai,
meu pobre
Coração!
Navega perdido,
sem estio,
em Eterna
solidão!
Senhor,
perdão!
Se estás aí
e Te não vejo,
perdão!
Meus passos
solitários,
baços,
ingremes,
carregam
pecados
de Seres que
ja fui,
alados ...
Mortos
que não
morreram
em meu corpo
naufragados!
Angustia
de Seres calados,
em mim,
sufocados!
Desejos
que d'eles desejei,
indesejados ...
E meu fim,
Senhor,
te peço,
p'ra quando
esse-meu fim?!
Tão pedido,
desejado,
prometido?!
Levai-me,
Senhor,
levai-me
p'ra donde
eu vim!!!
A magia que separa o encanto do desencanto é frágil...
Me encontro sem lugar no mundo, perdida estou...
E aqui estou, perdida em mim...
Quero pausa na vida, no caminhar, nas convivências...
Quero um tempo diferente...
Quero só observar...
Quero, ou melhor, preciso respirar!
Para quem sabe voltar a mim...
Ou partir para algum lugar...
Flávia Arifa
A alma de toda criatura anseia pelo encontro com seu criador.
Seu espírito é o portal que os levam à esse contato, mas a maioria não se rende.
Alguns preferem as trevas porque suas obras são más, alguns por covardia, já que sentem medo de ter um chamado e serão obrigados a largar tudo, vender tudo, abandonar tudo...enfim.
Outros são frios, sem amor, sem compaixão...carregam ódios, mágoas, invejas, ciúmes, e matam facilmente o que é bom dentro de si.
Rara é a alma que transcende! Que vai à esse encontro! Que abraça o divino!
Essa é a busca mais intensa...e poucos encontram.
JOGO DE PODERES
Na chama da esperança reluz meu caminho.
No doce de encantos, encontro-me bem-mal.
Na brasa da paixão, minha razão só-racional.
Vou passeando entre todos, mas só, sozinho.
Em avenidas de flores vou tropicando; miúdo.
Mente e coração entrando numa competição.
Ao fundo se escuta breve lampejo de canção,
Vislumbrando o amor que sobrevive conteúdo.
Como lobo velho uivando para só amar, amar.
Coração desgarrado da mente pede alimento.
Desta' que a mente vai obedecer, mente e' ar.
Ar límpido que clareia quando o coração, não.
Pessoas, avenidas, flores, pessoa... só e' dor!
Se mente não cuida, coração desafia coração.
poeta_sabedoro
Encontro desencontrado -
Não te via há tantos dias
quando tristes nos cruzámos,
passeando pela rua, noite fria,
nem tampouco nos falámos ...
Ao teu lado, outro Alguém,
acompanhava os passos teus!
E nessa hora, intensa, de desdém,
fixaste sem pudor os olhos meus ...
E abrandámos o passar ...
Em silêncio recordámos o Passado
e partimos sem falar ...
Recordei o meu tormento,
solidão que me deixaste
num falso juramento ...
Confusão -
Não sei em que estado me encontro!
Não sei se te desprezo, se te amo, se te quero …
Há em mim um estranho contraste, desencontro,
encontro, reencontro - não sossego!
E quem me falta encontrar
neste mundo de desencontros?!
Talvez alguém a quem amar
como em antigos contos …
Mas onde procurar?!
O amor não se procura – dizem as gentes –
há-de se encontrar …
Então há que esperar!
Mas até quando esperarei?! …
Vejo o tempo a passar … passar …
Regresso à Solidão -
Vou alto! Tão alto!
Quão alto me encontro!
Pela Vida, sem asfalto,
poeta vivo, poeta morto ...
E batem palmas
aos versos que me rasgam ...
Tantas, tantas Almas
que me escutam e aclamam!
E por instantes, não estou só,
instante que será breve,
tão breve que dá dó!
Súbito, viram costas, fica nada,
e eu, novamente só,
que dó, regresso a casa ...
Outro poema sem rima.
Te encontro nos textos que leio, nas músicas que ludibriam meus ouvidos, toda vez que fujo de te procurar.
Você me fez parar de assistir os filmes de comédia romântica que gostava de ver nas tardes com minha mãe, você está em tudo que minha visão pode alcançar, até quando meus olhos se fecham, você está ali.
Meus amigos me dizem para esquecer você, e eu só te quero, quero igual o precisar de respirar, você está em tantas coisas que não sei explicar.
Assim o pranto toma minha noite, eu queria a alegria mas idealizei que você é ela, imagino que minha felicidade é o que eu quero querer, e minha vontade é estar feliz com você, sempre vai ser você.
Aquele beijo
No encontro casual
nos teus lábios oferecidos
percebera as intenções
e devolvera meu recado:
desfechara o meu sorriso
e praticara meu pecado...
Oh beijo!
"Prazer-deleite" cobiçado;
foras gáudio e gozo desejado
enfeite puro e profícuo
ato cúmplice delicado
do amor por nós trocado!
Em meus sonhos
Você apareceu, um encontro inesperado.
Olhares que se reencontraram, elo de energias como imãs.
Um sentimento novo, sem explicação.
Nossas almas se encontraram, profundamente.
Agora sei que existe, onde estará?
Talvez só em meus sonhos.
( Edileine Priscila Hypoliti )
( Página: Edí escritora )
UM DIA AMOR
Se eu pudesse andar descalça
Neste caminho de silvas
Ao encontro da tua voz
Com o sol tatuado nos olhos
Enterraria o meu corpo no chão
Para que nele te deitasses
Sempre que queiras como uma nascente
Que mata a sede de quem a tem
Nas noites, nos dias em que te tenho.
14/06/21
Dezoito dias se passaram...
Não encontro palavras para expressar tamanha dor que dilacera o meu peito.
Tenho tentando aceitar e entender tudo o que aconteceu, mas é muito difícil... Dentro do meu coração, ele estará vivo para sempre, mesmo que eu não o veja e não o toque, sentirei sua presença viva perto de mim.
Nas mãos de Deus está as nossas vida, a Ele pertence o nosso pensar, a nossa alegria e o nosso viver.
Encontro
No caos em que se perdeu
Banhou-se na tempestade
Dos ventos se despediu
Aos sonhos deu liberdade
Como uma borboleta
Pendeu as asas no silêncio
Ninguém mais ouviu falar
Dos seus dias turbulentos
Agora, um rio de água clara
Flores enfeitando a caminhada
Na mania de deixar a janela aberta
"Ela aprendeu ser sol."
Poema curto autoria de
#Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 16/06/2021 às 12:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Meu mundo implacável
Data: 15/10/2020 Hora: 17:30
sozinha me encontro
sozinha estou
afundo nas amarguras e noites traiçoeiras
pela escuridão dou meu ultimo suspiros
volta-me
na inocência e me leve-me para as purezas
me tira desse infinito
meu mundo implacável
corpo cansado
alma desabilitada
me sinto torturada e embriagada
vejo o fundo
mais suspiro com o vício
de dizer e não mentir
de fazer e não transmitir
de ver mais não corresponder
meu doce veneno
encerrando com um beijo.
Acordamos para percorrer escolhas,não para persegui-las.
Analice Meira
@encontro.terapia @meira_eventos
Encontro marcado
Intento-te, de modo incerto;
ímpio ou carnal? Possivelmente!
No silêncio singular, pressinto:
não seria um ato perverso a dois?
Cúmplice arranjo? Veras por certo ...
Íntimo, atiro-me ao pensar-te,
e me vem a cerce lascívia ilusória,
e o querer se torna um ardor;
os critérios apenas se vão,
doando lugar ao méleo pecado ...
E assim, suspeito o beijo plural
e um obsceno abraço amante,
com sabor de "cocada-real" ;
cobiçado no segredo latente
atrevido de amor sem igual!