Versos e poesias

Cerca de 15380 versos poesias Versos e

SOLIDÃO EM VERSOS

Os versos que não pude criar
E que não redigem o tal verso
Na saudade é verso perverso
De um tal silêncio a me fincar

E nesta vaga do verso, o olhar
Perdido, e na quimera imerso
Áspero, de um vário universo
Que faz meu verso, um vagar

Suspiros em versos, reverso
Ao poeta do cerrado a poetar
Pois, o amor na alma, é terso

E de todos, o verso a me julgar
O infortúnio, me foi inconverso
Deixando a prosa sem seu par

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONATA DE OUTONO

Versos de folhas caídas
Circuito de vida, na vida
Folhas mortas, já vencidas
Num balé de vinda e ida

Vão ao chão, são paridas
Trilha de ilusão descida
Na melancolia, ouvidas
Numa inevitável corrida

Do fado, no seu instante
Duma outrora agonizante
Em apelos da mocidade

De tão veloz, e vai avante
No seu horizonte gigante
Os outonos e a saudade...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018, 13 de março
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ABACAXI

Espinhada coroa
Casca grossa, fonte tupi
De versos tão atoa
Um poema, um abacaxi!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AS PAIXÕES

As paixões se expiram como um nevoeiro
São como versos que saem do pensamento
Em vapor de aromas dispersos, por inteiro,
De ilusões, tais plumas voejando pelo vento;

São como tintas que caem de um tinteiro
Tal o pó ressequido no cerrado sedento,
Em um toque são absorvidos tão ligeiro
E tão ligeiro vivem em um só momento...

Mas os verdadeiros, os correspondidos
O “sim” que fica, o “Okay!” que alucina,
Estes ao coração nunca serão sofridos,

Abrasam-nos o ouvido, não são temidos:
Ficam no peito, e numa euforia assassina,
É afeto, é agrado, e ao amor são permitidos.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

VERSOS TATUADOS

Corpo do soneto, em versos tatuados
A poesia em delírio, e a mão a poetar
Impulso que pulsa, sonhos sonhados
E vida, em cada estrofe o vário estar:

Do beijo, do laço, desejos desejados
A fé ao nosso lado ajoelhada no altar
Ah! e o amor nos corações acordados
Em perfumes que nos fazem embalar

A inspiração: - messe e dádiva, tributo
Pra alma, semeando e colhendo fruto
Hóstia da ideia em purgação. Pensar!

E assim, saudades: - dolorosa rama
Que pelos versos, chora e derrama:
Quimeras e sorte, na pele a versejar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PROMESSAS DE PAIXÃO

As promessas de paixão perecem como fumaça
São versos que adoçam e azedam o pensamento
Palavras dispersas da empolgação em uma caça
Uma quimera, que no sonho do poeta, um invento

Perfumes imersos nas lembranças que devassa
A alma, vapor em um sopro ao torvelim do vento
Raios de ilusão que na noite cravejam a vidraça
Dos sonhos, e vivem em um único e só momento

Mas as que passam para o amor, em um feito
Ah! estas ao coração em um clarão alucina
Acalmam e fazem na emoção a sua morada

Acaloram os ouvidos e adentram pelo peito
É saciar a sede em riacho de agua cristalina
Tornando camarada a vida em sua caminhada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

intuição

todo conto tem um ponto
toda treta um desconto

os versos tem diálogos
todos eles seus catálogos

todo olhar tem emoção
e as palavras convulsão

da ilusão se tem o sonho
do silêncio o som enfadonho

toda inspiração as suas trovas
de quem do amor tenha provas

e assim se valsa na ilusão
do limite de o sim e do não...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

INANIA VERBA

Ah! Quem há de querer, meus versos vazios
O que a emoção não diz, e a mão não poeta?
Cânticos numa só tormenta, em uma só reta
Que lamenta, sangra, porém, se tornam frios...

A quimera agita, regurgita, e na alma espeta
A rima espessa e torta, sem simétricos feitios
Abafam a ideia leve, sem os olhares gentios
Que, calam o espírito, num augúrio profeta

Quem o molde o terá pra encaixar no fado?
Ai! quem há de expor as frustrações malditas
Do sonho? que anina e não mais se levanta...

E a inania verba muda, e o amor ali calado
E as confissões que talvez não sejam ditas
No silêncio, emudecem, atadas na garganta.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, início de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Canto em Versos

O meu poetar une versos
dos amores, dos reversos
porém, não são submersos
nem tão pouco dispersos...

É uma exaltação aos universos:
das trovas, dos mundos diversos
das dores e louvores tão imersos
nas palavras e sigilos complexos

De simples poemas abstersos...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO COM VAIDADE

Me imagino num versejar perfeito
o que traz em seus versos vaidade
que tudo encanta, natural do peito
numa pura inspiração de divindade

Onde possa ser poeta de verdade
em que o ledor se sinta satisfeito
gafado na rima, todo, não metade
e assim, um bardo maior ser eleito

E no quanto mais, sede de proveito
vou devaneando, tento a equidade
pra ter no espanto sonhado aspeito

Aquele do saber, onde traz saudade...
E quanto mais desejo, mais estreito
mais vejo, que pouco sou majestade!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

versos do cerrado

chão agastado
ressecado poema

canto empoeirado
ventos em trema
no estro grudado

do cascalho sangrado
inspiração extrema
dum pôr do sol encovado

num horizonte com fonema
e galhos tortos poetado
no sertão árido com dilema

num cântico sulcado
dum poético ecossistema

choram os versos do cerrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Inspiração de amor

Oh! imaginação solitária e crua
Clamando pelos carinhos teus
Traz versos da alma nua
E não somente sinais ateus
Diga a ele que é o amor
Quem grifa os versos seus
Escorrendo na veia torpor
E na inspiração os desejos meus.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
09/10/2014
Rio de Janeiro, RJ

Inserida por LucianoSpagnol

MEUS VERSOS II (soneto)

Meus versos, assobio do vento no cerrado
A alma melancólica devaneando na rima
O sentimento escorrendo de sua enzima
Do grito do peito do sonho estrangulado

São mimos das mãos no verbo em esgrima
Ternura na agonia, voz, o lábio denodado
Galrando sensações num papel deslavado
Que há no silêncio do fado em sua estima

Os versos meus, são o olhar em um brado
O gesto grifado no vazio sem pantomina
Vagido da solidão parindo revés entalado

Meus versos, da alacridade me aproxima
Me anima, da coragem de haver poetado
Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

VERSOS ESCRITOS DAS MARGENS DO CERRADO (soneto)

Bem pode ser que o cerrado desmedido
Golfou uivos na minha poesia dolorosa
Craquento tal a um deserto ressequido
Escrevinhando saudades tão trabalhosa

E neste livro do destino assim esculpido
Em passos no sertão de tristura tortuosa
O choro e o riso do entardecer tão dorido
Na minha alma era de lembrança furiosa

Pode ser que, neste cenário fementido
De uma melancolia árida e tenebrosa
A lira da solidão tenha grifado gemido

E assim, num mistério em verso e prosa
O meu poetar se fez na quimera fundido
Entre espinhos, e flor singela e mimosa

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poesia parida

Pare dor e aflição os meus versos
Da inspiração do poeta por vir
São teus açoites em reverso
Com rimas que vão se despir
Gota a gota, gelha a gelha
Coando a quimera que põe a fingir
Tal veras, que ao banal se assemelha
Doando ao poeta sensação no existir
A poesia vida, odor, e a intuição centelha
Sussurrando suspiros do poema a parir

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Como andas seu treinamento de entender os versos e as prozas?
Talvez, nem saiba verbalizar palavras com sons de ss ou ç,
Dirão os que se julgam donos do alfabeto que eles sabem todas as frases na forma e na aplicação,
Mas,
Um povo que não gosta de ler nem bula de remédio pra lhe curar os males,
Dirá ler nas entrelinhas, nem texto de Ariano Suassuna,
Salvê mestre!

Inserida por dalainilton

⁠Versos sem aviso.

não sei, como falei,
busco só fazer no momento,
igual á pouco, palavras ao vento,
eu diria que é só uma bagunça,
porém não lamento.

uma tentativa de algo maior,
uma rima que saiu no improviso
e palavras que vieram sem aviso.
igual minha mente criada sem pedido.

loucura e caos, sentido e abrigo,
isso tudo, junto comigo,
pode parecer confuso,
mas eu lhe digo,
tem quem tudo goste,
e esse eu não sigo.

Inserida por Zeta

VERSOS ENGARRAFADOS

Meus versos, estão no engarrafamento das vias de minhas rotinas;
Onde meus pensamentos atropelam meus sentimentos, freados pela velocidade do tempo.⁠

Inserida por kellylabreh

Escuridão


Já há alguns poemas que não te vejo
talvez estejas escondida entre os versos
ou entre as minhas amarrotadas madrugadas
aquelas que eu respiro na tua pele
cada vez que escrevo os meus
movediços e sonoros vazios
de amar-te até à exaustão dos poentes.
Sei que irei encontrar-te onde estou perdido
naquele lugar naufragado em mim.

Inserida por JoniBaltar

⁠DiVAs
DiVErsos
DiVInos
DiVOs
DiVUlgares
Em todos os lugares,e olhares,e ninguém manda na gente.

Inserida por BrioneCapri