Versos e poesias de Saudades Lembranças
A dor da tua ausência virou saudade,
e a saudade virou poesia
silenciosas lembranças que o tempo
não apagou.
Na calada da noite
Vem os medos, frustrações, receios, ansiedades, lembranças, lágrimas e saudades...
Tudo vem a tona quando vamos deitar ao travesseiro com a vontade de descansar tudo aquilo que nos machucou durante o dia inteiro ...
A noite se torna nossa pior inimiga
Logo a noite que antigamente era vista como melhor amiga
O sono, ah o sono
Esse traidor
Pediu divórcio sem compaixão alguma
Fugiu com a noite de mãos dadas e me deixou na cama abandonada ...
E daí então a insônia virou minha nova paixão...
Companheira de todas as noites, sempre me abraçando com aquele abraço frio que me congela a alma me congela o corpo
Me trás mais uma companheira a angústia
E formamos agora um trio amoroso
Será que um dia o sono e a noite ainda podem voltar aos meus braços ?
Na calada da noite aguardarei
Tudo isso na calada da noite.
Não se feche para boas lembranças;
com medo de chorar por saudade.
chorar faz bem! Alivia a alma e faz lembrar de alguém.
A saudade dói, mas o tempo, nosso aliado, nos prepara e o sofrimento ameniza;
A lembrança se torna fortalecida, nosso grande bálsamo, vai curando a ferida.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
Realidade
As saudades por ti deixadas, foram
com o tempo tornando-se remotas
lembranças.
Lembrar de ti eu o fazia sempre, mas
fui notando que as lembranças iam com
o tempo passando, sumindo sem deixar
vestígios.
Hoje de ti recordo, mas de um jeito distante,
vago.
O que posso eu sentir de alguém vazio.
As saudades deixaram de existir, as lembranças
viraram recordações sem motivo, que de tão
poucas sumiram.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista (Aclac)
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"A saudade é o passado instalado em nosso peito, tentando manter viva a lembrança de um tempo que deixou marcas em cada um de nós".
(Maria do Socorro Domingos)
Pessoas passam por nossas vidas.
Algumas deixam uma saudade gostosa, uma lembrança que provoca sorrisos.
Algumas, quando lembramos fechamos os olhos, por que na verdade queríamos poder esquecer.
Por que essas pessoas deixaram espaços, vazios que não conseguimos preencher.
Não entendemos por que partiram, nos perguntamos o porquê, o que fizemos ou não, ou o que poderíamos ter feito ou não.
A saudade com medo dela mesma criou a lembrança
Mal ela sabe que me castiga ainda mais
Agora sinto saudades de novas lembranças que você me traz
restauração
à beira de uma saudade
um olhar de lembranças
adquirido duma fatuidade
embalado por mudanças
e depois pela imensidade
do vazio das tardanças
os sonhos pela metade...
quiseram fazê-la moldada
tiraram-lhe os pés, as mãos
puseram tua poesia calada
e tuas quimeras em vãos
sem asas e sem morada
insistiram em demãos
e em uma nova fornada
um dia nuvem eu busco
repleta duma esperança
sem que só tenha fusco
onde eu possa ser dança
também, mais que rabusco
meu eu, sonhadora criança
poeta, alquimista, patusco
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27, setembro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
AGOSTO! QUE GOSTO!
Agosto! Que gosto!
De alegria, de euforia
De saudades e de lembranças!
Gosto do friozinho
Que atravessa a espinha
E nos joga ao cobertor
Bem bem de tardezinha!
Gosto do nevoeiro
Que, no céu, em nuvem encerra
O fim de um gélido inverno,
Trazendo perfumes de primavera.
Agosto! Que gosto!
Também gosto de folclore
De Curupira e afins
Cucas, Botos, Sacis.
Como é bom um mês assim!!!
Nara Minervino.
Quando a saudade aperta me apego nas lembranças de um passado onde só se respirava amor.
Que escorregou de nossas vidas, como um rio que sai de sua nascente.
"Entre a saudade e a lembrança,eu prefiro a saudade... Sabe por quê? Porque a saudade,ela é um sentimento profundo,verdadeiro ela vem de dentro,ou seja, vem lá do fundo da nossa alma. Já a lembrança...essa é um sentimento bem passageiro. Porque, um dia você lembra e no outro não mais..."
---Olívia Profeta---
A saudade aperta
Quando as lembranças vem
Choro por não ter vc aqui
Mas me alegro quando te fazia rir
Por que teve que partir?
Um vazio na minha alma
Me faz refletir
O que poderia impedir?
Mas com as forças que ainda me restam
Irei ficar aqui
Fazendo com que a sua essência
Permaneça em mim.
Saudades.
EU, EU MESMO (soneto)
Eu, nos cansaços, as saudades
quantas as lembranças estilam
que o passado no exato pilam
assim, cheios de passividades
Afinal, tudo no tempo expilam
eu, eu mesmo nas fatuidades
duvidei, imperfeito, vontades
me levaram, na baixa bailam
Pois tudo é eu, sem metades
eu sou eu, e nada anteviram
e do meu eu, sai as verdades
E eu, que no eu, me inspiram
dele um passado, variedades
que do uno eu, “áses” extraíram
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
GRILHÃO DO AMOR (soneto)
Tenho saudade e ardo em lembranças
Dum amor que me endoida e me abate
Quem há de me tirar destas esperanças?
Quem há de os nós, quebre, me mate?
Não sei que certeira e desiguais danças
Me cravou no peito, dores deste quilate
Sem que eu sentisse, as tais mudanças
Do sossego. E agora neste vil combate...
O amor adentrou tão cauto, silencioso
Que eu nem me preocupei que estava
Apenas vivi, um ser no haver amoroso
E os lábios a sorrir e olhos cheios d’água
Como dói viver, sentindo, estreita trava
E chorar na solidão e trovar com mágoa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
campo santo
lá tudo é saudade, as lembranças se cobrem de linho
o eu, fica pequenininho, e a tristeza de olhos d’água
lá tudo é manso, o silêncio se faz de flores e espinho
num coração em pranto e em mágoa...
os sinos os serafins bimbalham, tal prece que galgam
os céus!
lá tudo é suspiro, tão alvos... lá as almas resfolgam!
e de lá somos réus...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
paráfrase Vinícios de Moraes
[...] lá vem a lembrança
gerando cheiro de criança
saudade e nostalgia
evolando memória e poesia...
eterna dança...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano
SONETO EM REVERENCIA
Evocar o tempo, e nesta saudade em rudez
as lembranças são qual suspiros de tua ida
o silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida
Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida
No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - sua bênção outra vez!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13 de julho, 2016
Cerrado goiano
morte de meu pai
Naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia.
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Quanto mais o tempo passa mais se alonga a saudade.
Lembranças que se transformam em lágrimas, memórias que apertam o coração e palavras que ficaram por dizer.
As pessoas partem para outro patamar, mas deixam tantas ausências, vazios e dor.
Sei que se há uma imensidão que nos separa há igualmente um céu que nos junta. Mas a angústia de não ver, não falar, não contrariar, não partilhar, não dizer palavras soltas..... Custa tanto!