Versos e poesias
Por trás de um abraço, pode-se carregar muitas lágrimas
derramadas, e a sua essência tem o poder de transformar cada
lágrima em sorrisos de esperança.
A vida apresenta cada situação, e quem não enxerga os pequenos
detalhes vive como se estivesse cego.
Meu Pai, peço-te perdão pelos momentos em que esqueci de Ti e
pelas vezes em que duvidei. Venho a Ti com uma oração sincera,
reconhecendo que não sou merecedor, mas, mesmo assim, agradeço
por não desistires de mim. Toda honra e glória ao Espírito Santo.
Que hoje os alicerces de nossas vidas, construídos com determinação
e aprendizado, nos impulsionem adiante. Avancemos a cada dia,
fortalecidos pela esperança de dias melhores e pela nossa capacidade
inquebrável de superação.
Para quem quer ver o mundo cinza,
Toda a escala é insuficiente,
Mas para quem quer ver o mundo colorido,
Nem todo o arco-iris é suficiente.
Processo
O vento empurrava meu peito
Acinzentado
Mas tudo direito
Ainda assim, acabado
Caminhara
Com destino
Orara
Buscara o trino
Caminho
Não importa a direção
Como pássaro fora do ninho
Ação pela reação
Pouco tempo passou
Assim senti
O destino chegou
Nem vi
Tinha que viver
Jamais parar
Entender
Não chorar
Doce professor
Estava na hora de criar
Se permite a dor
É para ensinar
A epifania é constante
Desesperado
Mas o remédio era calmante
E logo estava acabado
Fim do grão de trigo
Novo progresso
Ele é pai e amigo
"Sem retrocesso"
"Deixe seu peso comigo"
Depois disso, apenas rezo.
"Com Cristo Jesus, sou menor do que o grão de mostarda que há em mim, e bem maior que o Monte Everest"
Citação: Harley Kernner
Me enjoo de futilidades, do raso e daquilo que não passa da aparêceria. Mas não me enjoo de Pessoas. Penso que elas são como poesias/livros, filmes e músicas. Sempre que lermos encontraremos coisas novas, sempre que vermos avistaremos detalhes extraordinários e sempre que escutarmos ouviremos palavras acolhedoras.
Repare bem! Há pessoas e Pessoas. Fico com poesias/livros, filmes e músicas, que são sinônimos de Pessoas.
Meus olhos
Veste tua pele
Olhar você dormir
Te vê espreguiçar
E cobiçar tuas curvas
Embriagar no perfume
Desejo ser o traversseiro
Que tanto amassa
Gostoso quando dorme.
A fera citada
A população é toda duas feras
Aprisionadas em uma esfera de cromo
Quem sente mais isso?
Eu te devoro e te regurgito
Na espera de que ainda esteja vivo
Para te devorar de novo
Sem aviso de um lado para o outro
Todos os dias eles se aprisionam, quando acordam
Quando saem nas ruas, quando as tomam
E tornam serem feras, sem saber
Até dormirem de novo.
Casa
Deveria deixar de pensar na dor que há quando se cresce
Nos encaixes que te compõem onde há
Haveriam então ao teu redor mais pensamentos
E dentro lugares simples para habitar.
Existe dor crescente, mas a anestesia é nela não pensar;
Se dela se alimenta, nesse sentido de fome dificilmente morrerá
Hábitos alimentares estranhos, os outros o julgam assim, eles têm a razão
A margem maior da verdade, não se engane
Não se leve por todo nos contos do teu universo
Assim sempre doerá!
O alimento que cresce em toda parte, por que colher
Se outra forma de viver pode semear?
Afeta
As células
As pétalas
Os estigmas heroicos
Ao longo de todo ambiente dizendo:
”Limita a coroa de espinhos”
É tão misterioso e inacessível
Foi grande fonte
Um em milhões
Me tem aqui
Por baixo da casca agora
Espontaneamente se enfeita
Tudo foi feito na maneira da morte
É como se nunca morressemos.
Pacta fabrica
O barulho das usinas
Fabricação de sonhos
Armas no mesmo feitio
Nas mãos do dono
A vida e o seu fim
E todos os tijolos
Uma efervescência te supõe
Quem ainda está em útero?
Finalmente se fabrica a tua forma
Um desejo lateral
Satisfazendo planos.
Poema: "Sotavento"
De meu canto,
sempre fico quieto.
Melhor assim.
Não tenho como opinar,
se há um Deus e um demônio
residindo dentro de mim...
Quisera eu, retroagir.
Para erros passados, corrigir.
Mas, não posso!
A cada dia vejo células, telômeros...
Esgotarem-se ao tempo.
Ah, o tempo!
Guarda em si a ternura do passado
e a amargura de cada pedaço,
cada milímetro...
A soprar em sotavento.
BELEZA NO INFINITO DISTANTE
Certa vez, numa noite de brandura.
— Uma estrela de fulgir deslumbrante.
— Fitou-me como enternecido amante!
— Em contemplação à formosura
Creio jamais ter visto tão pura
Beleza no infinito distante.
— Deus, disse eu translumbrante
E com olhar comovido de ternura.
— Que estrela é esta a pulsar como artéria?
— É uma estrela de especial fulgência
Reflete no hemisfério, chamam-na Valéria!
— Ao anoitecer, ela exibe sua opulência,
Tão meiga, pura e bela quanto Egéria
Ninfa de Numa, que chorou por dolência!
Natalicio Cardoso da Silva